domingo, 30 de novembro de 2008

Autoconhecimento - O Caminho da Verdade

PEÇA DE ARQUITETURA


Por Irm:. Luis Genaro Ladereche Figoli (Moshe)

"Ó homem, conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo e os Deuses."

A mensagem acima foi escrita há muito tempo em um Templo consagrado ao deus Apolo, em Delfos, na Grécia. É atribuído ao sábio filósofo Sócrates. Encerra uma grande verdade conhecida pelos mestres hermetistas. A verdade de que somos uma expressão individualizada e limitada do Universal, encerrando em nosso íntimo uma parcela da natureza de Deus. Como um microcosmo, refletimos em proporção limitada aos nossos pensamentos e sentimentos, o poder Criador Dele.
Esse é o princípio em que se baseia a maioria dos pesquisadores dos segredos da alma humana.

Podemos traduzir a mensagem acima a uma linguagem mais atual nos seguintes termos:
Conhece-te a ti mesmo e conhecerás os segredos do universo e a maneira de agir de Deus.

Quem alcançar um determinado grau de evolução espiritual, correspondente ao domínio e conhecimento de si mesmo entenderá o sentido profundo e maravilhoso destas palavras.

"Buscai e encontrareis".

A busca por sabedoria, evolução e conhecimento acabam sempre levando o homem em um determinado momento ao centro de tudo: seu próprio eu.

Conseqüentemente, inicia-se uma busca por um tipo de conhecimento cujo domínio e Compreensão, podem trazer luz e direção à nossa vida. Trata-se do autoconhecimento; ou seja: o conhecimento de si mesmo. A partir do momento em que o homem desperta para a necessidade dessa busca interior, inicia-se uma verdadeira jornada em sentido vertical rumo à evolução do seu ser. A conseqüência disso se traduz em uma melhoria consistente em sua vida como um todo. Melhora-se a auto-estima e tende-se valorizar a vida. Isso, no entanto, pode ser prejudicado se o caminho escolhido é limitado por algum tipo de sectarismo místico-religioso radical que tira a liberdade de escolha do iniciante. Por isso, frisamos que o primeiro passo para a aquisição de uma consciência de si mesmo mais evoluída e livre de incisões ideológicas impostas por terceiros, consiste em uma busca assídua por conhecimento, através do estudo da experiência humana em todos os tempos sem se deixar levar pelos preconceitos de natureza filosófica, mística ou religiosa.

A busca por autoconhecimento, assim como todas as coisas em nosso caminho, jamais será em vão. Pode começar de muitas formas, mas ao final nos encontraremos em um local onde a verdade se manifesta em plenitude.

Acreditamos que todo ser humano é um eterno aprendiz mergulhado nos infindáveis mistérios da criação. Ninguém é dono da verdade. Por isso; a prática do autoconhecimento não pode jamais estar vinculada, unilateralmente a uma determinada corrente de pensamento; seja esta de fundo místico, ideológico ou religioso.

O aprendiz deve ser crítico e estar disposto a separar com sabedoria o joio do trigo, com muito cuidado. Somente através da busca constante da sabedoria, somos capazes de penetrar no mais secreto e oculto de todos os mundos - nosso eu interior –e descobrir o maior de todos os tesouros escondidos debaixo dos céus. Trata-se da centelha divina que trazemos dentro de nós que nos torna capazes de refletir aqui na terra, uma pequena fração do poder e da glória do Grande Criador do Universo e transformar nossa personalidade para melhor mediante o desenvolvimento da espiritualidade. E aprender que, mudando a nossa personalidade para melhor, tudo à nossa volta se torna também melhor, exatamente como os velhos sábios ensinaram em escritos antigos de alquimia. Diziam ter descoberto a pedra filosofal com a qual se pode transformar qualquer metal em ouro.

Porque quando se lapida a alma com todo labor e persistência, eliminam-se as escórias de nossa personalidade, representadas simbolicamente pelos metais inferiores e surge polido e purificado o ouro espiritual ou a pedra filosofal dos antigos alquimistas; ou ainda a pedra angular descrita na Bíblia, já que ambos significam a mesma coisa.

O conhecimento da Arte Real pode ser estudado, mas não pode ser assimilado sem que seja devidamente incorporado à personalidade através de uma prática metódica e constante.

A partir de então, conscientizei-me de que a fé é um poder tremendo que qualquer pessoa pode utilizar para a realização dos seus propósitos, independente da sua religião ou crença.

Pode ser utilizado tanto para edificar a espiritualidade, objetivo maior da vida humana, como para atingir objetivos puramente materiais.

Entretanto, aqui está a diferença entre o profano e o iniciado: Quem utilizar esse imenso poder original de Deus para coisas mesquinhas ou negativas pode descer aos abismos infernais de acordo com a lei universal de ação e reação porque não a usou com sabedoria. Quem usar o Poder Divino com cuidado e sabedoria, pode ascender aos céus inefáveis da consciência espiritual.

Utilizar os segredos da 'Ciência Incomunicável' com sabedoria consiste simplesmente em utilizar o nosso poder criador para desenvolver os nossos dons inatos e para a realização de nossos ideais sublimes na vida.

Todos têm um nobre ideal na vida. Cada um possui dons que lhe são inerentes. Estes são os modos pelos quais se manifesta a grandeza e a vontade de Deus entre os homens.
O poder criador é a centelha divina que trazemos dentro de nós que nos torna capazes de refletir aqui na terra uma pequena fração da força e da glória do Grande Arquiteto do Universo.

Utilize-o!

Multiplique os seus dons. Exatamente como nos ensina a Parábola dos Talentos proferida pelo divino Mestre Jesus. (Evangelho de Mateus cap. 25 vers. 14-29).

M:.M:.

Membro da Loj:. Simb:. Palmares do Sul nro 213 RS

G:.L:.R:.G:.S:.


Fonte:
Ferreira, Francisco – “Alquimista por Acaso”
“Segredos Herméticos Desvelados”
“Manual de Alquimia”
Bardon, Franz – “Iniciação ao Hermetismo”

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Teísmo, Deísmo a Ateísmo.

PEÇA DE ARQUITETURA


Por Irm:. Luis Genaro Ladereche Figoli (Moshe)*

CRENÇAS

ATEÍSMO – é a filosofia que professa a inexistência de um poder Criador; O ateísmo ou ateía (não confundir com atéia, feminino de ateu[1]) em um sentido lato, refere-se à descrença em qualquer Deus, deuses ou entidades divinas. Os ateus podem, contudo, incluir-se em várias modalidades de pensamento, sendo o pensamento ateísta dividido em duas categorias específicas: o ateísmo fraco e o ateísmo forte.Alguns autores defendem um uso mais restrito do termo, reservando-o apenas para determinados grupos. Assim, não poderiam ser englobadas na categoria dos ateus todas as pessoas indecisas quanto a qualquer crença religiosa (agnósticos), o que excluiria do conceito e sua definição aqueles que são designados como ateus fracos. Contudo, é freqüente, em discursos orientados por uma religião e cultura específicas, que se considere como ateu todo aquele que não partilhe as mesmas crenças religiosas. Por exemplo, era freqüente que os antigos romanos acusassem os antigos cristãos de ateísmo, justificando assim a sua perseguição. Os textos cristãos, por seu lado, usavam o mesmo termo para classificar os seus perseguidores. Este tipo de discurso ainda é freqüente atualmente.

AGNOSTICISMO – é a crença que a existência ou não de um poder Criador nunca será resolvida (Immanuel Kant). As bases filosóficas do agnosticismo foram assentadas no século XVIII por Immanuel Kant e David Hume, porém só no século XIX é que o termo agnosticismo seria formulado. Seu autor foi o biólogo britânico Thomas Henry Huxley numa reunião da Sociedade Metafísica, em 1876. Ele definiu o agnóstico como alguém que acredita que a questão da existência ou não de um poder superior (Deus) não foi nem nunca será resolvida. Nas palavras de Huxley, sobre a reunião da Sociedade Metafísica, "eles estavam seguros de ter alcançado uma certa gnose — tinham resolvido de forma mais ou menos bem sucedida o problema da existência, enquanto eu estava bem certo de que não tinham, e estava bastante convicto de que o problema era insolúvel."Desde essa época o termo "agnóstico" também tem sido usado para descrever aquele que não acredita que essa questão seja intrinsecamente incognoscível, mas por outro lado crê que as evidências pró e contra Deus não são ainda conclusivas, ficando pragmático sobre o assunto.

TEÍSMO – é a crença num princípio Criador, incriado;

Continua....


TEÍSMO - Conceito

O Teísmo (do grego Theós, "deus") sustenta a crença em deus, opondo-se ao ateísmo. Trata-se de um conceito introduzido em 1678, por Ralph Cudworth.

Ralph Cudworth (1617-1688):
Filósofo e Teólogo Inglês, membro da escola filosófica denominada “Platonistas de Cambridge”

TEÍSMO - Divisão

Podemos dividir Teísmo em:
Monoteísmo: Crença em um só Deus;
Politeísmo: Crença em vários Deuses;
Henoteísmo: Crença em um só Deus, mas não nega a existência de outros

TEÍSMO - Formas

O Teísmo pode ser:

Teísmo Cristão - O teísmo cristão é a crença na existência de um Deus único - monoteísmo - como causa primária e transcendental do universo e relativo ao cristianismo, sendo cristão o que recebeu o batismo e professa a religião cristã. O termo cristianismo pode ser entendido como o conjunto de religiões cristãs, ou seja, que se baseiam nos ensinamentos, na vivência e nas idéias de Jesus Cristo

Teísmo Monismo - Chama-se de monismo (do grego monos, "um") às teorias filosóficas que defendem a unidade da realidade como um todo (em metafísica) ou a identidade entre mente e corpo (em filosofia da mente) por oposição ao dualismo ou ao pluralismo, à diversidade da realidade em geral. No monismo um oposto se reduz ao outro, em detrimento de uma unidade maior e absoluta. As raízes do monismo na filosofia ocidental estão nos filósofos pré-socráticos, como Zenão de Eléia, Parmênides de Eléia. Spinoza é o filósofo monista por excelência, pois defende que se deve considerar a existência de uma única coisa, a substância, da qual tudo o mais são modos. Hegel defende um monismo semelhante, dentro de um contexto de absolutismo racionalista.Em filosofia da mente, monismo é, no mais das vezes, materialismo sobre a natureza da mente.Algumas religiões pagãs, como é o caso da Wicca, utilizam o conceito de monismo para explicar a crença de que tudo o que há foi criado por uma única divindade, neste caso, a figura de uma Deusa-Mãe como entidade cósmica primordial. Essa crença se baseia no fato de que, na natureza, os únicos seres capazes de gerar vida, de criar, são as fêmeas. Esta era a concepção dos povos antigos em seus cultos, e só depois de muito tempo é que surgiu a figura do Deus, que passou a dividir espaço com a Antiga Deusa através do dualismo.

Teísmo Aberto - Teísmo Aberto é a teologia que nega a onipresença, a onipotência e a onisciência de Deus. Seus defensores apresentam outra definição onde afirmam pretender uma reavaliação do conceito da onisciência de Deus, na qual se afirma que Deus não conhece o futuro completamente, e pode mudar de idéia conforme as circunstâncias. Afirmam também, alguns defensores, que o termo “Todo-poderoso” não pode ser extraído do contexto bíblico pois, segundo eles, a tradução original da palavra do qual é traduzida tal expressão havia se perdido ao longo dos séculos. O Teísmo Aberto tem origem na Teologia do Processo. Surgido na década de 30, a Teologia do Processo, tendo como principais representantes Charles Hartshorne, Alfred North Whitehead e John Cobb, é uma tendência filosófico-teológica chamada panenteísmo, que consiste na aproximação do pensamento teísta e panteísta; herdando as características de tais inovações mais filosóficas que teológicas, surgindo a seguir o Teísmo Aberto.

