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sábado, 28 de outubro de 2023

A BUSCA INTERIOR: O CAMINHO DA VERDADE ou VITRIOL

 

A BUSCA INTERIOR: O CAMINHO DA VERDADE

"Conhece-te a ti mesmo, e conhecerás

 o universo e os deuses." - Sócrates

 Por M.´.I.´. Luis Genaro L. Fígoli (Moshe)

Grau 33°



Resumo: Este artigo oferece uma visão abrangente da busca interior e seu papel na busca da Verdade, destacando sua importância histórica, métodos, desafios e relevância na era moderna. A busca da Verdade interior continua a inspirar indivíduos a explorar o profundo e desconhecido em busca de uma compreensão mais profunda do mundo e de si mesmos.

A BUSCA

Algumas pessoas O buscam no céu. Outros no Nirvana. Uns O chamam de Deus. Outros não podem nomeá-lo, somente soletrá-lo: YHVH (ou Jeová, Javé, Yahweh). Um Criador Incriado. Uma Energia Vital. Adonay, El Elah, Elohim, Krishna, Brahmã, Shangdi, e tantos outros. Só no Judaísmo as combinações de letras, palavras, e sons totalizam 72 nomes para YHVH que compõe uma curiosíssima estrutura numérica e linguística que perpassa toda Torah.

Curioso que a palavra Religião, deriva do latim religare, religar, voltar a ligar. Só se pode falar em religião, estritamente, quando aparece uma organização complexa, espiritual e social, com base numa revelação de Deus. Então, se é um processo de “religar”, deve significar uma “busca” pelo retorno a algum lugar ou a algum estado que já tivemos e não mais o temos. Certo? Se verdadeiro, que lugar? Que estado?

A Bíblia, no seu Antigo Testamento, nos brinda uma pista, quando nos ensina (de forma figurada) que fomos expulsos do “Paraíso”, ao qual precisamos voltar para encerrar nosso ciclo. Também no Hinduísmo, no Budismo, e em quase todas as religiões, a retórica é a mesma: somos feitos à Sua imagem e semelhança, vivíamos num paraíso e fomos expulsos. Somos dotados de livre-arbítrio, o caminho somos nós que escolhemos, tomando decisões (milhares) que vão nos aproximando de um final de ciclo, que é a nossa vida. Nascemos, crescemos e morremos. A vida é um intervalo entre o nascimento e a morte. Mas um dia, voltaremos. É a promessa. É a busca. É o caminho.

Mas como é esta busca?

Embora a maioria das Religiões busquem fora, no etéreo, entendo que a busca é interior. Assim como um átomo, uma célula do nosso corpo, nos compõe, nós pertencemos a uma partícula do Divino. A conexão não se dá externamente, e sim no fundo de nosso Ser, numa conexão, comunhão com o Grande Arquiteto.

A busca interior é uma jornada intrincada e profunda que tem cativado filósofos, pensadores espirituais e indivíduos em todo o mundo ao longo da história da humanidade. No cerne dessa busca encontra-se a aspiração de compreender a verdade universal, seja ela sobre a natureza da existência, o propósito da vida, ou a própria essência da consciência.

I. A Natureza da Busca Interior

A busca interior, muitas vezes, é uma busca pela verdade pessoal e universal. É a jornada que cada indivíduo embarca para encontrar um significado mais profundo na vida, além das preocupações materiais do cotidiano. Essa busca pode ser motivada por diversos fatores, como insatisfação, curiosidade espiritual, ou o desejo de autoconhecimento. Diferentes tradições e filosofias abordam a busca interior de maneiras distintas, mas muitas compartilham um objetivo comum: a busca pela verdade.

II. As Raízes Históricas da Busca Interior

A busca interior tem raízes profundas na história da humanidade. Tradições religiosas, como o hinduísmo, o budismo e o sufismo, têm se concentrado na busca da verdade espiritual e na realização da iluminação. Filósofos ocidentais, como Sócrates e Platão, também exploraram a natureza da verdade e a importância do autoconhecimento. Esses pensadores influenciaram a filosofia ocidental e a busca da verdade através da reflexão crítica.

III. Práticas e Métodos na Busca Interior

A busca interior frequentemente envolve uma série de práticas e métodos que auxiliam na exploração da verdade. Meditação, contemplação, yoga, oração e estudo são comuns nessa jornada. A meditação, por exemplo, é uma técnica que visa aprofundar a consciência e a conexão com o eu interior. Ela é praticada em diversas tradições espirituais, como o budismo e o zen.

