A BUSCA PELA
FELICIDADE: UMA REFLEXÃO FILOSÓFICA E MAÇÔNICA
"A felicidade é a aceitação corajosa da vida,
com todas as suas
tristezas, surpresas e prazeres."
Por M.´.I.´. Luis Genaro L. Fígoli (Moshe)
Grau 33° REAA
Desde os primórdios da humanidade, a busca pela felicidade
tem sido um objetivo central na vida das pessoas. No entanto, o conceito de
felicidade é multifacetado e complexo, variando ao longo das diferentes épocas
e culturas. Desde a Grécia Antiga até os dias atuais, muitos pensadores têm se
dedicado a refletir sobre o que é a felicidade, como alcançá-la e como
mantê-la. Neste artigo, iremos explorar a noção de felicidade sob a ótica dos
filósofos clássicos e modernos, analisando suas perspectivas e contribuições
para a compreensão desse tema tão relevante.
1. A Visão Clássica da Felicidade
Os filósofos clássicos gregos tiveram um papel fundamental
na discussão sobre a felicidade. Para Sócrates, por exemplo, a verdadeira
felicidade estava intimamente ligada à virtude. Ele afirmava que apenas aqueles
que viviam uma vida virtuosa poderiam alcançar uma verdadeira sensação de
bem-estar.
Platão expandiu essa ideia ao defender que a felicidade era
alcançada através do conhecimento das formas ideais e da contemplação do Bem em
si mesmo. Aristóteles concordou com Platão quanto à importância da virtude, mas
argumentou que ela deveria ser praticada como um hábito diário para se obter a
felicidade. O filósofo grego Aristóteles considerava a felicidade como o fim
último da vida humana. Para ele, a busca pela felicidade envolve o
desenvolvimento das virtudes morais e intelectuais. Através do exercício dessas
virtudes, uma pessoa pode alcançar a sua plenitude e realizar-se como ser
humano.
Na antiguidade, Epicuro[2] propôs uma visão diferente
sobre a felicidade. Para ele, a chave para alcançar a felicidade está na busca
pelo prazer moderado e na ausência de dor e sofrimento. Segundo Epicuro,
devemos evitar os excessos e buscar uma vida tranquila e equilibrada.
2. A Abordagem Moderna da Felicidade
No período moderno, muitos filósofos trouxeram novas
perspectivas sobre o conceito de felicidade. Descartes[3] defendeu que a verdadeira
felicidade residia na paz interior proveniente do conhecimento próprio e da
busca pela verdade. Já Spinoza[4] acreditava que alcançar a
felicidade era possível por meio do entendimento das leis que regem o universo
e da aceitação de nossa natureza como parte integrante dele.
Outro filósofo importante dessa época foi Kant[5], cuja concepção de
felicidade estava relacionada à realização plena dos deveres morais. Para ele,
ser feliz significava agir de acordo com a razão prática e cumprir com as
obrigações impostas pelo imperativo categórico.
3. Perspectivas Contemporâneas sobre a Felicidade
Na contemporaneidade, diversos filósofos continuam a
discutir o tema da felicidade, trazendo novas abordagens para sua compreensão.
Um exemplo é John Stuart Mill[6], que defendia a ideia de
que a felicidade consiste na busca do prazer e na minimização do sofrimento
tanto para si mesmo quanto para os outros. Mill, filósofo inglês do século XIX,
desenvolveu uma teoria ética conhecida como utilitarismo. Segundo essa
perspectiva, a felicidade consiste em maximizar o bem-estar geral da sociedade.
Para alcançar a felicidade, devemos agir de forma a produzir o maior benefício
possível para o maior número de pessoas.
Por outro lado, Arthur Schopenhauer[7] argumentou que a
felicidade era inalcançável devido à existência constante do desejo insaciável
humano. Ele propôs uma perspectiva pessimista em relação à busca pela
felicidade, afirmando que apenas através da renúncia aos desejos poderíamos
encontrar algum tipo de satisfação.