DEÍSMO - Conceito

O deísmo é uma postura filosófico-religiosa que admite a existência de um Deus criador, mas questiona a idéia de revelação divina.
É uma doutrina que considera a razão como uma via capaz de nos assegurar da existência de Deus, desconsiderando, para tal fim, a prática de alguma religião (Voltaire 1694-1778).
Deus se revela através da ciência e as leis da natureza.
O deísmo pretende enfrentar a questão da existência de Deus, através da razão, em lugar dos elementos comuns das religiões teístas tais como a "revelação divina", os dogmas e a tradição. Os deístas, geralmente, questionam as religiões denominacionais e seus deus(es) dito(s) “revelado(s)”, argumentando que Deus é o criador do mundo, mas que não intervém, diretamente, nos afazeres do mesmo, embora esta posição não seja estritamente parte da filosofia deísta. Para os deístas, Deus se revela através da ciência e as leis da natureza.
É interessante dizer, que o conceito deísta de divindade não corresponde, necessariamente, ao que comumente a sociedade entende ser "deus". Ou seja, existem várias formas de se compreender aquilo que é, supostamente, transcendente ou sobrenatural. Então, Deus pode ser compreendido como o princípio vital, a energia criadora ou a força motriz do Universo. Todavia, não propriamente como um ser antropomórfico. Tal representação é específica das religiões fundamentalistas, os quais o deísta não considera como sendo a verdade.
O deísta não necessariamente nega que alguém possa receber uma revelação divina, mas essa revelação será válida apenas para a pessoa que a recebeu (se realmente a recebeu). Isto implica a possibilidade de estar aberto às diferentes religiões como manifestações diversas de uma mesma realidade divina, embora não crendo que nenhuma delas seja a “verdade” absoluta.
Muitos deístas podem ser definidos como agnósticos teístas, pois consideram que no dia-a-dia as ações humanas devem ser orientadas pelo pensamento racional .


*M:.M:.
Membro da Loj:. Simb:. Palmares do Sul nro 213 RS
G:.L:.R:.G:.S:.

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segunda-feira, 17 de novembro de 2008

A Importância da Maçonaria e do Maçom em nossa Sociedade

PEÇA DE ARQUITETURA

Por Irm:. Luis Genaro Ladereche Fígoli (Moshe)

Uma das características mais grandiosas da Maçonaria é que sua filosofia não mudou com o passar dos séculos. Ela é atemporal.

Pouco foi alterado nos rituais e na própria filosofia, como podemos atestar, em relação ao pronunciamento transcrito abaixo, realizado por ocasião da posse como Grão Mestre do Grande Oriente do Brasil em 24 de Junho de 1901, ao assumir o elevado cargo Maçônico.

Este Irm:. era Quintino Bocaiuva (1). Vejam a atualidade do discurso:


"Pelas tradições gloriosas da nossa Ordem, pela pureza das nossas doutrinas, pela majestade dos símbolos dos nossos ritos, pelo influxo dos sentimentos honestos e piedosos que são a essência da nossa moral maçônica; pela vastidão dos domínios onde impera a autoridade da nossa soberania; pelos vínculos fraternais que enlaçam a todos os maçons na superfície de nosso planeta; pelo esplendor dos Templos aonde se reúnem nas diversas partes da terra habitada todos os homens de boa vontade que rendem culto a Religião do amor e do Bem, pela força que resulta da nossa própria união; pela comunhão sagrada e misteriosa em que virtualmente nos encontramos unidos pela mesma aspiração do Ideal; pela influencia benéfica e salutar desta Escola em perpetua. e assídua função onde fazemos a aprendizagem das virtudes que, únicas, podem enobrecer o homem e aonde reciprocamente nos educamos sob as austeras regras do Dever, qualquer que seja a esfera aonde exerçam a nossa atividade; pela ação até aqui potente e irresistível dos nossos princípios maçônicos de Tolerância, Fraternidade e Justiça, somos no seio Sociedade Profana um Poder cuja autoridade se exerce pela influencia moral, cem vezes mais forte e eficiente do que a força que possa ser representada por todos os exércitos do mundo.

"Esse Poder estriba-se em duas colunas inabaláveis: a UNIVERSALIDADE E A UNIDADE.

"Onde quer que haja um Templo Maçônico ai esta a nossa Religião; onde quer que haja um grupo de obreiros trabalhando pelo Bem da Humanidade, ai ternos o nosso lugar.

"Somos um só Povo no meio de todos os Povos; falamos urna língua no meio da diversidade de todos os idiomas; SOMOS CIDADAOS COM IGUALDADE DE DIREITOS NO SEIO DE TODAS AS NACIONALIDADES. O Continente Maçônico abrange os continentes terráqueos, nas devesas dos mais sombrios e desolados desertos podemos encontrar um irmão ou ainda na solidão melancólica dos oceanos, flutuando à mercê das vagas, ou quietas ou revoltadas podemos com outros irmãos entoar o hino da nossa gratidão ao Supremo Arquiteto do Universo e, aportando ao primeiro porto achar mão amiga que por um dos sinais simbólicos nos faça sentir que estamos, senão em terra da nossa Pátria, pelo menos em uma terra amiga.

"Tal é a concepção mais elevada e justa da nossa Instituição; tal é a eficácia e a solidez dos vínculos que devem ligar a todos os Maçons espalhados pela superfície da Terra.

"Como todas as instituições humanas, a nossa tem atravessado séculos de existência acompanhando as vicissitudes dos tempos e conformando-se com elas, lutando, agindo, criando, resistindo, vencendo, em todas as épocas em todas as latitudes, em todos os climas, em todas as nações, mantendo sempre a luz do dia ou nas criptas dos subterrâneos sóbrios, erguido e majestoso, o Lábaro da Fé, - o estandarte impoluto da nossa crença maçônica, o pendão glorioso sobre o qual se esculpiu o Triangulo simbólico que e a estrela guiadora que nos conduz a conquista do nosso Ideal, - a posse definitiva da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade entre os homens.

"Fundindo no seio da nossa Sociedade Maçônica todos os elementos sãos da Sociedade Profana, amalgamando-os e depurando-os no cadinho da nossa Fe; purificando-os ao fogo das caçoilas aonde fazemos arder a mirra perfumosa que em espirais de fumo, se evola, como uma invocação ao Grande Arquiteto do Universo, nós nos habilitamos a influir sobre os destinos dos povos, infiltrando no seu seio as nossas doutrinas, a nossa moral, as nossas idéias, os nossos princípios, procurando modelar as agremiações humanas pela feição da nossa Sociedade e procurando transfundir no seu seio o vigor e a energia; a virilidade a discriminação, o desprendimento, o altruísmo, enfim, que e a resultante da depuraçaõ a que nos próprios nos sujeitamos de boa mente afim de alcançarmos para as nossas consciências a satisfação de havermos praticado o Bem e para o nosso próximo os benefícios da paz e o estimulo do aperfeiçoamento, progressão moral, sucessiva e ascendente, por meio da qual nos aprimoramos lenta mas continuamente, do nosso Criador Onipotente - foco eterno da Luz, fonte perene do Bem, da Justiça e do Amor.

"É essa, meus prezados irmãos, a face política da missão histórica desempenhada pela Maçonaria em todos os tempos e em todos os países.

"Na nossa Pátria não registra a Historia um só cometimento social e político de grande alcance a que não esteja ligada a influencia da Maçonaria.

"Para não citar mais de quatro fatos recordarei com orgulho que podem considerar-se efeitos da ação maçônica: a Independência que nos deu a soberania da Pátria; o Sete de Abril que nos deu a primeira vitória democrática: A Abolição da Escravidão que instaurou o regime de igualdade entre os cidadãos brasileiros e, finalmente, a instalação da Republica que selou para sempre o princípio de Soberania popular.

"Em todos os movimentos sociais colaborou a nossa Ordem, não somente pela influencia das suas doutrinas, como ainda pela ação de muitos dos seus mais distintos Membros - doutrinas e homens que levaram para o campo da luta política a e inspiração da Magnanimidade e da Tolerância - a cujo influxo puderam realizar as essas Revoluções de modo incruento e atraindo para a nossa Pátria a admiração do mundo.

"No momento atual a ação da nossa Sublime Ordem pode e deve ser de salutar efeito para a sociedade Brasileira.

"A nossa missão tem o caráter de perpetuidade porque o progresso e o aperfeiçoamento humano são sucessivos e no desdobramento a vida sempre renovada das gerações que se sucedem não ha limite para o esforço humano.

"Educar, ensinar, melhorar constantemente as condições do povo, e a tarefa mais nobre e mais profunda a que podem dedicar-se os homens de boa vontade congregados, como nos, na mais forte e poderosa das agremiações sociais. Somos um organismo vivaz e poderoso pela contextura da nossa Instituição; exercemos a nossa influencia desde o lar domestico ate a praça publica; temos voz, e temos voto desde os Templos ate os comícios populares ou ate as assembléias deliberantes; a infiltração dos nossos princípios opera-se continua e ininterruptamente no seio da sociedade.

"Modelada hoje a nossa Instituição pelo mesmo molde das instituições políticas da nossa Pátria, tendo adotado para nosso regime maçônico a mesma forma federativa do regime político em que vivemos, nós representamos, contudo o principio superior e elementar da UNIDADE - base da nossa grandeza e garantia do nosso poder.

"Na aspiração comum da nossa Ordem devem se manter vivas e respeitadas as tradições veneráveis da Instituição Maçônica e, como obreiros abnegados do Bem, temos o dever de trabalhar pela felicidade da Nação em cujo seio vivemos e a qual nos prendem, com os vínculos bem mais fortes, dos interesses morais e afetivos da nossa alma. A cada geração, a sua parte no trabalho e na luta, no esforço e no sofrimento.

"Saibamos cumprir o nosso dever como souberam cumprir o seu os nossos predecessores. Leguemos aos vindouros, intacta e refulgente, a gloriosa herança dos nossos antepassados, e acrescentando e mais opulento ainda, o cabedal da sabedoria, do seu patriotismo, da sua abnegação, das suas virtudes, da sua grandeza moral, única majestade inacessível as vicissitudes e alternativas das revoluções humanas"

QUINTINO BOCAIUVA (24/06/1901)


(1) Breve Biografia:

Quintino Antônio Ferreira de Sousa Bocaiúva (Itaguaí, 4 de dezembro de 1836 — Rio de Janeiro, 11 de junho de 1912) foi um jornalista e político brasileiro, conhecido por sua atuação no processo da Proclamação da República. Como político, foi o primeiro ministro das relações exteriores da República, de 1889 a 1891, e presidente do estado do Rio de Janeiro, de 1900 a 1903. Em 1899 foi reeleito Senador, sendo subseqüentemente escolhido para o governo do Estado do Rio de Janeiro (1900-1903). De 1901 a 1904, na Maçonaria, ocupou o Grão-Mestrado do Grande Oriente do Brasil, posto mais elevado na hierarquia da Ordem. Em 1909 retornou ao Senado, tendo exercido o cargo de vice-presidente de 1909 a 1912. Nessa função, apoiou a candidatura do Marechal Hermes da Fonseca à presidência da República (1910) e, nesse mesmo ano, ocupou a presidência do Partido Republicano Conservador do caudilho gaúcho José Gomes Pinheiro Machado.Quintino Bocaiúva faleceu no bairro do Rio de Janeiro onde morava, e que hoje, em sua homenagem, leva o seu nome: Quintino Bocaiúva.
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quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Reflexões sobre a Primeira Instrução do A:.M:.


