A Controvertida figura "masculina" de Deus.
Por M.´.I.´. Luis Genaro L. Figoli (Moshe)
G.´. 33°
A ideia de Deus como uma
figura masculina tem sido predominante em muitas tradições religiosas ao longo
da história. Essa representação não é simplesmente fruto de uma visão casual,
mas o resultado de um complexo entrelaçamento de fatores culturais, históricos
e teológicos. Este artigo investiga por que, em diversas tradições religiosas,
Deus é concebido como masculino, usando perspectivas filosóficas,
antropológicas e teológicas, com o suporte de citações e referências
bibliográficas.
1. Origens Históricas e
Antropológicas
Historicamente, a
predominância de sociedades patriarcais foi um fator determinante para a
masculinização da figura divina. Em culturas antigas, o poder e a autoridade
eram frequentemente associados ao homem, enquanto a mulher era vinculada a
funções reprodutivas e domésticas. Essa divisão de papéis foi refletida nas
mitologias e nas religiões.
Segundo o antropólogo Clifford
Geertz[1], a religião é "um
sistema de símbolos que atua para estabelecer estados de ânimo e motivações
poderosas e duradouras nos homens" (Geertz, 1973). Em sociedades
patriarcais, os símbolos religiosos frequentemente reforçam a estrutura
hierárquica existente, incluindo a associação da divindade suprema com
características masculinas, como força, autoridade e racionalidade.
Além disso, em muitas
civilizações antigas, os deuses masculinos eram retratados como guerreiros ou
criadores, enquanto as deusas femininas eram associadas à fertilidade e à
natureza. O filósofo e historiador Mircea Eliade [2]argumenta que "as
representações de divindades masculinas como criadores e legisladores refletem
as estruturas sociais e políticas de suas respectivas culturas"
(Eliade, 1957).
2. A Teologia e a
Masculinidade de Deus
Teologicamente, a
masculinização de Deus é evidente em tradições monoteístas como o cristianismo,
o judaísmo e o islamismo. Nessas religiões, Deus é frequentemente referido como
"Pai". No cristianismo, por exemplo, Jesus Cristo chama Deus de "Pai"
em diversas passagens do Novo Testamento, como em Mateus 6:9: "Pai
nosso, que estás nos céus". Essa linguagem reflete não apenas uma
relação de proximidade e cuidado, mas também a autoridade patriarcal.
Segundo o teólogo Karl Barth[3], "a masculinidade
de Deus nas Escrituras não implica que Ele seja literalmente homem ou
masculino, mas reflete a relação de Deus com a humanidade em termos de
autoridade e iniciativa" (Barth, 1956). Para Barth, o uso de termos
masculinos como "Pai" e "Senhor" é mais simbólico do que
ontológico, significando o papel de Deus como criador e governante.
No entanto, a teóloga
feminista Elizabeth Johnson[4] critica essa visão,
argumentando que "a linguagem exclusivamente masculina para Deus limita
a compreensão humana da divindade e perpetua estruturas patriarcais"
(Johnson, 1992). Johnson propõe a inclusão de metáforas femininas e neutras
para Deus, a fim de refletir a totalidade do mistério divino.
3. A Filosofia e as
Representações de Gênero em Deus
Do ponto de vista filosófico,
a questão da masculinidade de Deus está ligada à linguagem e aos conceitos
humanos de transcendência. Como apontado por Ludwig Feuerbach,[5] "Deus é a projeção
das qualidades humanas idealizadas" (Feuerbach, 1841). Em sociedades
patriarcais, é natural que essas qualidades idealizadas sejam associadas ao
masculino.
A filósofa Simone de Beauvoir[6], em sua obra O Segundo
Sexo, argumenta que "o homem foi historicamente elevado à posição de
sujeito universal, enquanto a mulher é relegada ao 'outro'" (Beauvoir,
1949). Essa percepção se reflete na representação masculina de Deus, que é
visto como o sujeito criador e transcendental.
Já o filósofo Paul Tillich [7]aborda a questão de maneira
mais simbólica. Para Tillich, Deus está "além do gênero", mas a
linguagem humana é limitada e recorre a metáforas masculinas porque elas foram
historicamente associadas ao poder e à autoridade (Tillich, 1951).