No século XX, o filósofo francês Jean-Paul Sartre[8] trouxe uma abordagem
existencialista à questão da felicidade. Para ele, não existe uma essência
pré-determinada para o ser humano; cada indivíduo é livre para criar o seu
próprio significado e propósito na vida. Assim, a felicidade está ligada à
autenticidade e à liberdade de escolha.
4. A Abordagem Hedonista
O hedonismo é uma visão que coloca o prazer como o principal
objetivo da vida humana. Filósofos como Jeremy Bentham e John Locke defendiam
que a busca pela felicidade envolve a maximização dos prazeres sensoriais e
emocionais. No entanto, críticos argumentam que essa abordagem pode levar ao
egoísmo e à falta de consideração pelos outros.
5. Síntese Filosófica: A Busca Pela Felicidade
Após explorar as diferentes visões filosóficas sobre a
felicidade ao longo dos séculos, percebemos que há um consenso em relação à
importância da virtude e da realização pessoal para alcançá-la. Os filósofos
clássicos destacam a necessidade da prática virtuosa e da contemplação do Bem,
enquanto os modernos enfatizam a busca pelo conhecimento próprio e pela
realização dos deveres morais.
Além disso, as perspectivas contemporâneas destacam a
importância do prazer e do entendimento das limitações humanas na busca pela
felicidade. Essas diferentes abordagens nos mostram que o conceito de
felicidade é complexo e multifacetado, variando de acordo com as experiências
individuais e culturais.
6. Na Maçonaria
Precisamos lembrar, que o primado da Maçonaria (além da construção
do edifício interior – ver artigo publicado por mim no Blog Espaço do Maçom sob
o título “A Busca Interior: O Caminho da Verdade” https://espacodomacom.blogspot.com/2023/10/a-busca-interior-o-caminho-da-verdade.html
) , temos a obrigação de construir o “edifício exterior”, qual seja “fazer
feliz a humanidade”. Em cada abertura de Loj.´., o Mestre Chanc.´. é perguntado
sobre o que é a Maçonaria:
“É uma instituição
que tem objetivo fazer feliz a Humanidade, pelo
amor, pelo
aperfeiçoamento dos costumes, pela tolerância, pela
igualdade e pelo respeito
à autoridade e à religião”
Esta resposta traria todos os elementos necessários para
atingirmos a felicidade, como indivíduo e como sociedade, senão vejamos:
a) É
um objetivo: significa o fim que se deseja atingir, a meta que se pretende
alcançar ou o que é relativo ao objeto, que é concreto e existe
independentemente do pensamento. Um objetivo é o que move o indivíduo para
tomar alguma decisão ou correr atrás de suas aspirações. Ou seja, todos nossos
esforços devem ser voltados a esta meta, aplicando toda nossa existência na
busca do mesmo. A vida não é fácil. Existem obstáculos maiores ou menores, que
via de regra, nos amolecem o espírito e tentam nos retirar do caminho traçado
em busca do objetivo. Mas se o mesmo é claro e está incorporado em nossa existência,
logo retomamos o caminho ora abandonado em direção ao que traçamos. Os
objetivos desempenham um papel fundamental em nossas vidas, orientando nossas
ações e decisões em direção ao que desejamos alcançar. Seja na esfera pessoal
ou profissional, a definição de metas claras e alcançáveis é a chave para
alcançar o sucesso. Ter objetivos claros
fornece motivação e direção. Quando sabemos o que queremos alcançar, é mais
provável que nos esforcemos para atingir nossas metas. Os objetivos nos ajudam
a manter o foco, concentrando nossa energia em ações que nos aproximam do sucesso.
