“Os átomos do homem são seus arquivos, e suas
vibrações são sua linguagem”
Jorge Adum
A segunda instrução, também denominada de “Catecismo do Mestre”, é dada
a todos os Mestres por meio de um diálogo que o Respeitab:. Mest:. mantêm com
seus VVig:.
No diálogo formulado,
o Respeitab.`. Mest propõe ao 2° Vig.`. uma hipótese:
“Se um
Mestre se perdesse, onde poderia ser encontrado?”.
Responde o 2° Vig.`.:
“Entre o Esquadro e o Compasso”.
E continua: “Porque o Mestre procurado distinguir-se-ia
pela moralidade de seus atos e pela justeza de seu raciocínio. É, sob esse
ponto de vista , que ele se conserva entre o Esq.`. e o Comp.`.”.
Quantas vezes já passamos por esta alegoria, sem nos darmos conta de sua
profundidade, sem nos determos no seu verdadeiro significado. Esta alegoria,
escondida detrás de um diálogo, aparentemente sem grande importância, nos
reserva alguns dos mais profundos mistérios do Gr.`., E é o que iremos tentar
decifrar a partir desta Peç.`. de Arq.`..
Mas como entender a posição “entre o Esquadro e o Compasso”??. O que existe entre os dois??. Eis é o que pretendemos perscrutar neste trabalho.
Inicialmente mostraremos a importância da alegoria do Esquadro e do Compasso nas diversas culturas, sociedade e religiões, e como foram incorporadas (provavelmente) na Maçonaria, inclusive com seus significados místicos.
Posteriormente, passaremos a analisar e entender como o Esquadro e o Compasso se constituem numa importante alegoria na Maçonaria e, finalmente, o significado de o M:. M:. estar “entre” os dois instrumentos.
II - O Esquadro e o Compasso
nas diversas culturas
Numa linguagem literária – e até certo ponto convencional -, o compasso
é considerado entre nós como o emblema das ciências exatas, do rigor
matemático, por oposição à fantasia imaginativa, à poesia. As noções de regra e
régua, de retidão, direitura, estão também na base do kuei[1] chinês.
E, no entanto, quer no esoterismo ocidental, quer na China antiga, o compasso – geralmente associado ao esquadro - é um importante símbolo cosmológico, uma vez que serve para medir e para traçar o círculo, enquanto o esquadro serve para traçar o quadrado. É no esquadro e no compasso, dizem os legistas, que está a perfeição do quadrado e do círculo.
Um belo desenho de William Blake[2], intitulado O Ancião dos dias mede o tempo (Fig. 01) representa o Padre Eterno inscrito no disco do sol e dirigindo para o mundo um imenso compasso. Coomaraswamy[3] e Guénon[4] associaram esse símbolo à medida – ou determinação – dos limites do Céu e da Terra, de que falam os Vedas[5], e evocaram o papel do arquiteto celeste Vixvacarman[6] (Fig. 2), bem como o do Grande Arquiteto do Universo, dos maçons.
Fig. 1 - O Ancião dos dias mede o
tempo - William Blake
Fig. 2 - Vishvakarma – O Divino
Arquiteto do Universo
Dante[7]
cantou o Deus Arquiteto: “Aquele que, com o seu compasso, marcou os
limites do mundo e determinou, dentro deles, tudo o que é visível e tudo o que
está oculto”.
No Ocidente como na China, compasso e esquadro evocam, respectivamente, o Céu e a Terra. No Ocidente, o compasso e o esquadro são atribuídos, respectivamente, às duas metades, masculina e feminina, do Andrógino hermético[8] (Rebis)[9](Fig.3), que corresponde ao Sol e à Lua, na China a Fu-hi[10] e Nu-kua[11] (Fig. 4), que são os princípios masculino e feminino da manifestação. Todavia, quando Fu-hi e Nu-kua são unidos, seus atributos ficam invertidos, ou, mais exatamente, trocados. E a figuração da hierogamia[12], a síntese reconstituída do yin[13] e do yang[14] (Fig. 5) na qual a figura yang porta o atributo yin, e inversamente.
Fig. 4 Nu Kua e Fu Xi
Fig. 5- Yin e Yang
Observe-se, ainda, que, na conformidade do simbolismo do círculo e do
quadrado, o compasso está mais particularmente em relação com a determinação do
tempo, e o esquadro com a do espaço.