4. Questionamentos e
Reformulações Contemporâneas
Nos últimos séculos, teólogos,
filósofos e antropólogos têm questionado a exclusividade da masculinidade de
Deus. Movimentos feministas dentro da teologia, como o trabalho de Rosemary
Radford Ruether[8],
defendem que "uma verdadeira teologia deve incluir imagens femininas de
Deus" (Ruether, 1983). Ruether argumenta que a predominância de
imagens masculinas reflete mais as estruturas sociais do que a realidade
divina.
Além disso, algumas tradições
religiosas não ocidentais oferecem uma perspectiva diferente. No hinduísmo, por
exemplo, o divino é frequentemente representado tanto em formas masculinas
quanto femininas, como Shiva e Shakti, que simbolizam a complementaridade entre
os gêneros.
5. Onde se encontra a mulher
na trindade cristã?
Na teologia cristã
tradicional, a Trindade é composta por três pessoas divinas: Pai, Filho e
Espírito Santo. Esses são geralmente descritos em termos de uma relação
espiritual, e não biológica ou de gênero humano. Contudo, a questão de onde a
mulher é representada ou se encontra na Trindade tem sido objeto de reflexão
teológica, espiritual e cultural ao longo dos séculos.
a. A Trindade não é
propriamente "masculina"
Embora o cristianismo
frequentemente use termos masculinos para descrever as pessoas da Trindade
(Deus Pai, Deus Filho e o Espírito Santo, que muitas vezes é referido com
pronomes masculinos em línguas como o português), Deus não é limitado por
gênero humano. Teologicamente, Deus transcende categorias como masculino ou
feminino, sendo "espírito" (João 4:24).
Deus
Pai:
A linguagem de "Pai" é simbólica e relacional, indicando proximidade
e cuidado paternal, mas não implica gênero biológico.
Jesus
Cristo: Como a encarnação do Filho, Jesus foi historicamente
homem, mas em sua divindade, Ele também transcende o gênero.
Espírito
Santo: Em algumas tradições cristãs, o Espírito Santo é associado
a qualidades tradicionalmente consideradas "femininas", como consolo,
nutrição e sabedoria.
b. Representações femininas de
Deus e o surgimento da mulher na tradição bíblica
A Bíblia tem passagens que
associam características divinas a imagens femininas, especialmente no que diz
respeito ao cuidado e ao amor maternal. Alguns exemplos incluem:
Isaías
66:13: "Como alguém a quem sua mãe consola, assim eu os consolarei."
Deuteronômio
32:18: Deus é descrito como aquele que "dá à luz" o povo de Israel.
Mateus
23:37: Jesus compara seu desejo de proteger Jerusalém à ação de uma galinha que
reúne seus pintinhos debaixo das asas.
Esses textos mostram que Deus
é compreendido tanto em termos paternais quanto maternais, o que sugere que a
plenitude de Deus inclui aspectos tradicionalmente atribuídos a ambos os
gêneros.
A origem da mulher, de acordo
com a Bíblia, foi extraordinária e sobrenatural. O relato bíblico, que se passa
no Jardim do Éden, declara que Deus criou o primeiro homem, Adão, a partir da
terra, após soprar em suas narinas o espírito, isto é, o fôlego divino; em
seguida, planejando criar a primeira mulher, o Criador ordenou que Adão desse
nome aos animais. Ao atender à ordem, Adão percebeu que cada em espécie de
animal havia pares, pois de cada animal havia macho e fêmea, e então sentiu
falta de não haver nada na criação que lhe correspondesse inteiramente, nenhum
ser semelhante que lhe fizesse companhia.[9]
O texto bíblico é claro em
dizer que a mulher foi criada como equivalente e semelhante ao homem:
"Disse o Senhor Deus: não é bom que o homem esteja só. Farei para ele uma
auxiliadora que lhe seja idônea”. O termo "idônea" pode ser traduzido
também como "correspondente", "semelhante",
"complementar", 'equivalente", "à sua altura" e
"companheira". O fato de Eva ter sido criada por Deus a partir de uma
costela do corpo de Adão significa que a mulher tem a mesma natureza e essência
dele, tanto espiritualmente quanto materialmente, como sugere o próprio texto; além
disso, significa que a mulher foi criada como sua companheira, ou seja, está a
seu lado, assim como, simbolicamente, estão as costelas.[10]
Nesse sentido, interpreta-se
que o osso da costela aludiria à igualdade entre homem e mulher, dado que não
foi utilizado um osso inferior (um osso do pé, por exemplo), nem um osso
superior (do crânio, por exemplo), mas sim um osso do lado. Outra interpretação,
em sintonia com a primeira, lembra que a mulher é protetora da vida e do que há
de mais precioso no ser humano, dado que os ossos da costela protegem o
coração. Vale notar que o coração, enquanto órgão central do organismo, é
utilizado quase como sinônimo de "alma" na linguagem bíblica,
abrangendo emoções, sentimentos, pensamentos, consciência, vontade e todos os
outros aspectos imateriais do ser humano, como se percebe em muitas passagens
do Antigo Testamento.[11]
c. Maria e a representação
feminina no cristianismo
No cristianismo, especialmente
nas tradições católica e ortodoxa, Maria, mãe de Jesus, ocupa um papel central
como a figura feminina mais exaltada. Embora não faça parte da Trindade, Maria
é frequentemente vista como uma ponte simbólica para a experiência feminina na
fé cristã.