Eles nos impedem de nós perdermos em distrações e nos incentivam a superar
obstáculos e desafios.
b) Fazendo
feliz a Humanidade pelo Amor: Aqui, quando falamos no Amor, não estamos nos
referindo nem ao Amor “Eros” (amor apaixonado e romântico), nem ao “Philia” (amizade
íntima e autêntica), nem ao “Ludus” (amor lúdico e sedutor), nem ao “Storge” (amor
familiar incondicional), nem ao “Philautia” (amor-próprio), nem ao “Pragma” (amor
comprometido e companheiro). Quando os Gregos Clássicos se referiam ao Amor Maior,
chamavam de “Agápe” que é o amor empático e universal. O Amor desinteressado,
fraterno (de “fratellis”) o Amor que de forma egoísta, independe se é
correspondido ou não. É o Amor pela humanidade. O Mestre dos Mestres já nos
ensinava com seu mandamento (que encerra todos os outros mandamentos); "Um
novo mandamento dou a vocês: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês
devem amar-se uns aos outros.”[9].
O amor é uma força poderosa que permeia todos os aspectos de nossas
vidas. É uma emoção complexa e multifacetada, capaz de trazer alegria, conexão
e satisfação a pessoas de todas as idades, culturas e origens. O amor nos
ensina empatia e compreensão. Quando amamos alguém, estamos dispostos a ouvir,
a nos colocar no lugar do outro e a compreender suas necessidades e desejos.
Isso cria uma sociedade mais harmoniosa, pois promove a tolerância, o respeito
mútuo e a aceitação das diferenças. Além de seu impacto em nível individual, o
amor tem o poder de transformar comunidades e sociedades inteiras. A compaixão
e a solidariedade que surgem do amor levam à busca de soluções para problemas
sociais, como a pobreza, a discriminação e a desigualdade. Organizações
filantrópicas e movimentos sociais (em especial a Maçonaria) muitas vezes são
impulsionados pelo desejo de tornar o mundo um lugar melhor, impulsionados pelo
amor pela humanidade. O amor é verdadeiramente uma fonte de felicidade
universal. Ele enriquece nossas vidas, melhora nossa saúde mental e física, e
promove relacionamentos saudáveis e uma sociedade mais empática. À medida que
buscamos o amor em nossas vidas, é importante lembrar que ele não é apenas um
sentimento, mas uma força que pode moldar nosso mundo para melhor. Portanto,
cultivar o amor em nossos relacionamentos, famílias e comunidades é uma das
chaves para alcançar a felicidade universal e construir um mundo mais compassivo
e harmonioso.
c) Aperfeiçoamento
dos Costumes: Em um mundo em constante evolução, onde as mudanças sociais,
culturais e tecnológicas são cada vez mais evidentes, surge a necessidade
premente de refletirmos sobre a importância do aperfeiçoamento dos costumes
para a construção de uma sociedade mais justa, fraterna e, consequentemente,
mais feliz. Os costumes, que são os padrões de comportamento arraigados em
nossa cultura, desempenham um papel fundamental na forma como interagimos, nos
relacionamos e influenciamos o mundo ao nosso redor. Os costumes são como a
cola que mantém os tecidos da sociedade unidos. Eles moldam nossos valores,
crenças e a maneira como nos relacionamos com os outros. Desde as normas de
cortesia básica até os princípios éticos mais profundos, os costumes desempenham
um papel crucial na determinação de como vivemos e convivemos. No entanto, os
costumes não são estáticos; eles evoluem com o tempo, refletindo as mudanças
nas mentalidades e nas necessidades da sociedade. O aperfeiçoamento dos
costumes implica em abandonar práticas discriminatórias, estereótipos
prejudiciais e preconceitos enraizados. Ao adotarmos costumes que valorizam a
dignidade de todos os indivíduos, independentemente de sua origem étnica,
gênero, orientação sexual, religião ou status socioeconômico, estamos
pavimentando o caminho para uma sociedade verdadeiramente justa. O
aperfeiçoamento dos costumes também está intrinsecamente ligado à promoção da
fraternidade e da empatia. Quando os costumes valorizam a compreensão, o
respeito mútuo e a solidariedade, a sociedade se torna mais coesa e harmoniosa.
A empatia nos permite compreender as experiências dos outros e, assim,
trabalhar juntos para superar desafios e alcançar objetivos comuns. Uma
sociedade cujos costumes promovem o bem-estar coletivo tende a ser mais feliz.