A simbologia e seus ensinamentos vistos na primeira instrução resumem a moral maçônica e o labor no desbaste da P:.B:. que deve haver por parte do A:.M:.

Todavia, o painel da loja de A:.M:. e sua simbologia só pode ser revelada, ou ainda, incitada àquele que já foi iniciado, não nos parecendo lícito a ele desvelar com suas jóias e paramentos. Passo a algumas singelas considerações sobre a primeira instrução. Entendo que a simbologia inicialmente demonstrada é, antes de tudo, uma reflexão a perpétua aprendizagem, aprendizagem esta voltada para o mistério que se encerra na própria vida. Trabalha o A:.M:. em sua P:.B:. talhando-a, corrigindo imperfeições através de princípios e virtudes. Há todo um convite simbólico e ao mesmo tempo real para que ocorra um descobrir-se através do trabalho.

A teoria simbólica dos elementos apresentados é um convite ao estudo e a prática de virtudes, as quais não podem ficar represas; antes, devem ser um elemento na construção de uma sociedade mais justa e perfeita.

Novos conhecimentos são adquiridos, novos horizontes. As virtudes deixam de ser simples palavras para se tornarem, creio, materializadas. A Moral não é apenas uma necessidade, antes: é um processo de evolução do homem e por fim, da sociedade. A matéria prima é a pedra que existe em nossos corações, de nosso íntimo áspero, com seus vícios e imperfeições.

Creio que a repetição destes estudos faça com que se crie no Maçom uma internalização das virtudes, com as quais ele passará a conviver e a ser um disseminador. Há todo um processo de elevação, também simbolizado pela Escada de Jacob, elemento que aliás entendo requer uma profunda reflexão.

Ora, de que adianta saber que em si há uma pedra em estado bruto, viciada, se não pode ser tocada, trabalhada, transformada em uma devida P:.P:., base do verdadeiro templo que podemos compreender ser o A:.M:., a Loja ou mesmo do templo do G:.A:.D:.U:.? As alegorias constantes na Loja nos são uma lembrança e o procedimento que nos levam a construção do templo interior. Este deve ser o trabalho incessante do Maçom, instado por todos os elementos simbólicos da Loja a se tornar justo e perfeito, para que brilhe como uma verdadeira jóia.


*Trabalho enviado pelo Irm:. André Cunha, A:. M:. da Loj:. Simb:. Palmares do Sul 213, RS.
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quinta-feira, 6 de novembro de 2008

A Escada de Jacó na Maçonaria e o Círculo misterioso

PEÇA DE ARQUITETURA

Por Irm:. Luis Genaro Ladereche Figoli (Moshe)

INTRODUÇÃO

A Escada de Jacó ou Jacob, existente no Painel da Loj:. de Apr;., é uma importante alegoria que a maçonaria, como fiel guardiã de antigas tradições, adotou como ligação do plano material em que vivemos com o plano superior que aspiramos.

Mas antes de nos adentrarmos na interpretação da simbologia da Escada de Jacó, precisamos conhecer as origens desta simbologia e o porquê está presente na maçonaria, sendo uma passagem Bíblica, ligada às tradições judaico-cristãs.

A maçonaria não é religião. Isso está claro em sua filosofia e ritualística. Não é religião porque entendemos que as religiões são estágios decadentes de filosofias superiores, são dogmatizações a serviço do poder temporal, é caricaturas de algo esotérico vulgarizado no mundo exotérico . É certo que o vulgo não pode entender verdades transcendentes e as religiões são um freio social e uma evasão, coisas infelizmente necessárias para as massas incapazes de aprender uma Filosofia mais profunda só ao alcance de uns poucos iniciados.

Quanto mais se estuda a origem e evolução da Humanidade, com base a ciências como a antropologia, a arqueologia, a lingüística, etc., mais o período histórico recua, desnorteando a chamada ciência oficial.

Na maçonaria acontece o mesmo. Embora alguns lhe dêem uma idade muito recente (no século XVIII) precisamente na Inglaterra, é evidente que neste tempo houve apenas uma reorganização para adaptar-se à realidade moderna. É mais do que óbvio que a idade da maçonaria se perde na noite dos tempos. A semelhança dos símbolos e da filosofia, entre a maçonaria e antigas ordens existentes no Egito, Grécia, Roma, Mesopotâmia, China, Índia e civilizações pré-colombianas não é mera coincidência.
Ninguém poderá duvidar (e o iniciado muito menos) de que o fio da tradição espiritual tem continuado a exercer sua função construtiva ao longo da História humana, ora em períodos de clandestinidade lutando contra forças opressoras, ora em períodos de liberdade, mas ainda mantendo alguns aspectos secretos da herança ancestral.

Assim como existem várias teorias sobre o surgimento do homem (da criação direta e especial de Deus chamada de Criacionismo, da evolução casual e sem finalidade chamada de Evolucionismo, e da evolução planejada e dirigida por uma Inteligência Superior ´Deus` chamado de Esoterismo), também a Maçonaria contêm várias teorias sobre sua criação e evolução. Leadbeater afirma que escrever sobre a história da Maçonaria seria um empreendimento colossal, pois seriam necessários conhecimentos enciclopédicos e muitos anos de pesquisas. Por outro lado, grande parte dos conhecimentos, segredos e filosofia hoje presentes na Ordem nos foram legados por tradição oral, devido ser uma Instituição secreta e reservada que fora perseguida na maior parte de sua existência.

As grandes filosofias esotéricas, de tradição milenar, (das quais a Maçonaria é no mínimo herdeira) aceitam a evolução como um grande drama da Natureza, planejado e dirigido pelo Criador até se chagar ao Homem; por sua vez, a História é um drama de povos em conflito, obedecendo a um Plano já determinado, mas o Criador intervém quando alguém provoca desvios desse Plano. Assim foi que Ele fez através dos Iluminados Moises, Abrahão, Noé, Jacob, Jesus, etc., como nos contam as Escrituras. Nesse Plano, o Homem tem como missão evoluir da matéria ao espírito, do corpo à essência. Nosso caminho é a volta ao Criador, através da ascensão espiritual. E a ascensão espiritual se dá através da prática da Virtude e da Moral, como abordaremos mais tarde.

Como conhecimentos históricos e científicos progrediram na área da pesquisa humana, e especialmente no espírito crítico das Escrituras, ao estudo da Maçonaria os métodos científicos foram gradualmente aplicados e por isso hoje se conta com um vasto cabedal de informações mais interessantes e exatas sobre a história da Ordem. Em conseqüência disto e de outras linhas de investigação, existem quatro escolas ou correntes principais do pensamento maçônico, organizadas não como escolas, mas como quatro segmentos importantes de conhecimento. Cada uma delas aproxima-se da Maçonaria de uma forma peculiar. Cada uma delas tem seu cânone de interpretação dos símbolos e cerimônias maçônicas, e cada escritor moderno é influenciado particularmente por uma delas. Por isso na Maçonaria há tantas divergências interpretativas.

Não é objetivo deste trabalho, fazer uma análise da história da Maçonaria, nem aprofundar-se na interpretação das chamadas escolas de pensamento filosófico que a norteiam. Mas de forma resumida (e para fundamentar o que vamos tratar a seguir) apresentaremos as referias Escolas ou linhas de pensamento:

Escola Autêntica ou Histórica – Por este pensamento, as antigas tradições da Ordem foram minuciosamente examinadas à luz de registros autênticos ao alcance do historiador, principalmente sobre atas de Lojas e documentos legais e todos os registros acessíveis. Como os registros escritos sobre Maçonaria especulativa, antecedem pouco ao seu renascimento em 1717, ao passo que as atas mais primitivas subsistentes de qualquer Loja operativa, pertencem ao ano de 1598 , os defensores desta Escola, apontam como origem da Maçonaria as Lojas e Corporações da Idade Média, e supor que os elementos especulativos (símbolos, alegorias, etc.) foram exertados posteriormente ao tronco operativo. A escola admite que se aceitarmos o fato de que o simbolismo e cerimonial da Maçonaria é anterior a 1717, não há, praticamente , nenhum limite quanto a idade a que se lhe atribuir. Por isso esta Escola não busca a origem dos Mistérios além dos construtores medievais;

Escola Antropológica ou Primitiva - Esta Escola de pensamento está aplicando as descobertas antropológicas num estudo da história da Maçonaria e com notáveis resultados. Os atropologistas reuniram uma vasta soma de informações sobre costumes religiosos e iniciáticos de muitos povos, antigos e modernos, e os estudiosos maçônicos tem encontrado neste campo uma série de sinais e símbolos, tanto dos graus especulativos como dos operativos, em pinturas murais, esculturas, gravuras e edifícios das principais raças do mundo. Inclusive semelhanças de culturas e cultos em civilizações que não haveriam de ter tido contato físico. Neste sentido, esta escola de pensamento, confere Maçonaria muito maior antiguidade do que a atribuída aos históricos, bem como fazem analogias com os antigos Mistérios de muitas nações com cerimônias análogas às empregadas nas atuais Lojas Maçonicas. Das investigações antropológicas resulta bem claro que, quaisquer que sejam os elos na cadeia de descendentes, nós, maçons somos os herdeiros de uma antiqüíssima tradição que, por incontáveis tradições, tem estado associada com os mais sagrados mistérios do culto religioso.

Escola Mística ou Teológica - Esta terceira Escola do pensamento maçônico, perquire os mistérios da Ordem de um ponto de vista do plano para o despertar espiritual e o desenvolvimento interior do homem. Os pensadores desta filosofia, analisando suas próprias experiências espirituais, declaram que os graus da Ordem são símbolos de certos estados de consciência, que tem que ser despertados ao iniciado de forma individual se ele espera atingir e conquistar os tesouros do espírito. Eles dão testemunho de outra natureza muito mais elevada acerca da validade de nossos ritos maçônicos, testemunho que pertence antes à religião do que à ciência. O objetivo do misticismo é a união consciente com Deus e a Oficina visa retratar a senda para esse objetivo, oferecendo o roteiro que oriente a marcha do buscado do Supremo. Tais seguidores estão mais interessados na interpretação do que na pesquisa histórica. O objetivo é viver a vida indicada pelos Símbolos da Ordem para poderem atingir a realidade espiritual de que esses símbolos são sombras. O método místico busca a união estática com o Supremo, através da oração e da prece.

Escola Oculta ou Esotérica – O principal e distintivo postulado é a eficácia sacramental do cerimonial maçônico, quando devida e regularmente executado. Assim talvez possamos chamá-la de escola sacramental ou oculta. Pode ser definido como o estudo e conhecimento do lado oculto da natureza, por meio dos poderes existentes em todos os homens, mas ainda adormecidos na maioria da humanidade. Esses poderes podem ser acordados e treinados no estudante oculto por longa e cuidadosa disciplina e meditação. O escopo do ocultista é alcançar a união com Deus por meio do conhecimento e da vontade, treinar toda a natureza, física, emocional e mental, até que se torne uma perfeita expressão do divino espírito interno, e possa ser empregado como um instrumento eficiente no grande Plano que Deus criou para a evolução da espécie humana, que está representado pela Maçonaria pela construção do Santo Templo. Para o ocultista é de grande importância a exata observância de uma forma, e pela utilização da magia cerimonial ele cria um veículo através do qual possa a luz divina baixar e difundir-se em auxílio do mundo, invocando, para isso, a ajuda dos Anjos, espíritos da natureza e outros habitantes dos mundos invisíveis.

Continua....