IV. Desafios na Busca da Verdade Interior

A busca interior não é isenta de desafios. À medida que as pessoas mergulham em suas próprias mentes e exploram questões profundas, podem encontrar obstáculos, como a dúvida, a distração e até resistência emocional. A busca da verdade pode ser uma jornada solitária e, por vezes, desconfortável, mas os desafios ao longo do caminho muitas vezes levam a uma compreensão mais profunda.

V.  Autoconhecimento e Autoconsciência

Uma parte crucial da busca interior envolve o autoconhecimento e a autoconsciência. Conhecer a si mesmo de maneira profunda é essencial para compreender a verdade interior. Isso implica investigar não apenas as qualidades positivas, mas também os aspectos sombrios da própria psique. À medida que se aprofunda nessa exploração, os indivíduos podem compreender suas motivações, medos, desejos e limitações. O autoconhecimento permite a autorreflexão, o que, por sua vez, contribui para a busca da verdade interior.

VI. Filosofia e Espiritualidade

A busca interior muitas vezes está enraizada na filosofia e na espiritualidade. Filósofos como Jean-Jacques Rousseau, Friedrich Nietzsche e Søren Kierkegaard, abordaram questões fundamentais sobre a verdade e o significado da vida. Por outro lado, tradições espirituais, como o budismo, o hinduísmo e o sufismo, oferecem caminhos para a realização da verdade interior e da iluminação. A profundidade da busca interior é evidenciada pela riqueza e complexidade das tradições filosóficas e espirituais que a sustentam.

VII. Desafios na Jornada Profunda

À medida que se aprofunda na busca da verdade interior, os desafios se tornam mais aparentes. A incerteza, a ambiguidade e a complexidade podem ser desconcertantes. Além disso, enfrentar aspectos sombrios da psique, como traumas passados e medos profundos, pode ser emocionalmente desgastante. A busca interior exige coragem para enfrentar esses desafios e continuar explorando as profundezas da verdade.

VIII. A Busca da Verdade na Era Moderna

Na era moderna, a busca interior assumiu várias formas, desde a psicologia e a terapia até a espiritualidade contemporânea e o interesse crescente na consciência. Muitas pessoas buscam a verdade interior através da psicoterapia, explorando os recantos da psique em busca de autoconhecimento e cura. Além disso, o interesse por práticas espirituais orientais, como o mindfulness, se espalhou globalmente.

IX. O Valor da Busca Interior

A busca interior é uma jornada enriquecedora e significativa que busca a Verdade, seja ela espiritual, filosófica ou psicológica. Essa busca pode levar a uma compreensão mais profunda de si mesmo e do mundo ao nosso redor. À medida que exploramos nossa busca interior, é importante lembrar que a verdade pode ser uma busca constante e em constante evolução. O valor da busca interior está na jornada em si, na exploração do desconhecido e na busca do autoconhecimento.

X. Na Maçonaria

O primeiro contato que temos com a Ordem já nos mostra o caminho. Na Iniciação, quando somos isolados na C.´. de R.´., iluminados pela luz tênue de uma vela, em meio a diversos objetos que nos lembra a m.´.; na solidão de nossos pensamentos mais íntimos; ansiosos pelo devir; ouvindo sons que vêm do exterior; na nossa primeira viagem, a da t.´.; somos instigados por uma sigla bem em nossa frente: VITRIOL.

É o símbolo universal da constante busca do homem para melhorar a si mesmo e a sociedade em geral. O termo é atribuído à um monge beneditino chamado Basile Valentim que viveu em meados do século XV, na Alemanha. Para os místicos, este é o termo mais misterioso e secreto que se conhece, a verdadeira palavra-passe ou o “abre-te Sésamo” para o “Mundo Oculto dos Deuses” ou dos “Homens Semi-Deuses”.

Logo descobriremos que esta sigla (que não vou decifrar aqui pelas razões óbvias) tem a ver, intimamente, com a busca interior. Nos indica (saberemos isso depois) que o caminho não "é para fora" e sim "para dentro", descobrindo no primeiro contato (embora não saibamos) qual é o caminho de toda a jornada na Ordem e em nossa vida.

 

Referências Bibliográficas

Eckhart, M. (2005). "O Poder do Agora: Um Guia para a Iluminação Espiritual." Editora Sextante.

Jung, C. G. (1969). "Psicologia e Religião." Editora Vozes.

Platão. (2008). "A República." Editora Martin Claret.

Tolle, E. (2006). "O Despertar de Uma Nova Consciência." Editora Sextante.

Watts, A. (1957). "The Way of Zen." Pantheon Books.