O aperfeiçoamento dos costumes implica em direcionar o foco para a busca de
soluções colaborativas em vez de competições predatórias. Isso cria um ambiente
onde as pessoas se sentem mais seguras, apoiadas e capacitadas a buscar seus
próprios objetivos e sonhos. A transformação dos costumes em direção a uma
sociedade mais justa, fraterna e feliz requer educação e diálogo constantes. É
crucial que as instituições educacionais, a mídia e as comunidades incentivem a
reflexão sobre nossos costumes, questionando práticas ultrapassadas e
promovendo valores positivos.
d) A
Igualdade: A igualdade e a equidade são princípios fundamentais que devem
nortear o funcionamento de uma sociedade justa e humanitária. Promover a
igualdade significa tratar todas as pessoas com respeito, dignidade e justiça,
independentemente de suas diferenças. A equidade, por sua vez, implica em
proporcionar a cada indivíduo as oportunidades e recursos necessários para
alcançar seu potencial máximo. Um dos principais argumentos a favor da promoção
da igualdade e da equidade é a redução das disparidades sociais. Em sociedades
onde esses princípios são negligenciados, vemos um aumento na desigualdade de
renda, educação, acesso a cuidados de saúde e oportunidades econômicas. Isso
leva a uma divisão entre os privilegiados e os menos privilegiados,
prejudicando o tecido social e gerando tensões e conflitos. Promover a
igualdade e a equidade significa garantir que todos tenham acesso igual a
oportunidades. Isso implica em eliminar barreiras que prejudicam o acesso a
educação de qualidade, emprego digno e cuidados de saúde. Quando todos têm
chances iguais de desenvolver seu potencial, a sociedade como um todo se
beneficia com um aumento na inovação, na produtividade e na criatividade. A
igualdade e a equidade são a base da justiça social. Uma sociedade que valoriza
esses princípios busca corrigir desigualdades históricas e estruturais,
promovendo a inclusão de grupos marginalizados, como minorias étnicas, LGBTQ+ e
pessoas com deficiências. A justiça social não apenas melhora as condições de
vida desses grupos, mas também fortalece a coesão social e a estabilidade. Quando
a igualdade e a equidade são priorizadas, as sociedades se tornam mais diversas
e inclusivas. Isso cria um ambiente onde todas as vozes são ouvidas e
valorizadas, independentemente de sua origem, gênero, orientação sexual ou
status socioeconômico. A diversidade de perspectivas e experiências enriquece a
cultura, impulsiona a criatividade e fortalece a capacidade de resolução de
problemas. A promoção da igualdade e da equidade está diretamente ligada ao
bem-estar e à felicidade da sociedade como um todo. Quando as pessoas têm
igualdade de oportunidades e são tratadas com justiça, elas se sentem mais
seguras, valorizadas e realizadas. Isso contribui para uma sociedade mais
pacífica, saudável e satisfeita. Enfim, a igualdade e a equidade são os pilares
de uma sociedade justa, fraterna e próspera. Promover esses princípios não é
apenas um imperativo moral, mas também uma estratégia sensata para o
desenvolvimento de qualquer nação. À medida que trabalhamos juntos para
eliminar as desigualdades e garantir oportunidades justas para todos,
construímos um mundo onde cada indivíduo pode alcançar seu pleno potencial.
Esse é o caminho para uma sociedade mais justa, equitativa e verdadeiramente
feliz.