A ESCADA DE JACÓ E SUA APLICAÇÃO NA MAÇONARIA

A Escada de Jacó (ou Jacob), como vimos, encontra-se presente no Painel da Loj:. de Apr:. M:. tendo um lugar de destaque, não apenas na representação deste Painel, como em toda a mística maçônica.

A menção da Escada de Jacó encontra-se no Antigo Testamento, em Gênesis 28 10:22:

“ Jacé deixou Bersabéia e partiu para Harã. “Chegou a certo lugar e resolveu passar a noite aí, porque o Sol já se havia posto.Jacó pegou a pedra do lugar, colocou-a sob a cabeça, e dormiu. “ Teve então um sonho: Uma escada se erguia da terra e chegava até o céu, e anjos subiam e desciam por ela. “Javé estava de pé, no alto da escada, e disse a Jacó: “Eu sou Javé, o Deus de seu pai Abraão e o Deus de Isaac. A terra sobre a qual você dorme, eu a entrego a você e sua descendência. Sua descendência será numerosa como a poeira do chão, e você ocupará o oriente e o ocidente, o norte e o sul. E todas as nações da terra serão abençoadas por meio de você e de sua descendência. Eu estou com você e o protegerei em qualquer lugar onde você for. Depois o farei voltar a esta terra, pois nunca o abandonarei, ate cumprir o que prometer”. Ao despertar, Jacó disse: “De fato Javé está neste lugar e eu não sabia disso”. Ficou com medo, e disse: “Este lugar é terrível. Não é nada menos que a Casa de Deus e a Porta do Céu”.

Noutra passagem Bíblica em João 1 51, Jesus conversando com Natanael, disse-lhe:

“Eu lhes garanto: vocês verão o céu aberto, e os anjos subindo e descendo sobre o Filho do Homem”.

São várias outras passagens que na Bíblia à referência da Escada de Jacó, que seria o elo físico entre o nosso reino e o reino dos céus, por onde os Anjos e enviados de Deus, transitam para dar luz à humanidade.

Mas cabem algumas reflexões antes de nos voltarmos à interpretação propriamente dita.

Por que a Maçonaria, sendo não religiosa, adota alguns símbolos principalmente do Cristianismo em seu Templo é lhes dá tamanha relevância em sua ritualística, como é o caso do Livro da Lei (representado pela Bíblia Cristã), a Escada de Jacó, os padroeiros São João Batista e São João Evangelista, o próprio Templo de Jerusalém que é ícone do Judaísmo, etc.

Obviamente que voltando no tempo, vamos encontrar a Maçonaria operativa adotando simbologias cristãs que era a religião preponderante, dominante e representativa do Estado. Seria lógico, que estas corporações utilizassem o cerimonial, os símbolos, as alegorias e a própria Bíblia como instrumentos de trabalho, pois dogmaticamente, acreditavam no Deus do Cristianismo. Posteriormente, na fase especulativa, a Maçonaria não abandonou esses símbolos já que incorporados à tradição da Ordem, em que pese houve um movimento no final do século XVII e início do século XIX para que fossem abolidas todas as referências ao Cristianismo, inclusive esta, da Escada de Jacó.

Mais tarde, as antigas tradições foram retomadas e mesmo um símbolo Cristão, foi adotado dentro de outra simbologia. Não é mais através da oração e da prece católica que o indivíduo sobe a Escada de Jacó, mas sim, simbolicamente pela prática da Virtude e da elevação moral.

Inicialmente a Escada de Jacó era representada por 3 degraus, correspondente aos 3 graus da Maçonaria Simbólica. Posteriormente por 7 degraus (como os há no Templo) representando as 7 Virtudes necessárias para atingir o grau de perfeição moral. Atualmente é representada por um número não especificado de degraus, demonstrando que o caminho é longo, pesado e infinito.

INTERPRETAÇÃO SIMBÓLICA DA ESCADA DE JACÓ

Assim que às escuras nuvens da ira Divina se dissiparam e abriu-se o Céu, passamos a desfrutar de um raio de Sua Glória na “Abóbada Celestial da Loja”. E, mais do que isso, o mesmo ser Divino nos ensinou a conseguir chegar ao topo do mesmo, pelos meios emblemáticos ilustrados por uma Escada composta de três principais lances que levam ás três virtudes teológicas: Fé, Esperança e Caridade. Assim, simbolicamente, um canal é aberto quando abrimos o L:. da L:., para comunicação entre a criatura e seu Criador, com o cativante objetivo de restaurar ao homem a felicidade suprema da qual foi privado pelo pecado original.

O objetivo maior da maçonaria pode parecer utópico. Mas essa escada representa um rumo certo, um caminho a seguir.

O questionamento que permanece é se seria ou não uma pretensão desarrazoada subir os degraus da escada.

A reposta está nos símbolos que estão inseridos entre os degraus e o topo da escada: se o ponto mais alto parece algo inatingível, os símbolos da fé, esperança e caridade, lembram a importância desse caminhar - a forma e o meio.

O ensinamento contido nesses degraus - vinculando a subida rumo ao aperfeiçoamento, à prática da fé, esperança e caridade - é claro no sentido de que a forma com que se pretende alcançar o objetivo maior de aperfeiçoamento é fundamental.

Falta aos homens à busca pelo sonho, o anseio eterno da utopia. Mas se o alto da escada nos parece algo intangível, os primeiros degraus estão próximos. Já seria um enorme progresso humano se fossem dados os primeiros passos.

Essa lição serve para guiar nossa conduta pessoal, na família, na sociedade e entre IIrm:..

No alto da escada, encontramos a Estrela Flamigera ou Estrela de Sete Pontas, irradiando sua energia na forma de raios de luz e calor. Como não se trata de emblema deste Grau, não farei análise mais aprofundada da mesma. Apenas direi que a Estrela guia-nos com sua luz pela Escada ao caminho do Divino.

A Escada vê-se apoiada no L:. da L:., significando, claramente que não há como iniciar a sua ascensão sem passar por ele, ou seja, pelos ensinamentos e normas que ele contem e que segundo a tradição foi por inspiração de Deus. Mais, numa interpretação mais aprofundada e livre, se mesmo iniciada sua marcha na ascensão da Escada, falharmos na observância do L:. da L:. faltará a base e fatalmente cairemos no abismo do erro e do vício, tendo que reencontrar o caminho.

O L:. da L:., por sua vez, encontra-se no topo do circulo com um ponto dentro, ladeados por duas paralelas, uma ao Norte e outra ao Sul. Deste Círculo vamos nos ocupar mais tarde.

Para galgarmos os degraus (ou graus??) da Escada, encontramos três emblemas, representados pelas figuras de uma CRUZ, uma ÂNCORA e um CÁLICE com uma MÃO. São grandes as simbologias destas alegorias.

A CRUZ – A cruz é um dos símbolos humanos mais antigos e é usada por diversas religiões, principalmente a cristã, embora nem todos os cristãos a usem como símbolo. Ela normalmente representa uma divisão do mundo em quatro elementos (ou pontos cardeais), ou então a união dos conceitos de divino, na linha vertical, e mundano, na linha horizontal. Na Maçonaria e no Painel, representa o símbolo da Fé. A fé renovadora que é a Sabedoria do espírito, sem a qual o homem não levará nada a termo. Também simboliza a Morte. A morte para o mundo profano, sem o qual não poderá almejar ascender ao mundo espiritual que a Maçonaria propicia a seus iniciados.

A ÂNCORA - A âncora aqui não representa tão somente a esperança, todavia sua colocação nos degraus da escada de Jacó significa o elemento que deve ser ultrapassado, pois a âncora tem a finalidade precípua de nos fixar à matéria. Também representa a Esperança no Aperfeiçoamento Moral. Também representa a força de gravidade que nos impulsiona para baixo (nossos vícios e erros) que devemos carregar e livrar-nos para poder ascender na Escada da Virtude.

O CÁLICE - O cálice representa a provação, o juízo final, transposto este obstáculo, atingimos a luz maior, a estrela de sete pontas. Mas não chegaremos a este estágio sem a CARIDADE que é a beleza que adorna o espírito e os corações bem formados, fazendo com que neles se abriguem os mais puros sentimentos humanos.
Por outro lado, continua ele, a Escada como símbolo da Moral, representando o crescimento espiritual do homem na busca da sua perfeição e do elo entre o céu e a terra, é muito antiga.

Portanto, ao vermos o Painel da Loja de Aprendiz, devemos lembrar imediatamente de duas coisas: da Escada de Jacó, símbolo do ciclo evolutivo da vida e da ascensão virtuosa que o Maçom deve almejar até a celestial plenitude, e que seus degraus representam as virtudes que o Maçom precisa adquirir para atingir a perfeição, sendo que as principais delas são a Fé, a Esperança e a Caridade, as Virtudes humanas.

CIRCULO ENTRE PARALELAS: o Mistério da 1ª Instrução do Aprendiz

Diz nosso Ritual:

“Em toda Loja Regular, Justa e Perfeita, existe um ponto dentro de um círculo pelo qual um Maçom não pode transpor. Este círculo é limitado entre o norte e o sul por duas grandes linhas paralelas, uma representando Moisés, a outra representando o Rei Salomão. Na parte superior do círculo fica o L:. da L:., que suporta a Escada de Jacó, cujo cimo toca os Céus. Caminhando dentro deste circ:., sem nunca o transpormos, limitar-nos-emos às duas linhas Paralelas e ao L:. da L:. e enquanto assim procedermos, não podemos errar.”

Atrás desta explicação escondem-se alguns mistérios e simbologias, que tentaremos humildemente decifrar a partir desta peça de arquitetura.

Se o Temp:. é a representação do Universo, e está orientado de Leste a Oeste e de Norte a Sul, podemos dizer que o eixo que vai do Ocidente (representado pelas colunas J e B) ao Oriente (representado pelo Delta), corresponde ao equador terrestre. Sua profundidade é da superfície ao centro da terra e sua altura é da Terra ao Céu.

Quando verificamos que o círculo é limitado entre norte e sul, podemos observar no Globo Terráqueo, que de fato, entre o equador e o norte e o sul, existe os trópicos de câncer (no Norte) e de Capricórnio (no sul). Assim, simbolicamente, estamos desvendando este mistério pela luz da Astronomia.

Segundo as Leis Astronômicas, o Sol na sua viagem simbólica ao redor da Terra na visão do terráqueo (na verdade quem gira em torno do Sol é a Terra), descreve uma ecliptica que nunca ultrapassa os trópicos de câncer e capricórnio e em cujos ápices, temos os solstícios de verão e inverno e quando está perfeitamente alinhado, temos os equinócios de primavera e outono.

No templo maçônico, essas datas solsticiais estão representadas num símbolo, que é o Círculo entre Paralelas Verticais e Tangenciais. Este significa que o Sol não transpõe os trópicos, o que sugere, ao maçom, que a consciência religiosa do Homem é inviolável e que na sua caminhada não deve ultrapassar os limites impostos pela Ordem assim como o Sol não ultrapassa seus próprios limites impostos pelo Criador; as paralelas representam os trópicos de Câncer e de Capricórnio e os dois S. João.
O ponto no centro representa o Ser Supremo, o Circulo denota o deslocamento anual do Sol e as paralelas assinalam os solstícios entre os quais aquele deslocamento esta limitado.

As duas paralelas, também representam o binário (o bem e o mal, a noite e o dia, a virtude e o erro, o masculino e o feminino, aqueles pares opostos que limitam todo o círculo da existência. Daí aos deslocarmos em redor do círculo, somos levados a tocar esses dois pólos e, assim, obtermos pela experiência dolorosa e amarga aquela educação da alma que é a razão central de nosso nascimento nesse mundo material.