 





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domingo, 1 de outubro de 2023

A Natureza dos Vazios na Vida - A Experiência Humana

 


A Natureza dos Vazios na Vida

Por 
M.´.I.´. Luis Genaro Ladereche Fígoli (Moshe)
Grau 33°

"No meio do Inverno, aprendi finalmente que 
havia dentro de mim um Verão invencível.”

Albert Camus

Viver sempre é um desafio. Desde que temos consciência de nossa existência, nos perguntamos, "o que fazemos aqui??". É uma das perguntas que fundaram a Filosofia, ou seja, desde tempos imemoriais, o ser humano tem se questionado sobre "por quê". Esta resposta a ciência não nos dá, ela responde apenas "como". As diversas religiões, a própria filosofia, buscam esta resposta que (provavelmente) explicará todas as dúvidas existenciais, embora creio, que esta resposta nunca nos ficará disponível neste plano, pois ela encerra a Verdade Absoluta.

E como não chegamos à resposta definitiva, nos esforçamos o melhor possível, a viver em busca da felicidade, que parece ser um dos grandes objetivos humanos. Mas a felicidade plena existe? Alguém consegue passar pela existência sem tem que se enfrentar com dificuldades, com problemas, dores, insatisfações, conflitos, dúvidas? O normal é sentirmos depressão pelas experiências passadas, estresse pelas experiências presentes e ansiedade pelas experiências futuras. E neste caminho ao longo da experiência da vida, vamos acumulando vazios que conseguimos ou não preencher dependendo da nossa capacidade de entendermos os momentos. 

Viver é uma jornada repleta de altos e baixos, e esses momentos de vazio são intrínsecos à experiência humana. Eles podem surgir de diversas maneiras, seja como a sensação de vazio existencial que nos faz questionar nosso propósito, a solidão que nos atinge quando nos sentimos desconectados dos outros ou a insegurança que surge em tempos de mudança e incerteza. Esses vazios são inerentes à nossa condição de seres humanos, e a maneira como escolhemos lidar com eles molda nossa trajetória.

A Busca pelo Preenchimento

A busca pelo preenchimento desses vazios é um reflexo da resiliência e da criatividade humana. Cada um de nós desenvolve estratégias únicas para dar sentido à vida. Alguns encontram preenchimento em relacionamentos profundos e significativos. A conexão com outras pessoas, o amor e o apoio emocional podem preencher esses vazios de maneira poderosa.

Outros buscam alcançar a realização profissional, encontrando propósito e satisfação em suas carreiras. A sensação de conquista e contribuição para a sociedade pode ser uma fonte profunda de significado. Além disso, muitos encontram alegria e preenchimento em paixões e hobbies, seja na música, esportes, arte, ou qualquer outra forma de expressão pessoal.

Além disso, a dimensão espiritual ou filosófica da vida também desempenha um papel importante na busca pelo preenchimento. Para alguns, a espiritualidade oferece um caminho para entender o significado mais profundo da existência, enquanto outros buscam respostas filosóficas para questões fundamentais sobre a vida e a mortalidade.

Os Desafios da Busca pelo Preenchimento

Entretanto, a busca pelo preenchimento nem sempre é simples. Muitas vezes, as pessoas enfrentam obstáculos significativos ao longo do caminho. Em um esforço para preencher vazios, alguns recorrem a comportamentos autodestrutivos, como abuso de substâncias ou relacionamentos interpessoais. Esses padrões podem ser uma tentativa equivocada de aliviar a dor do vazio, mas, a longo prazo, geralmente levam a um maior vazio e sofrimento.

A Importância do Equilíbrio

Encontrar um equilíbrio saudável entre preencher vazios e aceitar os momentos de vazio é fundamental para uma vida significativa e equilibrada. Reconhecer que vazios são parte integrante da jornada humana nos permite abraçar esses momentos como oportunidades para o crescimento pessoal.

O autoconhecimento desempenha um papel crucial nesse processo. Conhecer a si mesmo e suas necessidades pessoais ajuda a discernir o que realmente preenche os vazios de maneira autêntica e sincera. É um processo contínuo de exploração interna e reflexão.

Conclusão

A vida é uma dança constante entre vazios e preenchidos. Cada um de nós escreve sua própria história, moldando nossa narrativa de acordo como respondemos a esses espaços em branco. Ao encontrar o equilíbrio entre preencher espaços vazios e abraçar a jornada, somos capazes de viver vidas mais significativas e satisfatórias. Afinal, são os vazios que tornam o preenchimento tão significativo e a vida tão rica de significado. Ao longo dessa jornada, encontramos a verdadeira essência da nossa humanidade e descobrimos que, no final, a vida é um processo de constante autodescoberta e evolução.