Maria é chamada de "Mãe
de Deus" (Theotokos) por ser a mãe de Jesus Cristo, o Filho de
Deus.
Sua humildade, obediência e
maternidade são exaltadas como virtudes, e ela é vista como intercessora e
modelo para os cristãos.
d. O Espírito Santo e a
Sabedoria (Sophia)
Em algumas tradições cristãs, especialmente
na mística e na teologia oriental, o Espírito Santo[12] é associado à Sabedoria
Divina (em grego, "Sophia"). A Sabedoria é, em alguns textos
bíblicos, personificada no feminino, como em Provérbios 8:
"A
Sabedoria clama em alta voz; nas ruas levanta a sua voz" (Provérbios 8:1).
Essa personificação feminina
tem sido interpretada por alguns teólogos como uma representação do aspecto
feminino de Deus.
e. A mulher e a Imago Dei
Na teologia cristã, homens e
mulheres são igualmente criados à imagem e semelhança de Deus (Imago Dei),
conforme Gênesis 1:27:
"Criou
Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os
criou."
Isso implica que, em Deus,
tanto o masculino quanto o feminino têm sua origem e reflexo. Portanto, a
mulher está plenamente incluída na essência divina e na relação com Deus.
Embora a Trindade cristã não
seja explicitamente associada ao feminino, Deus é entendido como transcendente
ao gênero, e atributos tradicionalmente femininos (como cuidado, compaixão e
sabedoria) são aplicados a Ele em várias passagens bíblicas. Além disso,
figuras como Maria e a Sabedoria Divina (Sophia) desempenham papéis
significativos para representar aspectos femininos da fé cristã. Assim, a
mulher encontra-se plenamente integrada na relação com Deus e na reflexão
teológica cristã.
6. E o G.´.A.`.D.´.U.´.?
a. O
Grande Arquiteto do Universo como gênero
Todo iniciado na Maçonaria
sabe que uns dos principais requisitos para ingresso na Ord.´. é a crença num Criador
Incriado. Além disso, de acordo com os Landmaks[13]é
necessário que o candidato à iniciação também acredite na “vida eterna”,
chamada pelo lendário Maçom Albert Pike[14] como “vida futura”. Na
verdade, na Ord.´., a crença é num Criador, que pode ser Deus para o Cristão, Yahweh
para os Judeus, Allah para a religião Islâmica. Não se entra no mérito do
dogma, até porque a Maçonaria não professa nenhuma religião em especial, embora
muito influenciada pela religião judaica e cristã.
Mas ainda assim persiste
alguma polêmica: o uso da Bíblia como Liv.´. da L.´. em alguns Ritos, pode
chegar a constranger àqueles que não professam este livro como sendo o de sua
Religião, segundo a tradição, escrito por inspiração divina. Outros Ritos, como
o Moderno, utiliza um Livro em branco, com o objetivo de eliminar a questão
dogmática das religiões, que se baseiam na Bíblia.
Não há referências de Deus
como Geômetra, ou como Arquiteto dos Mundos, na Bíblia, mas o Deus cristão é
referido como "Arquiteto do Universo" em algumas obras:
- Em Institutas da Religião Cristã (1536)[15], João Calvino
refere-se repetidamente ao Deus cristão como "Arquiteto do
Universo".
- Na epístola aos hebreus, em Hb 11,9-11,
diz-se: "pois esperava a cidade que tem fundamentos; cujo
arquiteto e construtor é o próprio Deus".