Devemos considerar o espírito iniciando sua jornada a partir do leste, seguindo a circunferência, passando pelo ensolarado lado da vida, passando pela coluna da luz ao Sul, passando pelo ocaso a oeste, até chegar à coluna da total escuridão, não apenas na escuridão da Terra, mas muito maior escuridão espiritual advinda da absoluta desilusão que acomete o peregrino ao descobri que todas as Instituições humanas lhe falharam, e na palavra do maior de todos os Mestres, ele diz:” Ó Senhor, meu Deus, por que me abandonastes??”. Porém a coluna do norte apenas toca o círculo e, assim o peregrino ao completar a circunferência, chega a alvorada de seu segundo nascimento e vê a escuridão ser engolida pelo fulgor de uma Luz muito mais resplandecente do que aquela que lhe faltara, pois finalmente sua Jornada está finda e já pode retornar ao lugar de onde veio. O compasso cria uma ponte entre o aparente intransponível abismo que separa a o ponto central e a circunferência. Se fossemos apenas um ponto girando para sempre ao redor da circunferência do destino, nossa perspectiva seria desesperadora. Porém, cada um de nós é um compasso, e o ponto que esta no centro do círculo é a Centelha Divina que está dentro de nós, e assim, a partir deste centro jamais poderá errar .

M:.M:.

Membro da Loj:. Simb:. Palmares do Sul nro 213 RS

G:.L:.R:.G:.S:.

Fontes Consultadas:
Ø Ritual do Aprendiz Maçom (REAA) GLRGS
Ø D´elia Junior, Raymundo – Maçonaria 100 Instruções de Aprendiz;
Ø Autor Desconhecido – Manual do Aprendiz Maçom;
Ø Da Camino, Rizzardo – Maçonaria Mística;
Ø Da Camino, Rizzardo – O Maçom e a Intuição;
Ø Adum, Jorge – Grau do Aprendiz Maçom e seus Mistérios;
Ø Dyer, Colin – O Simbolismo na Maçonaria

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sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Quem somos nós? Como antingir o Nirvana? Experiências de quase morte.

EVOLUINDO


Quem nós somos? Esta pergunta vem atormentando a humanidade desde que o homem adquiriu consciência.

Somos seres espirituais dentro de corpos materiais ? Somos corpos materiais com uma mente superdesenvolvida que gera, inclusive, a impressão de que existe um outro plano ou dimensão de vida ? Somos somente animais com raciocínio lógico-dedutivo? Somos tudo isso ? Não somos nada disso?



No video abaixo, gentilmente sugerido pela minha cara amiga Rosane que mora em Oxford na Inglaterra, há o extraordinário relato da Dra. americana Jill Taylor, neuroanatomista, bipolar, que começou a estudar cientificamente o cérebro em função de ter um irmão com problemas de esquizofrenia e do seu próprio problema, e que numa manhã, inesperadamente, sofreu um derrame cerebral e dessa experiência de quase morte atingiu o que ela chamou de Nirvana.

O relato é impressionante, vindo de uma médica especialista em cérebro humano. Não percam a oportunidade de assistir, poderá mudar sua percepção da vida e da morte.

O relato está postado em 2 vídeos apresentados no YouTube legendado em língua portuguesa.

PARTE 1



PARTE 2

LINK PARA A PARTE 2

Postado originalmente no Blog do Genaro

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domingo, 26 de outubro de 2008

Coluna da Harmonia

PEÇA DE ARQUITETURA

Esta é a única Coluna de uma Loja Maçônica constituída por um só Irmão, o Mestre de Harmonia. No passado, a Coluna da Harmonia era composta pelo conjunto dos Irmãos músicos que contribuíam para o brilhantismo dos rituais e dos festejos maçônicos. Com o avanço tecnológico, os músicos foram substituídos pelos aparelhos eletrônicos, operados pelo Mestre de Harmonia.

Em seu sentido mais amplo, a Harmonia é a ciência da combinação dos sons, formando os acordes musicais. A palavra grega MOUSIKE significa não apenas música, mas também todas as formas de expressão que tenham por finalidade a criação da Beleza.

Pitágoras usava a música para fortalecer a união entre os seus discípulos, por entender que a música instruía e purificava a sua mente. Em sua Escola, a música era entendida como disciplina moral por atuar como freio aos ímpetos agressivos dos seres humanos.

O aprendizado empírico, revelado através dos sentidos, pode ser conseguido não só pela contemplação das belas formas e da beleza das figuras que nos rodeiam, mas também pela audição de ritmos e de melodias que acalmam os ímpetos e as paixões. Deste modo, angústia, anseios frustrados, agressões verbais, stress mental, podem ser eliminados pela audição de músicas suaves e agradáveis.

Em uma reunião maçônica deve-se tocar a música que melhor traduza os sentimentos dos Irmãos em cada momento do ritual.

Muitos compositores, nossos Irmãos, produziram belas músicas que merecem - e devem - ser ouvidas em nossos Templos. Entre essa plêiade, podemos citar: Mozart, Beethoven, Haendel, Sibelius, Franz Lizt, John Philipp Souza (de ascendência portuguesa), Luigi Cherubini, Antonio Salieri, Carlos Gomes (brasileiro), etc.

As primeiras composições maçônicas datam de 1723 e foram publicadas junto com a primeira Constituição de Grande Loja de Londres; São elas:
A Canção dos Aprendizes - Matthew Birkhead

A Canção dos Companheiros - Charles Delafaye

A Canção do Vigilante - James Anderson

A Canção do Mestre - James Anderson

Esta última, publicada em 1738 juntamente com a segunda edição das Constituições de Anderson.

No Brasil, foram compostas as seguintes obras:

Hymno do REAA - M.A . Silveira Neto e Jeronimo Pires Missel

Hino Maçons Avante - Jorge Buarque Lira e Mário Vicente Lima

Hino Maçônico - D. Pedro I (D. Pedro IV de Portugal)

Canto Ritualístico Maçônico - Francisco Sabetta e José Bento Abatayguara

Hino Maçonico para Abertura e Fechamento dos Trabalhos - Otaviano Bastos

A Acácia Amarela - Luiz Gonzaga (o rei do baião)

Além destas, existem também composições maçônicas para os Rituais de Iniciação, de Elevação e de Exaltação, de Reconhecimento Conjugal e de Pompas Fúnebres.

Tendo em vista o caráter universalista da nossa Ordem, o Mestre de Harmonia não deve programar a execução de música religiosa de nenhum tipo. Deste modo será evitado o constrangimento que um Irmão não católico poderá sentir ao ouvir, por exemplo, a Avé Maria de Gounod. Solos de música cantada também devem ser evitados. A música coral, como por exemplo o Hino Maçônico de D. Pedro I ou a Ode à Alegria, de Beethoven, poderá ser programada sem problemas, mas, na maioria das vezes, a música mais indicada é sempre a instrumental.

O Mestre de Harmonia previamente preparará o programa a ser executado, de acordo com o tipo de reunião e de acordo com o Ritual. Em uma Iniciação, no Rito Escocês Antigo e Aceito, podem ser destacados os seguintes momentos especiais, para os quais será programada uma música específica, que listamos a título de exemplo:

Entrada dos Candidatos - “A Criação” de Haydn - trechos que descrevem a passagem do Mundo do Caos para a Ordem e das Trevas para a Luz (Ordo ab Chao)

Oração ao GADU - “Cravo Bem Temperado” - Bach - Melodia que convida à concentração e à meditação

Taça Sagrada - “A Criação” - Trechos da abertura do Oratório que simbolizam a purificação e a ilusão profana

A Primeira Viagem - “Tempestade e Chuva” - Efeitos sonoros com ruídos de chuva, ventania e trovões. Coleção Action! Câmera! Music! Gravação do Reader’s Digest – Distribuição da Borges & Damasceno

A Segunda Viagem - “A Vitória de Wellington” - Beethoven - Adequada para acompanhar o toque “descompassado das espadas”.

Purificação Pela Água - “Música Aquática” - Haendel - música cujos efeitos sonoros acentuam o significado do evento

Terceira Viagem - “Romance Para Violino nº 2” - Beethoven - Melodia que transmite a suavidade emocional do evento.

Purificação pelo Fogo - “As Walquírias - Wagner - Cena do Fogo Mágico que reforça o sentido dramático do ritual.

Tronco de Beneficência - “Pannis Angelicus” - Cesar Frank - marca o profundo significado da solidariedade.

Juramento - “Prelúdio nº 1 em dó maior do Cravo Bem Temperado” - Bach - adequada para a meditação e que marca a solenidade do momento ritual.

LUZ - “Assim Falou Zaratustra” - Strauss - Parte inicial do poema sinfônico que descreve o nascer do sol e o sentimento do poder de Deus sobre o homem. Aumenta o deslumbramento do momento culminante da Iniciação

Abraço do Venerável - “Marcha Festiva” - Grieg - ( Suite Sigurd Jorsalfar - Opus 56 ).

Entrada dos Neófitos - “Glória aos Iniciados” (Coro final da Ópera a Flauta Mágica, de Mozart) - Coro de Graças a Ísis e Osíris, e de congratulações aos Iniciados, que pela sua coragem conquistaram o direito à Beleza e à Sabedoria

Proclamações - “Ode à Alegria” - Beethoven - Excerto Orquestral da Nona Sinfonia - deve ser tocada após cada uma das Proclamações. É um hino que traduz a alegria dos Irmãos ao receber os recém Iniciados.

Uma Sessão Econômica, por exemplo, não pode prescindir de dois ou três bons programas para a Harmonia, previamente programados. Isto permitirá variar as músicas executadas, evitando a monotonia da repetição.

A escolha de uma música para uma reunião maçônica exige do Mestre de Harmonia um mínimo de cultura musical, além da necessária sensibilidade para interpretar o significado de cada passagem do Ritual. Repetimos, a música deve estar em perfeita sintonia com cada momento da ritualística, induzindo nos Irmãos presentes a purificação de suas mentes, deixando-os tranqüilos e predispostos à emissão de sentimentos de amor e de fraternidade.

A música promove a exaltação das faculdades intelectuais e espirituais do ser humano. Ela atinge e aperfeiçoa a sensibilidade dos Irmãos, permitindo que eles vibrem em sintonia com os acordes da Harmonia Universal cujas leis tudo governam, e pelas quais a Maçonaria busca o aprimoramento moral e espiritual da Humanidade.

Fonte:

ANTÓNIO ROCHA FADISTAM.'.I.'., Loja Cayrú 762 GOERJ / GOB – Brasil

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sexta-feira, 3 de outubro de 2008

O Painel do A:. M:. - Simbolismo e Interpretação

PEÇA DE ARQUITETURA

Por Irm:. Luis Genaro Ladereche Figoli (Moshe)


Da mesma maneira que os filósofos egípcios, que para substituírem os Segredos e Mistérios das vistas profanas, ministravam seus ensinamentos através de Símbolos, a Maçonaria, dando continuidade à tradição, também encerra sua filosofia e conhecimento nos símbolos, pelos quais oculta suas Verdades aos não iniciados.

Tendo no 1° Grau o embasamento da Filosofia Simbólica, que resume a Moral Maçônica do aperfeiçoamento humano, compete aos A:. M:. a importante tarefa de Desbastar a P:. B:., isto é, desvencilhar-se dos próprios defietos e paixões, que se constitui na Principal e Verdadeira Obra da Sublime Instituição.

Quando praticamente concluído o trabalho de Aperfeiçoamento Moral, simbolizado pelo desbaste da P:.B:. e terem conseguido através do esforço transformá-la em P:.P:. ou P:. C:. apta á construção do próprio Edifício Interior, será possível descansar os instrumentos de corte para empunharem outros instrumentos, condição necessária para a ascensão na escala da hierarquia da Maçonaria e, principalmente, participar da construção do Edifício Exterior que é a Sociedade.

