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sábado, 1 de agosto de 2015

AMOR E FELICIDADE NA MAÇONARIA – Concepções Filosóficas


AMOR E FELICIDADE NA MAÇONARIA – Concepções Filosóficas

Irm.`. Luis Genaro Ladereche Fígoli (Moshe)*
M.´. I.`.

Toda filosofia natural trabalha em função de duas dimensões, a curiosidade e a miopia

Toda a existência humana (de aproximadamente 200.000 anos) está marcada pela evolução desta espécie, a partir dessas duas premissas. A curiosidade, que nos leva a fazer as perguntas básicas de nossa existência: O que é a vida, de onde viemos, para onde vamos e o que fazemos aqui?; bem como a noção clara (inicialmente da filosofia natural – precursora da ciência – e da própria ciência atual) de que o que nos olhos “enxergam” e nossos sentidos “sentem” são meros reflexos de uma realidade maior. Na maçonaria, entendemos essa realidade maior, como a Verdade, ou a busca da Verdade.
É o que chamamos de Realidade visível. Os cinco sentidos são integrados no cérebro e criam uma sensação de realidade. A realidade “vista” é ínfima em relação ao que está acontecendo em torno de nós. Somos os únicos seres multicelulares, que têm a noção da existência. Evoluímos de estruturas simples (uni moleculares) que permearam durante mais de 3 bilhões de anos na terra. Num determinado momento, como veremos a seguir, por algum motivo, iniciou-se o processo de agregação molecular que resultou em seres mais complexos, chegando até nós. Se colocarmos a existência da terra (os 3,5 bilhões de anos) numa escala de 24 horas, a humanidade teria aparecido no último segundo do dia 31 de dezembro. Somos muito, mas muito novos na ocupação deste planeta!!!  Como já disse, somos os únicos seres com vida que têm noção da existência, que tem consciência e que são cognitivamente inteligentes.

Mas o que é a vida? Qual a energia que move nossa vida?

Entendo que a energia que move a vida é a alegria ou a felicidade. E a felicidade é um estado determinado pelo amor.

É muito comum sermos avaliados através de números: Assim salários, metas, resultados, fatias de mercado, servem como parâmetro de indicar se vivemos bem ou não. Mas vida que vale a pena é muito mais que isso.

A vida vale a pena se você consegue sorrir. A vida valeu a pena pelos abraços, pelos apertos de mão, pelos gestos de carinho, pelas sensações boas que você tenha tido ao longo do dia. Nada disso se presta para mensuração numérica.

As boas sensações têm sido reunidas AO LONGO DA HISTÓRIA DO PENSAMENTO, por detrás da palavra AMOR.

Assim, parece verdadeiro que a vida vivida com AMOR tem mais graça. Sem amor a vida e arrastada, cinza, em preto e branco. E é precisa esperar a semana inteira para que um novo entediante final de semana, separe a desgraça da semana anterior com a nova semana.

Amor nada tem a ver com a vontade. Amor foge de nosso controle. O Amor não é uma questão moral. Sim, porque moral é INTELIGÊNCIA À SERVIÇO DA VIDA. Existe MORAL toda vez que decidimos uma alternativa, toda vez que descartamos uma possibilidade de vida que decidimos não viver.

MORAL É ESCOLHA, é DECISÃO RACIONAL.

O AMOR não, o amor é SENTIMENTO. Fenômeno de nosso corpo que se presta à contemplação. Surge sem que tenhamos decidido e vai embora sem que nada possamos fazer.

AMOR e MORAL não tem nada a ver. No entanto, é fácil perceber que na hora de utilizarmos a inteligência para escolher a vida o amor é a grande referência. Já que não ama, faz como se amasse. A Moral é uma imitação do comportamento de quem ama.

AMAR é diferente de GENEROSIDADE. Quem ama se doa. Generosidade é uma imitação do amor. O generoso é aquele que dá sem amar. Somos todos generosos um dia. Mas quem ama dá por amor, sem precisar pensar, sem precisar escolher, assim é o comportamento amoroso.

Também, FIDELIDADE é uma espécie de imitação do comportamento amoroso. Quem ama é fiel. Não precisa de uma regra MORAL para não trair a confiança do ser amado. Quem ama não trai.

Mas de que AMOR estamos falando?

Qual é o AMOR a que se refere nos Ritual, quando pergunta o VM: O que é Maçonaria Irm.´. Chanceler?., e este responde: “É uma Instituição que tem por objetivo fazer FELIZ a humanidade, pelo AMOR....”