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domingo, 19 de fevereiro de 2023

AS SETE LEIS DO HERMETISMO - Natureza e Espiritualidade


Por M.'.I.'. Luis Genaro Ladereche Figoli

G.'.33°

O Hermetismo é uma tradição espiritual que tem suas raízes na filosofia e na mitologia egípcia, e que foi desenvolvida na Grécia Antiga. Suas leis, também conhecidas como "Princípios Herméticos", são geralmente consideradas como um conjunto de ensinamentos que guiam aqueles que buscam compreender e aplicar as leis universais do cosmos.

Estas Leis são atribuídas a Hermes Trimegisto "Hermes, o três vezes grande") que é uma figura mítica de origem sincrética. Essa figura mítica indica o deus Thoth dos antigos egípcios, considerado o inventor das letras do alfabeto e da escritura, escrita dos deuses, e portanto, revelador, profeta e intérprete da divina sapiência e do divino logos. Quando os gregos tiveram conhecimento desse deus egípcio, descobriram que apresentava muitas analogias com seu deus Hermes, intérprete e mensageiro dos deuses, e o qualificaram com o adjetivo “Trismegisto” que significa “três vezes grandíssimo”.

Na antiguidade tardia, especialmente nos primeiros séculos da era imperial (sobretudo no séculos II e III depois de Cristo), alguns teólogos e filósofos pagãos, em contraposição ao cristianismo galopante, produziram uma série de escritos, conhecidos como literatura hermética, apresentando-os sob o nome desse deus, com a evidente intenção de opor às Escrituras divinamente inspiradas dos cristãos, como outras escrituras difundidas como divinas “revelações”. A literatura hermética hoje em dia está quase perdida.

As pesquisas modernas já acordaram, sem sombra de dúvida, que sob a máscara do deus egípcio se escondem autores diversos, e que os elementos “egípcios” são exíguos. Na realidade, trata-se de uma das últimas tentativas de resgate do paganismo, amplamente fundado em doutrinas do platonismo da época (o médio platonismo).

Pela diversidade de temas, é pouco provável que todos esses livros tenham sido escritos por uma única pessoa, mas representam o saber acumulado pelos egípcios ao longo do tempo.

Alguns autores figuristas consideravam Hermes Trismegisto, bem como outros personagens lendários antigos, como sendo a mesma pessoa do patriarca bíblico Enoque.

As sete leis do Hermetismo são:

1. Princípio de Mentalismo: "O Todo é mente; o universo é mental". Este princípio ensina que tudo no universo é mental e que a mente é a causa primária de toda a criação.

2. Princípio de Correspondência: "Como é em cima, é embaixo; como é dentro, é fora". Este princípio ensina que existem correspondências entre as leis e fenômenos dos planos físico, mental e espiritual.

3. Princípio de Vibração: "Nada está parado; tudo se move; tudo vibra". Este princípio ensina que tudo no universo está em constante movimento e vibração.

4. Princípio de Polaridade: "Tudo é duplo; tudo tem polos; tudo tem o seu oposto; o igual e o desigual são a mesma coisa; os opostos são idênticos em natureza, mas diferentes em grau". Este princípio ensina que tudo tem seu oposto e que esses opostos são complementares.

5. Princípio de Ritmo: "Tudo tem fluxo e refluxo; tudo tem suas marés; tudo sobe e desce; tudo se manifesta por oscilações compensadas; a medida do movimento à direita é a medida do movimento à esquerda; o ritmo é a compensação". Este princípio ensina que tudo no universo tem um ritmo e um movimento, e que esses movimentos são equilibrados e compensados.

6. Princípio de Causa e Efeito: "Toda causa tem seu efeito; todo efeito tem sua causa; tudo acontece de acordo com a lei; o acaso é simplesmente um nome dado a uma lei não reconhecida; há muitos planos de causalidade, mas nada escapa à lei". Este princípio ensina que toda ação tem uma reação correspondente e que tudo o que acontece tem uma causa e uma explicação.

7. Princípio de Gênero: "O gênero está em tudo; tudo tem seu princípio masculino e feminino; o gênero se manifesta em todos os planos da criação". Este princípio ensina que tudo no universo tem um princípio masculino e feminino e que esses princípios são necessários para a criação e a manifestação da vida.

Essas leis são consideradas fundamentais para a compreensão da natureza do universo e para a evolução espiritual e pessoal.

Fonte:
Wikipedia
Pike, Albert - Moral e Dogma
Adum, Jorge - As Chaves do Reino Interno

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