Um do mais antigos símbolos da maçonaria é o painel de loja ou quadro (não devemos confundir o painel com a carta constitutiva da loja ou ainda com a prancheta). O painel de loja é a representação de toda uma doutrina que simboliza a vida e a necessidade de evolução do ser humano, o verdadeiro desbastar da P:. B:..

No Painel da Loja (do Grau de A:.M:.) se condensam todos os símbolos que devem ser conhecidos para o efetivo trabalho de um Maçom. O conhecimento profundo de cada um dos símbolos, facilitará o processo de interpretação e assimilação das instruções subseqüentes.

O Painel da Loja encerra quase todos os símbolos de um Templo Maçônico ali representado.

Continua...

Antes de iniciarmos a descrição do painel propriamente dito, necessário é que caracterizemos a instituição maçônica, como um repositório de conhecimentos esotéricos e, por conseguinte ocultos, sobretudo onde se cria o ambiente favorável à evolução G:.A:.D:.U:., pois existe uma série de traços e de reflexos que tornam possível senão distingui-lo, pelo menos sentirmos sua misteriosa aproximação.

Devemos considerar que os símbolos incorporados à tradição da Maçonaria Simbólica foram introduzidos pelos nossos IIrm:. com um particular propósito de expressar um pensamento ou um propósito. Este pensamento pode ser muito valioso em nossa geração, porém devemos ter em mente que nenhuma época em especial tem o monopólio do conceito original e profundo, nem os antigos, nem os modernos maçons. O objetivo imediato é o de estudar os nossos símbolos e sobre eles especular e agregar novos significados, cada vez mais profundos.

Em seu livro “An Interpretation of Our Masonic Symbols”, J.S.M. Ward escreve que ao apreciarmos a natureza podemos perceber que tudo o que nos cerca é algo que Deus está a nos ensinar por intermédio de símbolos e alegorias. O Sol que se eleva no firmamento e em seu nascente poente está uma alegoria de nossa existência mortal, a vida e a morte e, mais ainda, a ressurreição. A semente plantada nos ensina o renascimento e o mais humilde dos animais tem muita coisa a nos ensinar.

Todas as Leis da Natureza são Suas Leis, e quanto mais às estudamos mais compreendemos não se tratar de um mero acaso, mas a prova de um profundo e abrangente Intelecto, ao lado do qual o mais sábio dos homens não passa de uma centelha desse conhecimento.

Noutra obra “Leaves From Georgia Masonary” publicada sob auspícios da Grande Loja da Geórgia nos EUA, se refere à questão do simbolismo, afirmando que é a chave de todos os mistérios, de todas as religiões modernas ou antigas, e de todo o conhecimento esotérico. Palavras são inadequadas para transmitir as verdades espirituais, pois todas as palavras têm origem material e, conseqüentemente, um significado material.

A Maçonaria não emprega palavras para transmitir as mais profundas verdades espirituais, ela utiliza símbolos.

Estude os símbolos da Maçonaria e escave fundo no entulho do Temp:. para encontrar as grandes verdades ali enterradas; os resultados recompensarão o esforço. Porém, o estudo dos símbolos, sem a aplicação prática em sua vida, não passará de um mero exercício intelectual: e se você tentar , simplesmente entendê-los sem vivenciá-los, o resultado era mais problemas do que proveitos.

Tão logo tenha aprendido o significado de um símbolo, você deve torná-lo parte de sua vida, faça com que seja o guia de seu coração, sorva-o como a água mais pura das fontes, alimente a sua alma com ele e, assim, você haverá de crescer em conhecimento de ainda maior profundidade, enquanto sua alma se elevará, ainda mais, chegando mais próxima das estrelas e da sabedoria divina que eles encerram.

A sabedoria é um crescimento da alma, e a recompensa do trabalho e do esforço, que não pode ser adquirido se não pelo seu igual valor em sacrifício. Cada vez que você progride, ao olhar par trás, perceberá ter passado pelo altar os sacrifícios, algo que representou o trabalho de suas mãos e de seu coração. Simbolizando que, por meio do trabalho, retribuirá aos seus Irmãos e a Humanidade os benefícios que recebeu grattuitamente.

O desígnio da Maçonaria é, em suma, o de tornar o homem mais sábio e melhor, e conseqüentemente, mais feliz. A sabedoria é inútil a menos que se ponha em prática. Se você não estiver disposto a vivenciar a Maçonaria, não procure conhecer os seus grandes mistérios. Esse conhecimento traz em si a responsabilidade do uso e da obediência: é impossível esquivar-se dessa responsabilidade.

UM POUCO DE HISTÓRIA

Quando da formação da Maçonaria Especulativa, os Maçons se reuniam em átrios de Igrejas e em Tabernas, não possuindo templos como os conhecemos hoje. Para poderem trabalhar, representavam o Templo com um Painel ou Tapete que era estendido no chão e a Loja era composta.

No Painel, concentravam todos os símbolos necessários para o trabalho maçônico, com a facilidade de poderem constituir uma Loja em qualquer lugar, desde que preservados do olhar profano.

Por outro lado, precisamos considerar que a Maçonaria foi perseguida em praticamente toda sua história especulativa, tanto por Reis quanto (e principalmente) pela Igreja Católica. Muitos IIrms:. Morreram na fogueira da Inquisição e, posteriormente, nas mãos de monarquistas e absolutistas do Velho e Novo Mundo. Por isso era mister de manter a identidade oculta, trabalhar em Lojas sem acesso profano e não ter endereço fixo.

Daí a importância do Painel. Era o que poderíamos chamar (com as devidas reservas e vênias) uma “Loja Virtual”.

Posteriormente, e principalmente após a Revolução Francesa e a onda Republicana que varreu todos os recantos da Terra somados à queda do prestígio e preponderância da Igreja sobre o Estado, os Templos passaram a ser construídos e o Painel passou a ser um acessório de grande simbologia pelo que ele representou na época das perseguições, bem como pelo que representa hoje na Filosofia Maçônica.

Como já dissemos, o Painel da Loja concentra todos os símbolos relativos ao Grau de A:.M:. que devemos conhecer para a Arte Real.

Por outro lado, também afirmamos que neste Painel se condensam quase todos os símbolos e alegorias presentes e dispersos num Templo Maçonico.
Vamos entender um pouco cada um desses símbolos:


1. O TEMPLO: O quadrilátero que compõe o Painel representa o Templo Maçônico. O Templo Maçônico, por sua vez, é inspirado no Templo de Salomão (que por sua vez foi inspirado no Tabernáculo), no formato (quadrilongo), na sua estrutura (átrio, santo e santo dos santos), e na sua orientação (Leste a Oeste). A forma arquitetônica é:
a) Comprimento: Do Oriente ao Ocidente (Leste a Oeste);
b) Largura: De Norte a Sul;
c) Profundidade: Superfície ao Centro da Terra;
d) Altura: Da Terra ao Zênite (Céu)

2. AS COLUNAS: As Lojas são sustentadas por três colunas: Sabedoria, Força e Beleza. observamos em primeiro plano as três colunas mestras dispostas de maneira a formar um triângulo, símbolo máximo da perfeição e do equilíbrio, representando, por conseguinte os três mundos inteligíveis, que correspondem pela analogia: O mundo físico ou natural representado pela coluna da força; o mundo espiritual ou metafísico, simbolizado pela coluna da beleza e o mundo divino ou religioso, expresso pela coluna da sabedoria, qualificando a onipotência e onisciência e a onipresença do Grande Arquiteto do Universo, que constitui a tela de fundo de toda a meditação porque tudo está ligado e unido num mesmo todo.

a) A Sabedoria orientado o “caminho da vida”
b) A Força para “animar e sustentar” nas dificuldades, e
c) A Beleza para “adornar” as ações, o caráter e o espírito.

Também as três colunas representam: SALOMÃO, pela sabedoria em construir, completar e dedicar o Templo de Jerusalém a serviço de Deus; HIRAM, Rei de Tiro, pela Força que deu aos trabalhos do Templo, fornecendo homens e materiais, e; HIRAM-ABIFF, pelo primoroso trabalho de coordenação e direção das obras.

3. A ABÓBADA CELESTE – representada no Teto das Lojas e no Painel, com suas variadas nuances de cores, sendo que o caminho para o Céu Infinito é representado pela Escada existente no Painel, conhecida como Escada de Jacó. Também representa a Luz e as Trevas, ou o caminho do conhecimento humano e da sabedoria, da escuridão à luz. O céu é a imagem do infinito, as estrelas representam a idéia Divina que nos descobrem o mundo da realidade e da verdade, porque a perfeição é infinita, representada pelo sol que nasce no Oriente, fonte natural de luz e da sabedoria e do princípio criador;

4. A ESCADA DE JACÓ – A escada com seus múltiplos degraus, cada um representativo das virtudes e evolução exigida a um Maçom nos seu caminho a perfeição. Suportada pelo livro da lei fica a escada de Jacó, cujo cimo toca os céus, descrita com propriedade no livro de Gênesis - Capítulo 28, versículo 1O a 13, onde Jacó viu anjos que desciam e subiam por ela e Jeová disse-lhe: "Eu sou Jeová, Deus de teu Pai Abraão e de lsaac"."A terra em que estás deitado, a darei a ti e à tua posteridade; a tua posteridade será como o pó da terra e se dilatará para o Ocidente e para o Oriente, para o Norte e para o Sul. Por ti e por tua descendência serão benditas todas as famílias da terra"."Eis que estou contigo e te guardarei por onde quer que vá e te reconduzirei para esta terra; porque não te abandonarei até ter Eu cumprido aquilo de que te hei falado".

A interpretação da escada de Jacó é que este é o único caminho para atingirmos o êxtase total, a plenitude, entretanto, deveu mais uma vez superar os obstáculos que encontramos em nossa ascensão, pela fé renovadora, simbolizada e identificada pela Cruz.

A âncora aqui não representa tão somente a esperança, todavia sua colocação nos degraus da escada de Jacó significa o elemento que deve ser ultrapassado, pois a âncora tem a finalidade precípua de nos fixar à matéria. Também representa a Esperança no Aperfeiçoamento Moral.

O cálice representa a provação, o juízo final, transposto este obstáculo, atingimos a luz maior, a estrela de sete pontas ou dos magos conforme o arcano XVIII do livro de Thot.

ORNAMENTOS:

5. PAVIMENTO MOSAICO: As colunas projetadas dentro do painel mostram-nos ainda seu apoio no pavimento de mosaico, que é a personificação da dualidade ou pares opostos, como dia e noite, a dor e o prazer, a honra e a calúnia, o êxito e a desilusão, pois é na dualidade que repousam todos os caminhos de nossa existência, porquanto são os dias dos homens que fazem o julgamento de sua própria conduta. Mas apesar dos antagonismos, representados pelas pedras brancas e pretas, em tudo reside uma Harmonia (pelos quadrados perfeitos).

6. A ORLA DENTADA: Mostra-nos o princípio de atração universal, simboliza o amor entre os IIRms.

7. A ESTRELA FLAMÍGERA: A estrela de sete pontas é o grande pináculo da luz eterna, síntese da unidade a que respondem as sete vozes da análise, o Apocalipse, onde os sete anjos, com as sete trombetas, suas sete espadas, etc., caracterizam o absoluto da luta do bem contra o mal, pela palavra, pela associação religiosa e pela força. Assim, os sete selos do livro oculto são abertos sucessivamente e a iniciação universal se realiza porque atingimos o grau máximo de perfeição e estamos aptos a achar a paz do coração, o desvanecimento do espírito, o ritmo da evolução e em comunhão perfeita e consciente com o ser Supremo.