Vejamos:
1 -     Fazer FELIZ a Humanidade;
2- O instrumento é o AMOR.

   Muitos pensadores se dedicaram a decifrar esse enigma que existe apenas nos seres humanos. Somente nós somos dotados deste sentimento do amor. Os animais agem por instinto, os vegetais por uma programação genética que os faz nascer, crescer, se reproduzir e morrer.

    Três grandes Mestres se dedicaram a nos decifrar o AMOR, de maneira diferente ao longo do tempo:

O primeiro é PLATÃO (428 a 347 a.C) que foi um filósofo da Grécia Clássica, pai fundador da nossa maneira de pensar. Platão definiu AMOR como EROS. Quem vaia apresentar e definir esse amor é Sócrates, personagem principal do Platonismo. Enquanto Platão escrevia os Diálogos, era Sócrates que apresenta a versão que considera correta. Esta definição se encontra no mais famoso dos “diálogos”, chamado “O Banquete”, que traz a genialidade irritantemente simples de Platão:
“AMAR é DESEJAR

Nos amamos o que desejamos. Amamos enquanto e na intensidade que desejamos. A má notícia é que se o desejo acabou e porque o amor acabou também. Amor e desejo são a mesma coisa. Então cabe uma indagação: Se Eros é desejo, desejo é o que??
Desejo é a FALTA. Desejo é a busca do que faz falta, é a energia que opera a buscar o que não temos, o que não somos, do que não conseguimos fazer ainda. Agora na definição Platônica completa:

Você ama o que deseja e deseja o que não têm”. E quando tem, não deseja mais, então, não ama mais.

Na Maçonaria é EROS está presente. Digo que sim. A estruturação do Rito em graus é uma forma de fomentar o DESEJO de crescimento na escala até chegar ao topo da pirâmide. Desejamos o próximo nível, dispendemos energia para isso, amamos o nosso trabalho para chegar a ele. Uma vez que lá estamos, deixamos de ter desejo por esse nível, e nos interessa o próximo, e assim sucessivamente. O DESEJO é uma forma de traçar objetivos, que alcançados, deixam de ser interessantes, para efeitos de dispender energia nele. Desejo é a Falta.

A vida erótica, essa mesma que você passa o tempo inteiro perseguindo coisas que não têm, não é vida que vale a pena, pelo menos do ponto de vista de ser isso sozinho. Esta vida parece ser um saco sem fundo, sempre desejaremos o que não temos, vivendo numa busca indefinida e eterna na frustração.

O segundo pensador foi ARISTÓTELES (384 a 322 a.C.), discípulo de Platão e fundador do Liceu, professor de Alexandre O Grande, pai fundador da ciência, não concorda com Eros. O Amor não pode ser só isso, não pode ser só desejo. A vida desejante é infeliz.

O amor de Aristóteles é pelo que você já tem, pelo que você já conseguiu, pela performance que você já consegue ter, pela vida que você consegue ter. O amor é pelo mundo que está exatamente diante de cada um de nós, quando o mundo alegra.

Ele chama de Philia é o amor ALEGRIA. Amor pelo que já se tem e nos faz bem.

ALEGRIA é a passagem para um estado mais potente do próprio ser”.

Definido por ESPINOZA (1632), alegria seria um estado de potência de agir. É uma energia que te anima, e esta energia oscila. Esta energia também foi caracterizada por outros pensadores: Nietzsche de “Vontade de Potência”, Bergson de “Elã Vital”, Freud de “Libido”.

Para vivermos com ALEGRIA, precisamos nos encantar com o que fazemos. Somos indivisíveis de nós mesmos. Precisaremos conviver conosco mesmo durante toda a nossa existência, portanto, precisamos nos entender, nos compreender, nos encantar. 

Não podemos nos divorciar de nós mesmos. Quem mais nos acompanha durante a vida, somos nós mesmos. É o que filosofia se chama “A TRANSCENDÊNCIA DO EGO”. Nós somos dois: Nós mesmos e a consciência que temos de nós. Nós somos o espetáculo mais frequente para nós mesmos. Para que a vida tenha alguma chance de valer a pena, é muito importante que você consiga se encantar com o que faz, afinal de contas, o que você mesmo faz é a atividade com a que você mais convive. Se detestarmos o que fazemos, é muito provável que a nossa vida seja a maior parte de tempo TRISTE, e tristeza é quando nossa “potência de agir” estiver em baixa. No grau zero, significa a morte.