Compasso e esquadro foram, na Idade Média, os emblemas da maior parte das corporações: o Compagnonnage[15], observou Guénon, só proibia o uso do compasso aos sapateiros e padeiros.
Há uma pintura famosa da época da Renascença que é sugestiva de uma correlação entre Homem e totalidade, envolvendo o simbolismo do círculo. O Homem Vitruviano[16] (Fig. 6) de Leonardo DaVinci é considerado um símbolo da Renascença, pois agrega todo o ideário renascentista do surgimento do antropocentrismo, ou do “Homem como a medida de todas as coisas”. Essa famosa pintura mostra uma figura masculina sem roupa separadamente e simultaneamente em duas posições sobrepostas com os braços inscritos em um circulo e em um quadrado.
Fig. 6-
Homem Vitruviano
O Homem Vitruviano tem medidas de proporções muito significativas. A cabeça é do tamanho de um décimo da altura total. Algumas vezes o desenho e o texto são chamados de Cânone das Proporções. As posições com os braços e os pés em forma de cruz são inscritas acompanhando a posição do quadrado.
Nesse sentido, o quadrado implica a estabilidade e o circulo o movimento e a dinâmica. Podemos observar que, a despeito do movimento, o umbigo do homem permanece imóvel. O Umbigo, que é o verdadeiro centro de gravidade, é o ponto central do homem que está posicionado precisa e matematicamente no centro do círculo. O desenho também é considerado freqüentemente como um símbolo da simetria básica do corpo humano e das proporções matemáticas do ser humano perante o Universo.
III – O Esquadro e o Compasso na
Maçonaria
Fig. 7-
Esquadro e Compasso
Este instrumento, tão frequentemente referido nos antigos documentos, é aquele que, sendo de maneira geral uma das três Grandes Luzes da Maçonaria[17], tem um especial significado no Terceiro Grau.[18] É somente nesse Grau que ele é totalmente exposto, possibilitando assim ao M.´. M.´. usá-lo para concluir a sua obra e é também neste Grau que ele reaparece como um instrumento de trabalho. Ele nos lembra, particularmente, a limitar o nosso dever em todos os casos que, elevados à eminência do mérito, possamos ser respeitados em vida e lamentados por nossa morte. Ele nos lembra da imparcial Justiça de Deus. Assim, ele é o símbolo do autocontrole, e assim como o Esquad.´. nos mostra o dever que temos para com o próximo, o Comp.´. nos mostra o dever que temos conosco mesmos.[19]
“Mas como a fraqueza da natureza humana mantém guerra com a Verdade e as
enfermidades do homem lutam com as suas Virtudes, para ajudar a conduta de todo
maçom, o Mestre detém o Compasso, limitando e estabelecendo as distâncias, o
progresso e a circunferência do trabalho. Ele dita as maneiras, dá direção do
projeto e delineia cada porção e cada parte do trabalho, determinando a cada um
a sua competência e a sua ordem”.
A figura geométrica descrita com a ajuda de um Compasso é um círculo,
que não tem cantos, pontas ou ângulos. Ele não é, em si, apenas uma figura
simetricamente perfeita, mas é o teste de simetria de outras figuras, pois uma
figura simetricamente perfeita é àquela que pode ser descrita num círculo ou
próxima de um círculo. O ensinamento, neste sentido do Símbolo, é obvio. O
homem que possui um perfeito autocontrole não tem pontas, cantos, ou ângulos. A
sua personalidade não é arrogante e nem agressiva, Ele conserva a mesma postura
diante de todas as condições.[21]
Os graus de abertura do compasso simbolizam, na tradição maçônica, as possibilidades e os graus do conhecimento.
Já se fez também do compasso, na iconografia tradicional, um símbolo da prudência, da justiça, da temperança, da veracidade – virtudes fundadas no espírito de moderação. Ele se tornou, igualmente, o emblema da geometria, da astronomia (e da musa Urânia[22], que a personifica), da arquitetura e da geografia, sempre por essa mesma razão, de ser o instrumento da medida e, particularmente, da concordância ou correspondência. Como Saturno, que foi primitivamente uma divindade agrária, contasse entre as suas atribuições a medição das terras, o compasso é um tributo de Saturno. E como Saturno era, cumulativamente, o deus do tempo, coxo, triste, taciturno, perdido em meditações sobre o desconhecido, em busca da pedra filosofal e da extração da quintessência, o compasso se fez símbolo da melancolia.