O conceito de "Grande
Arquiteto do Universo" também aparece na Gnose ou Gnosticismo. Na
Gnose, o Grande Arquiteto do Universo é o Demiurgo, o Deus do Antigo Testamento.
O M.´. M.`. Eduardo Neves, em
artigo intitulado “O Grande Arquiteto do Universo”[16], escreve e esclarece:
A
imagem eternizada por Michelangelo na Capela Sistina – a de um ancião de
cabelos brancos, adotada como representação costumeira de Deus por grande
parcela da civilização ocidental – ainda que enquanto obra de arte seja belíssima,
não é suficiente para a compreensão da onipotência, onipresença e onisciência
divinas. Em verdade, ousaríamos dizer que é, de fato, inapropriada. Ora,
qualquer que seja o ser, se este for limitado por uma forma, não pode ter tais
características. Portanto, seguindo este raciocínio, concluímos que a imagem de
Deus como um velho senhor sentado em um trono de nuvens é apenas o retrato
humanizado do pensamento de uma época, não devendo ser levado em conta para uma
reflexão mais aprofundada. Deus é o amor infinito, a inteligência suprema,
causa primária de todas as coisas, é aquele que não tem começo nem fim, e não
pode ser conhecido através dos esforços intelectuais de uma mente humana que,
por mais avançada ou capaz que seja, está sujeita a limitações. Deus, portanto,
é uma força que não pode ser analisada ou mensurada, só podendo ser sentida e
contemplada através de suas manifestações. Esta força é o que os maçons chamam
de Grande Arquiteto, gerador do universo, do homem e da vida em todas as suas
formas.
Assim, entendo, que o GADU é uma
manifestação atemporal, assexuada, onipresente, onisciente. Uma energia manifestada.
Quem É, sempre FOI e sempre SERÁ. Insondável na sua natureza. Inteligível em
seu propósito, de “fazer feliz a humanidade”, com sua infinita bondade com a
Criação.
Em toda a caminhada
Maçônica, é quase impossível distinguir no Rito o gênero, embora a tradição judeu/hebraica/cristã,
em especial as pinturas realizadas desde a Idade Média, mostre-o como um “velhinho
de barba branca e do gênero masculino”, talvez influenciado por uma geração
humana dominada pelo patriarcado, e o indevido uso da palavra “Pai” que dá uma
conotação masculinizada do termo. Aliás é importante repor que, na origem, Deus
era Yahweh, uma tradução forçada do hebraico tetragrama
hebraico יהוה, que é o nome de Deus na Bíblia hebraica, é
que composto por quatro consoantes hebraicas: י (yod), ה (he), ו (vav), ה
(he).
A transliteração do tetragrama
para o português é YHWH, mas também pode ser escrita como YHVH. O
tetragrama é o nome pessoal de Deus que mais aparece na Bíblia, aparecendo
cerca de 7 mil vezes. No entanto, a pronúncia original do tetragrama é
desconhecida, pois a língua hebraica é quase extinta. O termo Jeová é uma
transliteração do tetragrama, resultante da adição dos pontos vocálicos de
Adonai ao tetragrama. Adonai é uma palavra que significa "meu
Senhor". Outra transliteração do tetragrama é Javé, que vem de
YaHVeH. Lembrando, entretanto, que originalmente o nome de Javé (outra forma)
era impronunciável, ou seja, o nome completo não poderia ser
pronunciado, apenas soletrado, em forma de respeito. O iniciado na Ord.´. sabe
a importância das palavras soletradas, do qual não vou entrar para respeitar
nossos segredos.
Por outro lado, A palavra
"Deus" aparece na Bíblia no livro de Gênesis, no capítulo 1,
versículo 1, quando diz "No princípio criou Deus os céus e a
terra".
Na
Bíblia, Deus tem vários nomes, entre eles:
·
El Shaddai: Significa
"Todo-poderoso" e foi revelado a Abraão em Gênesis 17,1
·
Elohim: Um nome genérico
para Deus
·
Adonai: Um nome genérico
para Senhor
·
Javé: O nome próprio
do Deus dos hebreus, que significa "Ele é"
·
Tetragrama: O
nome sagrado de Deus, escrito em hebraico com as quatro letras YHWH
·
Emanuel: Significa
"Deus conosco" e aparece em Is 7,14
Interessante lembrar que o tetragrama
hebraico יהוה tem sua origem no hebraico antigo, o nome YHWH significa em
português algo como “Eu sou o que sou” ou “Eu serei quem serei”.