Por isso Aristóteles, quando perguntado sobre qual seria a fórmula para atingir a felicidade (ALEGRIA) ele respondeu:

Conhece-te a ti mesmo

Para finalizar, o terceiro grande Mestre foi Jesus de Nazareno (3 a.C. a 30 d.C.). O Amor de Cristo é mais sofisticado, porque não é nem o desejo, nem a alegria de quem ama. Por isso Jesus chamará de “Ágape”. Ágape é amor ao próximo. É o amor pela humanidade. Se o amor de Jesus é por qualquer um, não pode ser a alegria de quem ama, pois nem todos nos alegram, aliás o mundo tende a nos aborrecer. Também não pode ser EROS, porque não desejamos qualquer um.

Em Ágape o que importa é o amado. E o amante fará de tudo pela alegria do amado, reduzir o sofrimento do próximo.

Na Maçonaria, tenho certeza, que cada um de vocês estará recordando situações em que perceberam que poderiam proporcionar alegria para alguém, e não economizaram esforços, foram além dos protocolos, foram além do que era esperado para diminuir a tristeza, para diminuir o sofrimento, para proporcionar um sorriso a pessoas que muitas vezes você não sabia sequer o nome.

Por isso, a fórmula Maçônica de felicidade pode ser:

“Deseje demais o que te faz falta, porque a vida não vai ser boa na derrota e na frustração. Mas perceba que o desejo não basta. Permita-se a alegria. Consiga-se alegrar com o que você já tem, e sobretudo perceba, que depois de uma conquista alegradora, se você não tiver com quem se alegrar, a sua alegria durará muito pouco, morrerá pela solidão. Por isso, preocupe-se em proporcionar a alegria de que está em volta, para que a sua própria alegria e felicidade possa durar um pouco mais.

Fonte:
- Inspirado na Palestra do Prof. CLOVIS DE BARROS FILHO, Youtube;
- Wikipédia;
- “O Banquete” Platão;

- Princípios de Filosofia – Diversos Autores

* Mestre Instalado, Gr.`. 25, obreiro da B.´.A.´.R.´.L.´.S.´. Rosa dos Ventos n° 76, Or.´. de Osório/RS, juridionado à G.´.L.´.R.´.G.´.S.´.
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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

MAÇONARIA: O Sentido da Vida. Uma Jornada para a Felicidade



Vida é um tesouro precioso que a vontade Divina nos oferece.

A maneira como pensamos a vida é a condição primeira para que possamos traçar o rumo da nossa evolução, da nossa felicidade e da nossa paz, a famosa jornada para a felicidade.

O caminho é a felicidade. Felicidade não é o destino. Jesus não disse eu sou o destino, ele disse “eu sou o caminho, a verdade e a vida”. São os degraus de nossa evolução, para chegarmos a nosso objetivo.

Para medir a nossa evolução, precisamos saber:
  •  De onde saímos;
  •  Qual o caminho;
  •   Aonde queremos chegar.

Hoje, de maneira muito simples, vamos cuidar do primeiro passo. De onde saímos. 

Como uma árvore poderá ter inúmeros ramos, mas tem um tronco e uma raiz. Não queremos o fruto, queremos é a raiz, de onde viemos porque aonde vamos vai depender de cada um de nos.

Se verificarmos, a mais de 2400 anos, um pensador chamado Tales de Mileto[1] diz que a base da vida é a água. O planeta terra, nós mesmos, temos como composição celular 75% de água. De certa forma este pensador estava certo, pois a base da vida é a água.

Outro pensador Anaximandro[2] (+2400 anos atrás) dizia que a base da vida não é a água, é o ilimitado. Por quê? Muitas coisas têm limite, a altura das pessoas, o tamanho das coisas, etc. O amor tem limite?? Pode ser medido??

Seu discípulo Anaxímenes[3] dizia que a base da vida é o ar. O ar é tão importante para a conservação da vida humana que ninguém consegue se matar prendendo a própria respiração. O instinto de conservação vai falar mais forte e obrigar a respirar.

Outro pensador vai dizer que a base da vida é a Terra. Mergulhe no mais profundo do oceano, vai encontrar a terra. Onde você vive é a Terra. Já Empédocles[4] vai dizer que a base da vida é o fogo. “do Fogo viemos e ao fogo voltaremos”.