e) Respeito
à autoridade: O respeito à autoridade desempenha um papel fundamental na
manutenção da ordem e da estabilidade em uma sociedade. Enquanto muitas vezes
enfatizamos a importância da igualdade e dos direitos individuais, é igualmente
crucial reconhecer que o respeito à autoridade desempenha um papel vital na
criação de um ambiente de respeito mútuo, colaboração e harmonia. A autoridade
desempenha um papel essencial na manutenção da ordem social. Sem um respeito
básico pela autoridade, a sociedade pode cair no caos, com conflitos e desordem
se tornando a norma. A autoridade é necessária para estabelecer leis,
regulamentos e normas que garantam a segurança, a justiça e a proteção dos
direitos de todos os cidadãos. O respeito à autoridade está intrinsecamente
ligado à promoção da justiça. As instituições e figuras de autoridade, como o
sistema judiciário e o governo, têm a responsabilidade de garantir que a
justiça seja aplicada de maneira imparcial e equitativa. Respeitar a autoridade
é um reconhecimento de que essas instituições desempenham um papel vital na
proteção dos direitos e liberdades individuais. A autoridade desempenha um
papel crucial na manutenção da segurança e da proteção dos cidadãos. Isso
inclui a aplicação da lei para prevenir crimes e a proteção contra ameaças
internas e externas. O respeito à autoridade é fundamental para a cooperação da
sociedade na aplicação das leis e políticas que visam proteger a todos. O
respeito à autoridade também contribui para a construção de uma sociedade mais
justa, onde os direitos e deveres são equitativamente distribuídos. Ao seguir
as leis e regulamentos estabelecidos pelas autoridades competentes, os cidadãos
contribuem para a igualdade perante a lei e a promoção da justiça. Uma
sociedade que respeita a autoridade tende a ser mais estável e, por
consequência, mais feliz. A estabilidade é um elemento-chave para a felicidade,
pois permite que as pessoas vivam suas vidas com confiança e previsibilidade.
Isso cria um ambiente propício para o crescimento econômico, a educação e a
busca de objetivos pessoais. O respeito à autoridade também promove um ambiente
de respeito mútuo e colaboração. Quando os cidadãos respeitam as autoridades,
as autoridades são mais propensas a ouvir e responder às preocupações e
necessidades da sociedade. Isso cria um ciclo virtuoso de comunicação e
colaboração que beneficia a todos.
f) Respeito
à Religião: A religião desempenha um papel significativo na vida de milhões
de pessoas em todo o mundo. Independentemente das crenças religiosas
individuais, é fundamental reconhecer a importância de respeitar a religião
como um meio de construir uma sociedade mais justa e feliz. A religião muitas
vezes fornece a base para os valores morais que orientam a conduta das pessoas.
Os princípios éticos e morais derivados da religião podem ajudar a orientar as
ações individuais e coletivas em direção a um comportamento justo e compassivo.
Respeitar a religião é reconhecer a importância desses valores na construção de
uma sociedade justa. Respeitar a religião é fundamental para promover a
tolerância e a diversidade em uma sociedade. O respeito pela fé e pelas crenças
dos outros cria um ambiente onde pessoas de diferentes origens religiosas podem
coexistir pacificamente. Ao abraçar essa diversidade, as sociedades têm a
oportunidade de aprender com as experiências e perspectivas únicas de cada
grupo religioso. Muitos conflitos ao redor do mundo têm raízes religiosas, e,
por isso, é ainda mais importante promover o respeito às diferentes religiões.
Ao fazer isso, podemos contribuir para a promoção da paz e da unidade. O
diálogo inter-religioso e o respeito mútuo podem ajudar a resolver conflitos e
a construir uma sociedade mais harmoniosa. A religião frequentemente motiva a
solidariedade e a ação social. Muitas instituições religiosas desempenham um
papel crucial na prestação de assistência a comunidades carentes e na promoção
do bem-estar. Respeitar a religião, como faz a Maçonaria, é reconhecer essas
contribuições valiosas e apoiar esforços para ajudar os menos privilegiados. A
religião muitas vezes fornece um sentido de propósito e significado na vida das
pessoas. A busca espiritual e a conexão com uma fé podem contribuir para o
bem-estar emocional e a felicidade. O respeito à religião envolve reconhecer a
importância dessa busca espiritual na vida das pessoas e apoiar seu direito de
praticar sua religião livremente.
Conclusão
A busca pela felicidade é um tema central na filosofia ao
longo dos séculos. Através das reflexões dos filósofos clássicos e modernos,
compreendemos que a felicidade está relacionada à virtude, ao conhecimento de
si mesmo, à realização pessoal e ao cumprimento dos deveres morais.