O Mestre Maçom, entre esquadro e compasso, está no papel de mediador. O esquadro traça o quadrado, que representa o mundo tridimensional e objetivo. A interação entre compasso e esquadro é a harmonia entre o céu e a terra, e aqueles que usam esses instrumentos são considerados os mediadores entre ambos.
O entrelaçamento do Esquadro e do Compasso somente se encontrará sobre o Livro Sagrado (ou L. `.da L.´.). Portanto o M.`. hipoteticamente perdido ainda estaria seguro, por encontrar-se no “seio” do G.`.A.`.D.`.U.`., dentro de Sua “Palavra”, que é o próprio L. `.da L.´..[23]
Observando com atenção, o
entrelaçamento do Comp:. e do Esq:. na maioria das representações alegóricas,
vemos que há um “G” inscrito em seu centro. Como sabemos, o “G” representa o G.`.A.`.D.`.U.`.,
ou a primeira vogal de “God” que é Deus na língua inglesa (origem da Maçonaria
Especulativa foi na língua de Shakespeare e devemos ter importado essa
alegoria). Não é proibido concluir, pela instrução, que estando entre o
Esquadro e o Compasso, na verdade, estamos sob a proteção, guarda e orientação
do G.`.A.`.D.`.U.`., ou sob sua inspiração. Esta faculdade seria somente do
M.`. M.`. que já teria passado o umbral simbólico da materialidade para o da
espiritualidade.
Precisamos recordar, que
na lenda de H.`. A.`., a aproximar-se o momento do triunfo final (que é a
conclusão do Templo de Salomão)[24] acometem ao Iniciado as
três tentações no deserto da matéria, como diz Jorge Adum[25], que são a ignorância, o
fanatismo e a ambição, ou os três companheiros que querem obter o salário do Mestre.
Cada defeito estava
armado com um instrumento. A Ignorância atacou pelo lado direito – projetor do
poder positivo – com uma régua de 24 polegadas, que representa o dia de 24
horas, ferindo a garganta de Hiram. O Fanatismo golpeou o coração com o
esquadro, que é o símbolo do homem inferior, dominado pelo seu fanatismo; o
esquadro é a forma material, é o conhecimento intelectual, que é necessário
para o homem. Ao golpear o coração, mata nele a tolerância e o amor. A ambição golpeou
lhe a cabeça com o malhete, reapresentando neste ato a vontade mal dirigida e
mal dominada. Uma vez morta a CONSIÊNCIA, os três tratam de relegar o fato ao
esquecimento, “sepultando o corpo do Mestre”[26]. Mas não puderam matar o
seu espírito, ou sua Intuição Divina, que é representada pelo Compasso.
Assim, o Comp.`. encimado
no Esquad.´. significa que o espírito superou a matéria, mas que até passarmos
efetivamente ao Oriente Eterno, ficaremos “presos” à materialidade (representada
pelo Esquad.´.), seguindo as Leis e ordenamentos Morais impostos pelo L.´. da
L.´., continuando a polir a nossa Pedra, até a nossa morte material. Quando nos
referimos à morte, é no sentido de término de um ciclo, de uma etapa, pois a
morte não existe no sentido da existência espiritual.
*
* *
1.
Queiroz, Álvaro de – Os Símbolos
Maçônicos, Editora Madras;
2.
Da Camino, Rizzardo – Simbolismo do
Terceiro Grau;
3.
Adoum, Jorge – Grau do Mestre Maçom e seus
Mistérios;
4.
Ritual de M.´.M.´. do R.`.E.´.A.´.A.´. da
GG.´.LL.´. do RS;
5.
Dyer, Colin – O Simbolismo na Maçonaria,
Editora Madras;
6.
Hutchinson, William - The Spirit of Masonry;
7.
Wikepedia;
8.
Diversos
Artigos na Internet
[1]
Sse-kuei é um personagem da mitologia chinesa, entidade encarregada pelo décimo
quarto imperador de fazer uma maravilhosa guitarra de cinco cordas, cujo som
tinha o poder de corrigir os desarranjos do universo, e de salvar as criaturas
[2]
William Blake (Londres, 28 de novembro de 1757 — Londres, 12 de agosto de 1827)
foi um poeta, pintor inglês, sendo sua pintura definida como pintura
fantástica, e tipógrafo.