PARAMENTOS

8. O L:. da L:. - O L da L é o símbolo máximo da elevação de nossos pensamentos, por meio do qual conhecemos a verdade, que é o propósito de toda experiência. Ainda representa o Código Moral que deve ser seguido e respeitado, a Filosofia que deve ser adotada e a Fé que governa e anima o ser;

9. O Comp:. e o Esq:. - São a base do simbolismo maçônico e estão presentes em todos os graus simbólicos. Formam uma combinação que nos lembra o hexagrama, que é a chave mágica para todo ritual místico. Em loja estão postados sobre o L da L representando assim o princípio criador e a própria criação, manuseada pelo GADU, o esquadro simboliza a retidão e o sentido único que devemos tomar em nossas vidas, pois representa o equilíbrio resultando da união do ativo com o passivo, um equilíbrio de nossas ações sobre a matéria e sobre nós mesmos. Já o compasso é o símbolo da dualidade (dois braços) e da união (a cabeça do compasso), e também da medida certa e do “relativo”, pois além de traçarmos círculos relativos a sua abertura, podemos medir através dele, e com ele o GADU traçou o plano da criação com todo o seu conhecimento, por este ser infinito, a abertura do compasso é total, em nossos trabalhos o compasso se mantém aberto em 45º demonstrando a nossa limitação em relação ao g.:a.:d.:u.: e a limitação do domínio do espírito sobre a matéria. De forma mais objetiva o esquadro representa a matéria, e o compasso o espírito, e como em nosso grau a matéria domina o espírito, temos o esquadro posto acima do compasso no Altar dos Jur:. sempre estarão entrecruzados, lembrando o Selo de Salomão (o hexagrama), evocando em nossas reuniões uma idéia do infinito.

JOIAS DA LOJA

FIXAS

10. A PRANCHETA DA LOJA – Simbolicamente exprime que os Mestres guiam os A:.M:. no trabalho indicado, traçando o caminho a ser seguido para seu próprio aperfeiçoamento, que possibilitará, conseqüentemente o progresso na Arte Real. Também serve para nos recordar que devemos nos empenhar na busca de conhecimentos elevados, para que no futuro saibamos através dela traçar nossos planos de trabalho quando chegarmos ao grau de m.: esta prancha contêm a base do alfabeto maçônico e este ensinamento virá a nós em outros momentos, pois ainda somos ap.: e não dominamos o conhecimento suficiente para nos expressarmos através da escrita;

11. A P:. B:. - É o objeto sobre o qual o A:. M:. deve trabalhar, representa a alma imperfeita que deve ser talhada com os instrumentos certos e assim chegar a P:. C:., ou seja, a obra prima de um o A:. M:..Lembremos nossa cer.: de Inic.: onde o então neófito é conduzido para aprender a trabalhar na p.: b.: e é ensinado pelo 1º vig.:. É o símbolo base do grau de A:. M:.;

12. A P:. C:. - é a obra prima do ap.: e representa o resultado de seus esforços após um trabalho bem feito sobre a p.: b.: estas pp.: cc.: que a oficina produz serve para construirmos nossa principal obra, o templo interior, ou o verdadeiro Templo de Salomão. Representa o saber do homem, enquanto aplicou a Piedade e a Virtude, ambas perfeitamente verificáveis pelo Esq:. da Palavra Divina e pelo Comp:. da Consciência esclarecida;

MÓVEIS

13. O Esq:. – Símbolo maior da fraternidade representa a ação do homem sobre a matéria e principalmente a ação do homem sobre si mesmo. È o símbolo de retidão ao que o homem deve se sujeitar em suas ações e a Virtude que deve retificar os corações. Está presente na jóia do V:.M:. significando que este deve agir no sentido do Bem;

14. O N:. – É o símbolo da igualdade e base do Direito Natural. Não pode implicar no nivelamento dos valores, mas sim lembrando o dever de serem consideradas as coisas com a mesma e igualitária serenidade. É a jóia do 1° Vig:. que é o responsável pela perfeita igualdade que deve reinar na Loja;

15. O Prum:. – que por tradição também é chamado de Perpendicular, ainda representa a Irrestrita e Total Liberdade do homem. Simboliza a Retidão que deve presidir a conduta de todos os integrantes dentro e fora da Loja, pois esta conduta permite a vida plena de Graça e Beleza. É a Jóia do 2°Vig.

OUTROS SIMBOLOS

16. O Maço (Malho) e o Cinzel: são os instrumentos certos que o AM.: deve desbastar a p.: b.: o malho é o elemento ativo e representa a força empregada em nossas ações, já o cinzel é o elemento passivo e é o meio pelo qual se busca a beleza e a perfeição em nossas obras. Ambos devem ser usados conjuntamente pois através da força na medida correta aplicada pelo malho sobre o cinzel iremos transformar a massa disforme em uma bela escultura com seus ângulos perfeitos e retos. Porém se a força for aplicada de forma demasiada, podemos destruir a peça a ser trabalhada, e se for insuficiente, nunca atingiremos o nosso objetivo. Portanto a maior lição que podemos receber destes símbolos é a medida correta que devemos empregar nossos esforços ou nossa força, em todos os sentidos, para atingirmos nossos objetivos com perfeição e beleza;

17. O Ponto dentro do Círculo.

18. O Sol e a Lua: Estes símbolos lembram que a loja é uma viva representação do universo e como tal esta duas luzes deveriam estar sem dúvida alguma representadas em nosso simbolismo. O sol e a lua estão presentes em quase todas as doutrinas místicas, muitas vezes representam o equilíbrio dos opostos, o sol tem a sua potencialidade benéfica e a lua muitas vezes representa o oposto, o sol é de uma vibração positiva e a lua negativa, o sol corresponde ao elemento fogo e a lua a água, entre inúmeras outras formas de interpretação destes poderosos símbolos. Porém em nosso ritual é clara e objetiva a manifestação do período que uma loja deve trabalhar, do m:. d:. à m:. n:., e assim o sol simboliza o zênite e a lua simboliza o nadir.


M:.M:.

Membro da Loj:. Simb:. Palmares do Sul nro 213 RS

G:.L:.R:.G:.S:.

Fontes Consultadas:
Ø Ritual do Aprendiz Maçom (REAA) GLRGS
Ø D´elia Junior, Raymundo – Maçonaria 100 Instruções de Aprendiz;
Ø Autor Desconhecido – Manual do Aprendiz Maçom;
Ø Da Camino, Rizzardo – Maçonaria Mística;
Ø Da Camino, Rizzardo – O Maçom e a Intuição;
Ø Adum, Jorge – Grau do Aprendiz Maçom e seus Mistérios;
Ø Dyer, Colin – O Simbolismo na Maçonaria.

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domingo, 21 de setembro de 2008

SIMBOLOGIA DOS NÚMEROS


REFLEXÕES SOBRE A 5a INSTRUÇÃO DE A:. M:.
Por Irm:. Luis Genaro Ladereche Fígoli ( Moshe)


A NUMEROLOGIA é a ciência que estuda o simbolismo dos números. É a chave para desvendar os mistérios da vida, da cultura e da história humana. Utiliza-se dos números, símbolos sagrados, para a compreensão da realidade. Numerologia é o estudo das influências e qualidades místicas dos números. Segundo a numerologia, cada número ou valor numérico é dotado de uma vibração ou essência individual e indicaria tendências de acontecimentos ou de personalidade, apesar de não haver qualquer evidência científica de que os números apresentem tais propriedades. O filósofo grego Pitágoras é considerado por alguns numerólogos o pai da numerologia, apesar de não haver qualquer relação entre os cálculos que formam o mapa numerológico e o filósofo grego. Na verdade a numerologia é uma derivação da Gematria , um ramo da Cabala, que utiliza o alfabeto hebraico como base. A numerologia seria então uma adaptação dos princípios da Gematria para o alfabeto romano.

DA HISTÓRIA DOS NÚMEROS 
Os números naturais provavelmente tiveram suas origens nas palavras utilizadas para a contagem de objetos, começando com o número um. O primeiro grande avanço na abstração foi o uso de numerais para representar os números. Isto permitiu o desenvolvimento de sistemas para o armazenamento de grandes números. Por exemplo, os babilônicos desenvolveram um poderoso sistema de atribuição de valor baseado essencialmente nos numerais de 1 a 10. Os egípcios antigos possuíam um sistema de numerais com hieróglifos distintos para 1, 10, e todas as potências de 10 até um milhão. Uma gravação em pedra encontrada em Karnak, datando de cerca de 1500 a.C. e atualmente no Louvre, em Paris, representa 276 como 2 centenas, 7 dezenas e 6 unidades; e uma representação similar para o número 4 622. Um avanço muito posterior na abstração foi o desenvolvimento da idéia do zero com um número com seu próprio numeral. Um dígito zero tem sido utilizado como notação de posição desde cerca de 700 a.C. pelos babilônicos, porém ele nunca foi utilizado como elemento final.1 Os Olmecas e a civilização maia utilizaram o zero com um número separado desde o século I AC, aparentemente desenvolvido independentemente, porém seu uso não se difundiu na Mesoamérica. O conceito da forma que ele é utilizado atualmente se originou com o matemático indiano Brahmagupta em 628. Contudo, o zero foi utilizado como um número por todos os computus (calculadoras da idade média) começando com Dionysius Exiguus em 525, porém no geral nenhum numeral romano foi utilizado para escrevê-lo. Ao invés disto, a palavra latina para "nenhum", "nullae", foi empregada. O primeiro estudo esquemático dos números como abstração (ou seja, como entidades abstratas) é comumente atribuído aos filósofos gregos Pitágoras e Arquimedes. Entretanto, estudos independentes também ocorreram por volta do mesmo período na Índia, China, e Mesoamérica. No século XIX, uma definição do conjunto teórico dos números naturais foi desenvolvida. Com esta definição, era mais conveniente incluir o zero (correspondente ao conjunto vazio) como um número natural. Esta convenção é seguida pelos teorizadores de conjuntos, logicistas, e cientistas da computação. Outros matemáticos, principalmente os teorizadores dos números, comumente preferem seguir a tradição antiga e excluir o zero dos números naturais. Uma construção consistente do Conjunto dos Números Naturais foi desenvolvida no séc. XIX por Giuseppe Peano. Essa construção chamada de Axiomas de Peano, é uma estrutura simples e elegante, servindo como um bom exemplo, de construção de conjuntos numéricos. Obviamente, que os primeiros sistemas de contagem foram as mãos e pequenas pedras, cada uma representando uma unidade, como por exemplo, para contar animais, dias, etc. O primeiro objeto conhecido que atesta a habilidade de cálculo é do instrumento Ishango criado por populações da África Central e que e data de 20.000 a 25.000 anos atrás. O desenvolvimento da matemática permeou as primeiras civilizações, e tornou possível o desenvolvimento de aplicações concretas: o comércio, o manejo de plantações, a medição de terra, a previsão de eventos astronômicos, e por vezes, a realização de rituais religiosos. O estudo de estruturas matemáticas começa com a aritmética dos números naturais e segue com a extração de raízes quadradas e cúbicas, a resolução de algumas equações polinomiais de grau 2, a trigonometria e o cálculo das frações, entre outros tópicos. Tal desenvolvimento é creditado às civilizações acadiana, babilônica, egípcia, chinesa, ou ainda, àquelas do vale dos hindus. Na civilização grega, a matemática, influenciada pelos trabalhos anteriores, e pelas especulações filosóficas, tornou-se mais abstratas. Dois ramos se distinguiram, a aritmética e a geometria. Além disto, formalizaram-se as noções de demonstração e a definição axiomática dos objetos de estudo. Os Elementos de Euclides relatam uma parte dos conhecimentos geométricos na Grécia do século III a.D. A civilização islâmica permitiu que a herança grega fosse conservada, e propiciou seu confronto com as descobertas chinesas e hindus, notadamente na questão da representação numérica. Os trabalhos matemáticos se desenvolveram consideravelmente tanto na trigonometria (introdução das funções trigonométricas), quanto na aritmética. Desenvolveu-se ainda a análise combinatória, a análise numérica e a álgebra de polinômios. Durante o Renascentismo, uma parte dos textos árabes foram estudados e traduzidos para o latim. A pesquisa matemática se concentrou então, na Europa. O cálculo algébrico se desenvolveu rapidamente com os trabalhos dos franceses Viète e René Descartes. Em seguida, Newton e Leibiniz descobriram a noção de cálculo infinitesimal e introduziram a noção de fluxor (vocábulo abandonado posteriormente). Ao longo dos séculos XVIII e XIX, a matemática se desenvolveu fortemente com a introdução de novas estruturas abstratas, notadamente os grupos (graças aos trabalhos de Évariste Galois) sobre a resolubilidade de equações polinomiais, e os anéis definidos nos trabalhos de Richard Dedekind. 