No entanto, apesar das diferentes visões apresentadas pelos
filósofos ao longo da história, percebemos que todos concordam sobre a
importância de uma vida bem vivida para alcançar a verdadeira felicidade.
Portanto, cabe a cada indivíduo refletir sobre suas próprias experiências e
escolhas para buscar sua própria definição de felicidade.
Referências:
Aristóteles. Ética a Nicômaco.
Epicuro. Carta a Meneceu.
Sartre, Jean-Paul. O Existencialismo é um Humanismo.
Mill, John Stuart. Utilitarianism.
Bentham, Jeremy. Introduction to the Principles of Morals
and Legislation
[1]
Viktor Emil Frankl (Viena, 26 de março de 1905 — Viena, 2 de setembro de 1997)
foi um neuropsiquiatra austríaco e fundador da terceira escola vienense de
psicoterapia, a Logoterapia e Análise Existencial. O doutor Frankl ficou
mundialmente conhecido depois de descrever a sua experiência dramática em
quatro campos de concentração nazistas, em seu best-seller internacional: Em
Busca de Sentido.
[2]
Epicuro de Samos (em grego clássico: Ἐπίκουρος, Epikouros, "aliado,
camarada"; 341 a.C., Samos — 271 ou 270 a.C., Atenas) foi um filósofo
grego do período helenístico. Seu pensamento foi muito difundido em numerosos
centros epicuristas que se desenvolveram na Jônia, no Egito e, a partir do
século I, em Roma, onde Lucrécio foi seu maior divulgador.
[3]
René Descartes (La Haye en Touraine, 31 de março de 1596 – Estocolmo, 11 de
fevereiro de 1650) foi um filósofo, físico e matemático francês.[1] Durante a
Idade Moderna, também era conhecido por seu nome latino Renatus Cartesius. Notabilizou-se
sobretudo por seu trabalho revolucionário na filosofia e na ciência, mas também
obteve reconhecimento matemático por sugerir a fusão da álgebra com a geometria
- fato que gerou a geometria analítica e o sistema de coordenadas que hoje leva
o seu nome. Por fim, foi também uma das figuras-chave na Revolução Científica. Descartes,
por vezes chamado de "o fundador da filosofia moderna" e o "pai
da matemática moderna", é considerado um dos pensadores mais importantes e
influentes da História do Pensamento Ocidental. Inspirou contemporâneos e
várias gerações de filósofos posteriores; boa parte da filosofia escrita a
partir de então foi uma reação às suas obras ou a autores supostamente
influenciados por ele. Muitos especialistas afirmam que, a partir de Descartes,
inaugurou-se o racionalismo da Idade Moderna.[2] Décadas mais tarde, surgiria
nas Ilhas Britânicas um movimento filosófico que, de certa forma, seria o seu
oposto - o empirismo, com John Locke e David Hume.
[4]
Baruch de Spinoza: mais tarde assinou como autor e correspondente Benedictus de
Spinoza (Amsterdam, 24 de novembro de 1632 – Haia, 21 de fevereiro de 1677 foi
um filósofo de origem judaico-portuguesa, nascido nos Países Baixos, filho de
refugiados na Sinagoga Portuguesa de Amsterdam que tinham fugido da inquisição
lusitana. Um dos primeiros pensadores do Iluminismo e da crítica bíblica
moderna, incluindo das modernas concepções de si mesmo e do universo, ele veio
a ser considerado um dos grandes racionalistas da filosofia do século XVII.
Inspirado pelas ideias inovadoras de René Descartes, Spinoza se tornou uma
figura filosófica importante da Idade de Ouro Holandesa. O nome de batismo de
Spinoza, que significa "Bem-aventurado", varia entre as diferentes
línguas. Em hebraico, seu nome completo é escrito ברוך שפינוזה. Na Holanda ele
usou o nome português Bento. Em suas obras em latim e holandês, ele usou a
forma em latim.