A primeira referência a este nome foi quando Deus se revelou a Moisés no Monte Sinai:
“Respondeu Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU.”
Fazendo um análise livre
(somos livres pensadores e percutores da Verdade) quando o Criador (ou seria a
Criadora) diz “eu sou o que sou”, em que momento ele se apresenta com gênero?
Ele ou Ela podem ser o que “São”. O próprio tetragrama não responde essa pergunta,
que talvez não tenha resposta.
b. Os elementos “femininos”
encontrados nos templos maçônicos
Já que quase impossível identificar
se há gênero no GADU (eu entendo que não, em especial porque compreendo que é
uma energia vital, incriada, que não se identifica com as nossas vidas
mortais), podemos verificar elementos masculinos e femininos em nosso Templo e
em nossos Ritos.
Vejamos. A própria Iniciação é
um processo de volta ao útero da mãe. Neste caso o Temp.´. seria uma mulher. As
Col.´. poderiam ser as pernas, o portal teria a equivalência à entrada do
útero. Lembramos que a Inic.´. é uma mor.´. à vida prof.´.. Poderia ser à volta
ao útero inviolável, protegido, e “alimentado” pela Grande Mãe? Devemos pensar. Os nossos órgãos
estariam representados pelos carg.´. em Loj.´.. Col.´. vestibulares, pernas.
Col.´. de sustentação do Temp.´. (marcadas pelos 12 Sig.`. do Zod.´.) seriam as
costelas? Coração, Pulmões, Sistema Nervoso, Sistema Circulatório (M.´. de
Cer.´.?), Cérebro representado pelo trio V.´. M.´., Ora.´. e Sec.´. com suas funções
específicas.
Nesta tese, a mulher estaria
representada pelo Temp.´. Maç.´.. Precisamos lembrar que a Deusa que comanda o
V.´.M.´. é Minerva, que está postada à esquerda do mesmo. O 1 Vig.´, é
secundado por Hércules, o deus da Força, e o 2 Vig.´. secundado pela deusa
Vênus, a deusa da Beleza, das Artes e do Amor. Como vemos, apenas Hércules estaria
representando o lado masculino do Temp.´., pelas razões óbvias.
Eis, talvez a razão pela qual
a Maçonaria é uma instituição masculina. A egrégora que é formada pelos II.´.
que participam das sessões é completada pela energia emanada pelo Temp.´. cuja
energia é essencialmente feminina, e assim complementar, em busca da Perf.´..
Conclusão
A masculinidade de Deus é um
reflexo das estruturas sociais, linguísticas e culturais que moldaram as
tradições religiosas ao longo da história. Embora a representação masculina de
Deus tenha sido predominante em muitas culturas, é importante reconhecer que
essa visão não é universal nem imutável. O debate contemporâneo sobre o gênero
de Deus desafia as noções tradicionais e busca desenvolver uma compreensão mais
inclusiva e abrangente do divino.
Referências
Barth, Karl. Church Dogmatics.
T&T Clark, 1956.
Beauvoir, Simone de. O Segundo
Sexo. Gallimard, 1949.
Eliade, Mircea. The Sacred and
the Profane. Harcourt, 1957.
Feuerbach, Ludwig. The Essence
of Christianity. Harper, 1841.
Geertz, Clifford. The
Interpretation of Cultures. Basic Books, 1973.
Johnson, Elizabeth A. She Who
Is: The Mystery of God in Feminist Theological Discourse. Crossroad, 1992.
Ruether, Rosemary Radford.
Sexism and God-Talk: Toward a Feminist Theology. Beacon Press, 1983.
Tillich, Paul. Systematic
Theology. University of Chicago Press, 1951.
[1]
Clifford James Geertz (São Francisco, 23 de agosto de 1926 — Filadélfia, 30 de
outubro de 2006) foi um antropólogo estadunidense, professor emérito da
Universidade de Princeton, em Nova Jérsei, nos Estados Unidos. Seu trabalho no
Institute for Advanced Study de Princeton se destacou pela análise da prática
simbólica no fato antropológico. Foi considerado, por três décadas, o
antropólogo mais influente nos Estados Unidos.
[2] Mircea
Eliade (Bucareste, 9 de março de 1907 – Chicago, 22 de abril de 1986) foi um
professor, cientista das religiões, mitólogo, filósofo e romancista romeno,
naturalizado norte-americano em 1970.