[3]
Ananda Kentish Coomaraswamy (Colombo, 22 de agosto de 1877 - Needham,
Massachusetts, 9 de setembro de 1947) foi um notável filósofo e historiador
indiano e grande mediador da cultura oriental tradicional para o Ocidente,
sobretudo a indiana e a budista. É considerado um dos fundadores da escola
perenialista, baseada na Filosofia Perene, depois dos metafísicos francês René
Guénon (1886-1951) e suíço-alemão Frithjof Schuon (1907-1998). Entre seus
poucos livros publicados em português estão "Hinduísmo e Budismo" e
"Mitos Hindus e Budistas".
[4]
René Guénon (Blois, 15 de Novembro de 1886 — Cairo, 7 de Janeiro de 1951) foi
um metafísico e crítico social francês. Foi o pioneiro e o principal porta-voz,
juntamente com Frithjof Schuon, da "Escola Perenialista" – baseada na
Filosofia Perene. Autor universalista, esposava a tese da "unidade
transcendente das religiões", ou seja, que as diversas tradições
religiosas mundiais têm um fundamento metafísico e espiritual convergente. A
partir de 1930, viveu no Cairo, onde praticou o Islã como sua religião pessoal;
ao mesmo tempo, continuou expondo a doutrina da universalidade da verdade, como
se pode verificar nos livros "Símbolos da Ciência Sagrada" e "O
Reino da Quantidade e os Sinais dos tempos".
[5]
Denominam-se Vedas os quatro textos,
escritos em sânscrito por volta de 1500 a.C., que formam a base do extenso
sistema de escrituras sagradas do hinduísmo, que representam a mais antiga
literatura de qualquer língua indo-europeia. Muitos historiadores consideram os
Vedas os textos sobreviventes mais antigos. Estima-se que as partes mais novas
dos vedas datam a aproximadamente 500 a.C.; o texto mais antigo (Rigveda)
encontrado é, atualmente, datado a aproximadamente 1500 a.C., mas a maioria dos
indólogos concordam com a possibilidade de que uma longa tradição oral existiu
antes que os Vedas fossem escritos. Representam o mais antigo estrato de
literatura indiana e, de acordo com estudantes modernos, são escritos em uma
forma de linguagem que evoluiu no sânscrito. Eles consideram o uso do sânscrito
védico como a linguagem dos textos um anacronismo, embora seja geralmente
aceita.
[6] Vishvakarma é a deidade Hindú que
preside todos os artesãos e arquitetos. É o principal “Arquiteto do Universo”,
o arquiteto que projetou e fabricou a divina estrutura do Universo. É
“The Lord of Creation” ou o Senhor da Criação.
[7]
- Dante Alighieri (Florença, 29 de maio de 1265 — Ravena, 13 ou 14 de Setembro
de 1321) foi um escritor, poeta e político italiano. É considerado o primeiro e
maior poeta da língua italiana, definido como il sommo poeta ("o sumo
poeta"). Foi muito mais do que apenas um literato: numa época onde apenas
os escritos em latim eram valorizados, redigiu um poema, de viés épico e
teológico, La Divina Commedia (A Divina Comédia), que se tornou a base da
língua italiana moderna e culmina a afirmação do modo medieval de entender o
mundo.
[8] - Androginia
é a qualidade das pessoas cuja aparência externa (rasgos) não é própria nem do
sexo masculino nem do sexo feminino, entrando assim num termo médio;
[9] - Ser
mitológico, similar ao ser humano mas hermafrodita. Aparece frequentemente em obscuros
textos de alquimistas. Simboliza a dualidade, a perfeição, o ideal inalcançável.
[10]
- Fu Hi é um personagem da mitologia chinesa, filho de Haa Sse, representado
com cabeça de boi e corpo de dragão ou de serpente.
[11]
Na mitología chinesa Niu-kua (a veces Nv-Kua) é uma das divinidades femeninas mais
antigas. Nu Kua - deusa na mitologia da China que criou a humanidade. Muito
poderosa, metade humana e metade serpente. Ela é associada à chuva, poças de
àgua, lagoas, lagos e outros lugares onde as àguas param e são populadas por
criaturas Anfíbio e peixes.