[5]
Immanuel Kant (Königsberg, 22 de abril de 1724 – 12 de fevereiro de 1804) foi
um filósofo alemão (nativo do Reino da Prússia) e um dos principais pensadores
do Iluminismo. Seus abrangentes e sistemáticos trabalhos em epistemologia,
metafísica, ética e estética fizeram dele uma das figuras mais influentes da
filosofia ocidental moderna.
Em sua doutrina do idealismo transcendental, Kant
argumentou que o espaço e o tempo são meras "formas de intuição" que
estruturam toda a experiência e que os objetos da experiência são meras
"aparências". A natureza das coisas como elas é em si mesmas é
incognoscível para nós. Em uma tentativa de contrariar o ceticismo, ele
escreveu a Crítica da Razão Pura (1781/1787), sua obra mais conhecida. Kant
traçou um paralelo com a revolução copernicana em sua proposta de pensar os
objetos dos sentidos em conformidade com nossas formas espaciais e temporais de
intuição e as categorias de nosso entendimento, de modo que tenhamos
conhecimento a priori desses objetos. Kant acreditava que a razão também é a
fonte da moralidade e que a estética surge de uma faculdade de julgamento
desinteressado. Ele foi um expoente da ideia de que a paz perpétua poderia ser
assegurada por meio da democracia universal e da cooperação internacional, e
que talvez este pudesse ser o estágio culminante da história mundial.
[6]
John Stuart Mill (Londres, 20 de maio de 1806 – Avignon, 8 de maio de 1873) foi
um filósofo, lógico e economista britânico. É considerado por muitos como o
filósofo de língua inglesa mais influente do século XIX. É conhecido
principalmente pelos seus trabalhos nos campos da filosofia política, ética,
economia política e lógica, além de influenciar inúmeros pensadores e áreas do
conhecimento. Defendeu o utilitarismo, a teoria ética proposta inicialmente por
seu padrinho, Jeremy Bentham. Além disso, é um dos mais proeminentes e
reconhecidos defensores do liberalismo político e do socialismo liberal, sendo
seus livros fontes de discussão e inspiração sobre as liberdades individuais
ainda nos tempos atuais. Mill chegou a ser membro do Parlamento Britânico,
eleito em 1865, tendo defendido principalmente os direitos das mulheres,
chegando a apresentar uma petição para estender o sufrágio às mulheres.
[7]
Arthur Schopenhauer (Danzig, 22 de fevereiro de 1788 — Frankfurt, 21 de
setembro de 1860) foi um filósofo alemão do século XIX. Ele é mais conhecido
pela sua obra principal "O Mundo como Vontade e Representação"
(1819), em que ele caracteriza o mundo fenomenal como o produto de uma cega,
insaciável e maligna vontade metafísica. A partir do idealismo transcendental
de Immanuel Kant, Schopenhauer desenvolveu um sistema metafísico ateu e ético
que tem sido descrito como uma manifestação exemplar de pessimismo filosófico.
Schopenhauer foi o filósofo que introduziu o pensamento indiano e alguns dos
conceitos budistas na metafísica alemã.[1] Foi fortemente influenciado pela
leitura das Upanishads, que foram traduzidas pela primeira vez para o latim por
Abraham Hyacinthe Anquetil-Duperron, no início do século XIX.
[8]
Jean-Paul Charles Aymard Sartre (Paris, 21 de junho de 1905 – Paris, 15 de
abril de 1980) foi um filósofo, escritor e crítico francês, conhecido como
representante do existencialismo. Acreditava que os intelectuais têm de
desempenhar um papel ativo na sociedade. Era um artista militante, e apoiou
causas políticas de esquerda com a sua vida e a sua obra. Repeliu as distinções
e as funções problemáticas e, por estes motivos, se recusou a receber o Nobel
de Literatura de 1964. Sua filosofia dizia que no caso humano (e só no caso
humano) a existência precede a essência, pois o homem primeiro existe, depois
se define, enquanto todas as outras coisas são o que são, sem se definir, e por
isso sem ter uma "essência" que suceda à existência. Ele também é
conhecido por seu relacionamento aberto que durou cerca de 51 anos (até sua
morte) com a filósofa e escritora francesa Simone de Beauvoir.
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