Encontramos assim os quatro elementos da natureza: Agua, Ar, Terra e Fogo, tão importantes na antiguidade e tão importante no entendimento dos fundamentos da maçonaria (vide Iniciação).

Pitágoras era um gênio da matemática. Vai morar no Egito e cria uma nova doutrina e torna-se o principal sacerdote, colocando a base da vida como sendo o número, ou a matemática. Ele, por exemplo, descobre a quinta e a sétima nota musical através de cálculos matemáticos. Ele descobriu a oitava que a primeira nota que se repete após a sétima num tom maior. Ele é o autor do Teorema de Pitágoras. Ele vai dizer que ´”AMOR É MATEMÁTICO”. Os mais novos devem lembrar o filme Matrix era uma somatória de  combinações matemáticas. O universo é matemático.

Outro pensador Heráclito[5] vai dizer que a base da vida é algo chamado “mudança”. Ninguém tomará banho de novo no mesmo rio. As águas serão outras. O universo está em movimento. Pegue um livro, leia-o duas vezes. Verá que percebe coisas diferentes. Um filme, igual. A base da vida é a mudança, é o movimento é o que faz a lei do progresso. É a base hoje melhor do que ontem e amanha melhor do que ontem....São os degraus da escada de nossa divina ascensão.

Heráclito foi pai de um filósofo e médico Hipócrates, do juramento da medicina. Para Hipócrates a base da vida é a saúde.

Talvez o melhor pensador de todos os tempos tenha sido Sócrates[6]. Tão importante fora, que a filosofia clássica se divide em antes e depois dele. Sócrates vai dizer que uma vida só vale a pena ser vivida se for pensada. Senão nós não vivemos, sobrevivemos. Pensar sobre a vida é muito importante. Dizem que ele era um homem com uma esposa muito problemática, por isso talvez tenha se dedicado com tanta ênfase a pensar.... Vamos dizer que não era uma acácia, era um cactos. Um homem tem uma luz interior, dizia Sócrates. Só que existe um véu embaçando a luz, e esse véu é a causa de todos os males da humanidade. Esse véu tem nome: a IGNORÂNCIA

Logo qual é o objetivo da filosofia? Arrancar o véu e fazer brilhar a sua luz!!!!! 

Essa frase tem mais de 2300 anos. É nosso segundo parto e talvez o maior e mais importante, a sensação que você vai ter arrancando o véu da ignorância, é o sofrimento, é a dor, dá trabalho. Mas a primeira experiência que você vai ter brilhando a tua luz, e conquistando a sabedoria, é uma felicidade que você nunca experimentou: Conhece-te a ti mesmo, foi a frase que Sócrates viu no Santuário de Delfus que deflagrou toda sua filosofia. O chamado AUTOCONHECIMENTO. 

Luz para os gregos é o que há de mais importante para o homem. Socrates vai falar que a luz não está mais com os Deuses, a luz está com você. Tanto que foi condenado a morte por sua filosofia. Ou seja, se seu destino pertencia aos Deuses, a partir daí passa a pertencer ao homem.

Estes sábios que citamos muito rapidamente servem para demonstrar que essa busca é antiga, importante e decisiva, para que nos consigamos cumprir nosso propósito de existência na terra que é ser feliz. Se não for feliz de nada adiantou nossa existência.

Para que dinheiro, por exemplo, se não traz felicidade. Dinheiro não compra amigos, compra companheiros de farra. Para conhecer os amigos, fique doente ou pobre, daí conhecerá o verdadeiro amigo. Dinheiro não compra saúde, compra tratamento.

Quando começamos a pensar nossa vida diferente, vamos pensando de uma maneira para que possamos estruturar a felicidade verdadeira e vivermos uma vida verdadeiramente feliz, sem as mesmices que vivemos no mundo. Desde criança somos ensinados a esperar a derrota. Quando algo da certo ficamos desconfiados. Pense e verá que é verdadeiro. Reflita.

Nosso papel é pensar positivamente a vida, é questão de opção escolher o caminho a seguir. Na vida tudo vai ser sempre opção. Vivemos decidindo a cada minuto, a cada segundo. Sempre teremos uma escolha. Ser feliz é uma escolha. Ninguém se torna infeliz da noite para o dia. Somos o somatório das decisões que adotamos. Somos não o que realmente somos, mas o que acharmos que somos. Se você acha que consegue vai à luta, e até se não conseguir, aprende com ele e faz do seu sucesso amanhã.