[12]
- Hieros gamos (grego ιερός γάμος ou
ιερογαμία, o "casamento sagrado"), é a cópula (às vezes casamento),
de uma divindade e um homem ou uma mulher, muitas vezes com um significado
simbólico e geralmente realizadas na Primavera. É um antigo ritual em que os
participantes acreditavam que podiam ganhar profunda experiência religiosa ou
um intercâmbio de conhecimentos através da relação sexual. Esta foi muitas
vezes feita pelo monarca da religião dominante.
[13]
- O Yin é um princípio universal que surgiu do Tao absoluto. Feminino é oposto
e complementar ao Yang;
[14]
- O Yang é um princípio universal que surgiu do Tao absoluto. Oposto e
complementar ao Yin. O Yang é masculino e representa: luz, atividade, montanha
(pedra), calor, concreto (palpável), grande e ruidoso;
[15]
- Historicamente podemos
considerar o “Compagnonnage” como uma
associação do século XV. Nascida, sem a menor dúvida, paralelamente aos grêmios
de construtores, com seus segredos originais sendo, durante o antigo regime, um
movimento tipicamente de operários. Jamais reconhecido, perseguido
eventualmente, outras tantas tolerado, construiu uma gigantesca rede
clandestina de organizações e postos de trabalho. Lutou contra as corporações
privilegiadas pelo sistema dominante e por melhores condições de vida. O “Compagnonnage”
foi o precursor dos atuais sindicatos e das cooperativas. Os primeiros
documentos que atestam a existência do “Compagnonnage” datam do século XV, mas
muito provavelmente já existia no século precedente. Esta corporação representa
a mais antiga associação de trabalhadores ainda em plena atividade. Podemos
admitir sem maiores problemas que eles tinham uma aspiração pela liberdade já
no século XV, o que reforçava a solidariedade entre eles sustentada pelos
rígidos regulamentos e rituais secretos longe dos olhares indiscretos dos
profanos. Alguns autores afirmam que a Maçonaria derivou dos “Compagnonnage”,
tendo muitos ritos, alegorias e instrumentos em comum.
[16]
O homem vitruviano (ou homem de Vitrúvio) é um conceito apresentado na obra Os
dez livros da Arquitetura, escrita pelo arquiteto romano Marco Vitruvio Polião,
do qual o conceito herda no nome. Tal conceito é considerado um cânone das
proporções do corpo humano, segundo um determinado raciocínio matemático e
baseando-se, em parte, na divina proporção. Desta forma, o homem descrito por
Vitrúvio apresenta-se como um modelo ideal para o ser humano, cujas proporções
são perfeitas, segundo o ideal clássico de beleza.Originalmente, Vitrúvio
apresentou o cânone tanto de forma textual (descrevendo cada proporção e suas
relações) quanto através de desenhos. Porém, à medida que os documentos
originais perdiam-se e a obra passava a ser copiada durante a Idade Média, a
descrição gráfica se perdeu. Desta forma, com a redescoberta dos textos
clássicos durante o Renascimento, uma série de artistas, arquitetos e
tratadistas dispuseram-se a interpretar os textos vitruvianos a fim de produzir
novas representações gráficas. Dentre elas, a mais famosa e (hoje) difundida é
a de Leonardo da Vinci.
[17] -
O Comp.`., o Esquad.`. e o L.`. da L.´.
[18] -
Dyer, Colin – O Simbolismo na Maçonaria – Madras, Pág. 202
[19] -
Idem.
[20] -
The Spirit of Masonry
[21] -
J. T. Lawrence
[22] -
Na Mitologia, Urânia (em grego: Ουρανία - A celestial) era a musa da Astronomia
e da Astrologia. Segundo diversas fontes, era filha de Urano, gerada sem mãe
ou, ainda, de Zeus e Mnemósine. Urânia era mãe de Lino, cujo pai era Apolo. É a
menor de todas as musas.
[23] -
Da Camino, Rizzardo – Simbolismo do Terceiro Grau, Madras, Pág. 256.
[24] -
Seria nosso Templo Interior???
[25] -
Adum, Jorge – Grau do Mestre Maçom e seus Mistérios, Pensamento, Pág. 19
[26] -
idem
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