[3]
Karl Barth (10 de maio de 1886 - 10 de dezembro de 1968) foi um teólogo
reformado suíço que é muitas vezes considerado o maior teólogo protestante do
século XX. Sua influência expandiu-se muito além do domínio acadêmico, chegando
a incorporar a cultura, o que levou a Barth ser apresentado na capa da revista
Time em 20 de abril de 1962
[4]
Elizabeth A. Johnson CSJ (nascida em 7 de dezembro de 1941) é uma teóloga
feminista católica romana . Ela é uma distinta professora emérita de teologia
na Fordham University , uma instituição jesuíta na cidade de Nova York e membro
das Irmãs de São José de Brentwood. O National Catholic Report”
[5]
Ludwig Andreas Feuerbach (Landshut, 28 de julho de 1804 – Rechenberg,
Nuremberg, 13 de setembro de 1872) foi um filósofo alemão.[1] Feuerbach é
reconhecido pelo ateísmo humanista antropológico e pela influência que o seu
pensamento exerce sobre Karl Marx e Sigmund Freud.
[6]
Simone Lucie-Ernestine-Marie Bertrand de Beauvoir, mais conhecida como Simone
de Beauvoir (Paris, 9 de janeiro de 1908 – Paris, 14 de abril de 1986), foi uma
escritora, intelectual, filósofa existencialista, ativista política, feminista
e teórica social francesa. Embora não se considerasse uma filósofa, De Beauvoir
teve uma influência significativa tanto no existencialismo feminista quanto na
teoria feminista.
[7]
Paul Johannes Oskar Tillich (Starzeddel, 20 de agosto de 1886 — Chicago, 22 de
outubro de 1965) foi um teólogo alemão-estadounidense e filósofo da religião.
Seu trabalho abordou as implicações cruciais para o cristianismo levantadas
pelos filósofos existencialistas do século XX e explorou a relação entre
teologia e cultura.
[8]
Rosemary Radford Ruether (2 de novembro de 1936 - 21 de maio de 2022) foi uma
teóloga feminista católica americana conhecida por suas contribuições
significativas aos campos da teologia feminista e da teologia ecofeminista .
Seus ensinamentos e seus escritos ajudaram a estabelecer essas áreas da
teologia como campos distintos de estudo; ela é reconhecida como uma das
primeiras acadêmicas a trazer as perspectivas das mulheres sobre a teologia
cristã para o discurso acadêmico convencional
[9] Wikipedia
- https://pt.wikipedia.org/wiki/Mulheres_na_B%C3%ADblia
[10]
Idem
[11] Wikipedia
- https://pt.wikipedia.org/wiki/Mulheres_na_Biblia
[12]
No cristianismo, o Espírito Santo é a terceira prosopon da Santíssima
Trindade - juntamente com Deus Pai e Deus Filho - e é o Deus onipotente. Ele é
visto como sendo uma das pessoas do Deus Triúno, que revelou seu Santo Nome
YHWH ao seu povo em Israel, enviou seu Filho Eternamente Gerado Jesus para
salvá-los do pecado e da morte e enviou o Espírito Santo para santificar e dar
vida à sua Igreja. O Deus Triúno se manifesta como três "pessoas" de
uma única substância divina (grego antigo: ousia) chamada Deus.
[13]
Os landmarks são princípios antigos e inalteráveis da Maçonaria, que
representam a base da fraternidade e são a espinha dorsal das suas tradições e
regulamentos. A palavra "landmark" é de origem inglesa e significa
"ponto de referência" ou "marcos". Os landmarks são
preceitos que visam manter a unidade maçônica mundial, como a obrigatoriedade
dos maçons se filiarem a uma Loja e crerem num ser superior, o Grande Arquiteto
do Universo. A primeira menção maçônica à palavra "landmark" foi em
1723, na Constituição de Anderson. A Constituição estabelece que as Grandes
Lojas podem introduzir novos regulamentos, mas desde que não violem os antigos
Landmarks.
[14]
Albert Pike (29 de dezembro de 1809, Boston — 2 de Abril de 1891, Washington)
foi um advogado, militar, maçom e escritor dos Estados Unidos.
[15] As
Institutas da Religião Cristã, em latim Christianae religionis institutio, ou
simplesmente As Institutas é a obra principal da teologia de João Calvino.
[16] https://www.recantodasletras.com.br/artigos/2823588