Mudar a maneira de pensar é o segredo. É o que fazemos na Maçonaria. É nisso que nos treinamos. É para isso que estamos aqui.

Cuide-se porque ser feliz é o melhor tesouro, o maior objetivo e o que dá sentido a nossa existência tornando-a verdadeira e significativa.

Pensando sobre a vida, voltando a Sócrates, que nós construiremos uma sociedade mais justa e uma vida mais feliz, que em definitivo, é o principal objetivo da Maçonaria.



[1] Tales de Mileto (em grego antigo: Θαλῆς ὁ Μιλήσιος) foi um filósofo da Grécia Antiga, o primeiro filósofo ocidental de que se tem notícia. De ascendência fenícia,[carece de fontes] nasceu em Mileto, antiga colônia grega, na Ásia Menor, atual Turquia, por volta de 624 ou 625 a.C. e faleceu aproximadamente em 556 ou 558 a.C..Tales é apontado como um dos sete sábios da Grécia Antiga. Além disso, foi o fundador da Escola Jônica. Considerava a água como sendo a origem de todas as coisas, e seus seguidores, embora discordassem quanto à “substância primordial” (que constituía a essência do universo), concordavam com ele no que dizia respeito à existência de um “princípio único" para essa natureza primordial.
[2] Anaximandro (em grego: Ἀναξίμανδρος; 610 — 547 a.C.) foi um geógrafo, matemático, astrônomo, político e filósofo pré-Socrático; discípulo de Tales, seguiu a escola jônica[1]. Os relatos doxográficos nos dão conta de que escreveu um livro intitulado "Sobre a Natureza"; contudo, essa obra se perdeu.Atribui-se a Anaximandro a confecção de um mapa do mundo habitado, a introdução na Grécia do uso do Gnômon (relógio solar) e a medição das distâncias entre as estrelas e o cálculo de sua magnitude (é o iniciador da astronomia grega).
[3] Anaxímenes de Mileto[1] (Grego: Άναξιμένης; 588-524 a.C.) foi um filósofo pré-socrático do Período Arcaico, activo na segunda metade do século VI a.C..[2][3] Foi um dos três filósofos da escola milésia, é identificado como estudante de Anaximandro.[4][5] Anaxímenes, tal como outros na sua escola de pensamento, praticou o materialismo monista.[6][5] Esta tendência para identificar uma específica realidade composta de um elemento material constitui o âmago das contribuições que deu fama a Anaxímenes.Escreveu a obra “Sobre a natureza”, em prosa. Dedicou-se especialmente à meteorologia. Foi o primeiro a afirmar que a luz da Lua é proveniente do Sol.
[4] Empédocles (em grego antigo: Ἐμπεδοκλῆς; Agrigento, 495/490 - 435/430 a.C.) foi um filósofo, médico, legislador, professor, mítico além de profeta, foi defensor da democracia e sustentava a idéia de que o mundo seria constituído por quatro princípios: água, ar, fogo e terra.
[5] Heraclito de Éfeso (Grego: Ἡράκλειτος ὁ Ἐφέσιος—Hērákleitos ho Ephésios, Éfeso, aprox. 535 a.C. - 475 a.C.) foi um filósofo pré-socrático considerado o "pai da dialética". Recebeu a alcunha de "Obscuro" principalmente em razão da obra a ele atribuída por Diógenes Laércio, Sobre a Natureza, em estilo obscuro, próximo ao das sentenças oraculares.Na vulgata filosófica, Heraclito é o pensador do "tudo flui" (panta rei) e do fogo, que seria o elemento do qual deriva tudo o que nos circunda. De seus escritos restaram poucos fragmentos (encontrados em obras posteriores), os quais geraram grande número de obras explicativas.
[6] Sócrates (em grego: Σωκράτης, AFI: [sɔːkrátɛːs], transl. Sōkrátēs; Atenas, c. 469 a.C. - Atenas, 399 a.C.)[1] foi um filósofo ateniense do período clássico da Grécia Antiga. Creditado como um dos fundadores da filosofia ocidental, é até hoje uma figura enigmática, conhecida principalmente através dos relatos em obras de escritores que viveram mais tarde, especialmente dois de seus alunos, Platão e Xenofonte, bem como as peças teatrais de seu contemporâneo Aristófanes. Muitos defendem que os diálogos de Platão seriam o relato mais abrangente de Sócrates a ter perdurado da Antiguidade aos dias de hoje.[2]
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