INLFUÊNCIA DA ESCOLA PITAGÓRICA NO ESTUDO DOS NÚMEROS E NA MAÇONARIA 
 A maior contribuição para o estudo místico dos números foi sem dúvida do Pitágoras. Pitágoras de Samos (do grego Πυθαγόρας) foi um filósofo e matemático grego que nasceu em Samos pelos anos de 571 a.C. e 570 a.C. e morreu provavelmente em 497 a. C. ou 496 a.C. em Metaponto. Da vida de Pitágoras quase nada pode ser afirmado com certeza, já que ele foi objeto de uma série de relatos tardios e fantasiosos, como referentes a suas viagens e a seus contatos com as culturas orientais. Parece certo, contudo, que o Filósofo e matemático grego, fundou uma escola mística e filosófica em Crotona (colônia grega na península itálica), cujos princípios foram determinantes para evolução geral da matemática e da filosofia ocidental cujo principais enfoques eram: harmonia matemática, doutrina dos números e dualismo cósmico essencial. Aliás, ao que se sabe, Pitágoras foi o criador da palavra "filósofo". Os pitagóricos interessavam-se pelo estudo das propriedades dos números - para eles o número (sinônimo de harmonia) era considerado como essência das coisas - é constituído então da soma de pares e ímpares, noções opostas (limitado e ilimitado) respectivamente números pares e ímpares expressando as relações que se encontram em permanente processo de mutação, criando a teoria da harmonia das esferas (o cosmos é regido por relações matemáticas). Segundo o pitagorismo, a essência, que é o princípio fundamental que forma todas as coisas é o número. Os pitagóricos não distinguem forma, lei, e substância, considerando o número o elo entre estes elementos. Para esta escola existiam quatro elementos: terra, água, ar e fogo. Teria chegado à concepção de que todas as coisas são números e o processo de libertação da alma seria resultante de um esforço basicamente intelectual. A purificação resultaria de um trabalho intelectual, que descobre a estrutura numérica das coisas e torna, assim, a alma como uma unidade harmônica. Os números não seriam, neste caso, os símbolos, mas os valores das grandezas, ou seja, o mundo não seria composto dos números 0, 1, 2, etc., mas dos valores que eles exprimem. Assim, portanto, uma coisa manifestaria externamente a sua estrutura numérica, sendo esta coisa o que é por causa deste valor. A Escola Pitagórica ensejou forte influência na poderosa verve de Euclides, Arquimedes e Platão, na antiga era cristã, na Idade Média, na Renascença e até em nossos dias com o Neopitagorismo. Pensamentos de Pitágoras 1. Educai as crianças e não será preciso punir os homens. 2. Não é livre quem não obteve domínio sobre si. 3. Pensem o que quiserem de ti; faz aquilo que te parece justo. 4. O que fala semeia; o que escuta recolhe. 5. Ajuda teus semelhantes a levantar a carga, mas não a carregues. 6. Com ordem e com tempo encontra-se o segredo de fazer tudo e tudo fazer bem. 7. Todas as coisas são números. 8. A melhor maneira que o homem dispõe para se aperfeiçoar, é aproximar-se de Deus. 9. A Evolução é a Lei da Vida, o Número é a Lei do Universo, a Unidade é a Lei de Deus. 10. A vida é como uma sala de espetáculos: entra-se, vê-se e sai-se. 11. A sabedoria plena e completa pertence aos deuses, mas os homens podem desejá-la ou amá-la tornando-se filósofos. A numerologia mística maçônica encontra forte influência pitagórica, com também dos textos da cábala hebraica. A dualidade “corpo” e “alma” do orfismo e pitagorismo é encontrada em toda a extensão da doutrina mística maçônica. 

O MISTICISMO DOS NÚMEROS – Simbologia e Interpretação 
O plano para nosso sistema de algarismos segue uma continuidade definida. Para manter a ordem, números e nomes tiveram que ser estabelecidos. Revelam o fundamento místico de nosso sistema numérico. Depois que tivermos aprendido a razão desta sucessão específica de símbolos ou números, poderemos ver, prontamente, que tinham de seguir a ordem exata. Tal como ao construir uma Templo temos, antes de mais nada, de instalar os alicerces para depois levantar as paredes e o teto, os números evoluiram até a presente posição, porque isto era necessário. 

Gêneses dos Números Número “0” No começo (no via a ser) nosso mundo ou universo era massa nebulosa ou bola, girando pelo seu próprio valor de vibração. Não tinha princípio nem fim, significando a eternidade, e parecia-se a um círculo ou zero. O zero, ou círculo é o embrião de todos os números. Quando uma semente foi plantada (ou força da vida), no círculo, logo começou a brotar como ser humano. Quando a semente germinou veio a terminar em uma linha que os antigos denominavam como número 1. 
NÚMERO 1 . Mônada ou Unidade O número UM representa o homem. Ou o princípio masculino. É o símbolo do Sol, o pai de todos os números, ou UNIDADE. O selvagem aponta para si mesmo e coloca uma vara no chão para representá-lo. EU. O UM aparece sozinho. É criativo, engendrando originalidade e liderança. Sugere a primeira noção que o homem teve de si mesmo. 
NÚMERO 2. Diad ou Dualidade Muito tempo depois o selvagem evoluiu suficientemente para compreender que tinha uma companheira. Designava a idéia, primeiro apontando para si próprio (EU) e depois para a companheira (TU). Representava a idéia colocando duas varas na areia, indicando dois. Outro símbolo usado é o das duas asas de um pássaro. 
NÚMERO 3. Triad ou Trindade O resultado da procriação do homem e de sua companheira é o filho (NÓS). Três é a expressão de um e dois. Agora o homem precisava encontrar um símbolo. Resolveu desenhando um triângulo ou figura de três linhas, formando o primeiro plano fechado. É o primeiro número perfeito, ou trindade e faz-se significado espiritual. Três significa complementação. 
NÚMERO 4. Tetra ou Fundação Tornou-se imperativo conquistar o abrigo e proteção para a ele, companheira e filho. Isso representava construir moradia ou fundação. Quatro é um número material. Desenhou um quadrado de quatro linhas que é um símbolo concreto, sugere sólida fundação. Outro símbolo que os antigos usaram é um homem levantando bem alto um triangulo. Outro símbolo é um animal com quatro pernas.
 
Finalidade Mística dos Números • 
Pesquisadores, sábios, rosa-cruzes e magos, há milhares de anos, utilizam o conhecimento numerológico no mundo, como por exemplo: Platão, Aristóteles, Nicômaco, Fludd, Hermes Trimesgistus, Nostradamus, Cornelius Agrippa, Cagliostro, Eliphas Levi, Aleister Crowley, etc.;
• Até os dias atuais o homem continua usando os números como meio de acesso ao conhecimento que está além de sua mente racional.
• Os números emanam energias cósmicas, energias físicas telúricas, energias vibratórias sonoras, isso porque ao pronunciar o seu valor, um mantra é expelido com força, e cada um atua nos nossos chakras, podendo fazer-nos bem ou mal. Daí a importância da palavra;
• Cada número representa, portanto, uma área da experiência humana, fixada nos algarismos de 1 a 9;
• Cada letra da tabela numerológica corresponde a um número, recebendo, portanto a vibração dele e atraindo sua experiência;
• Assim, podemos realizar um mapeamento numerológico de uma pessoa ou de uma empresa, necessitando do nome completo de certidão ou a razão social, e a data de nascimento ou data da fundação;
• O nome de uma pessoa revela os traços mais marcantes de sua personalidade, além de identificar o seu grau evolutivo. A data de nascimento registra dentre outras coisas, como vai ser a vida prática da pessoa, indicando os melhores momentos, os níveis de desafios e testes a serem enfrentados;
• A utilização da Numerologia nos dá um método relativamente simples para entendermos a realidade e, conseqüentemente, o que o futuro nos trará, ajudando-nos a transformá-lo.
• Segundo os cabalistas, os números podem por isso ser usados e aplicados a fórmulas esotéricas, (numerologia), para entender e manipular estas forças espirituais a nosso favor, da mesma forma que os números também podem ser usados nos cálculos matemáticos para entender e manipular as forças, leis e energias do mundo físico a nosso favor.
• A numerologia é por isso um sistema místico que professa a crença na relação entre os números e essências espirituais, ou melhor: na possibilidade dos números poderem traduzir ou simbolizar as forças espirituais que influenciam as nossas vidas no mundo terreno
• A numerologia é composta por um vasto quadro de cálculos esotéricos, que permite conhecer as leis e fenômenos espirituais.
• No decorrer da historia, a numerologia evoluiu e separou-se da matemática, ( da qual proveio), da mesma forma como a astrologia se separou da astronomia, e a química se separou da alquimia.
• São Agostinho (13 Novembro 354- 28 Agosto 430 d.C.), eminente filosofo e teólogo dos inícios do Cristianismo, foi um dos mais destacados defensores da numerologia, tendo dito que: «os números são a linguagem universal oferecida por Deus há humanidade como instrumento de confirmação das verdades [terrenas como espirituais] »
• Tal como Pitágoras, também o Bispo e Doutor da Igreja, acreditava que tudo possuía uma relação numérica entre si, e que a mente humana podia através do calculo numérico investigar os segredos de todas as coisas, sendo que pelos números se podiam revelar os mistérios da obra de Deus.
• Resumindo: Segundo as antigas e seculares tradições, Deus teria dado ao homem uma mente racional que seria o instrumento de contato entre a matéria (corpo), o espírito e a alma. Mas para que esse contato ocorra, é necessário uma chave ou um código secreto que é revelado através dos números. Os números então seriam a chave para acessar o mundo e a dimensão invisível onde habitam as energias sutis e superiores. 

  Simbologia Maçônica dos Números 
 Pelas doutrinas herméticas e ocultas, das quais a Maçonaria é originária, aos números Impares são atribuidas qualidades Místicas ou Misteriosas enquanto os númros Pares podem transmitir influências negativas. No Grau de A:. M:. vamos limitar-nos ao estudo dos quatro primeiros números, quais sejam: 1, 2, 3 e o 4. 

NÚMERO 1 • Representa a mônada individual, o astro e o homem, isto é o princípio ativo. • Considera-se o Simbolo da Unidade da Vida; • Representa o homem em toda sua plenitude; • Pode-se entender como o zero antecedeu ao um: ambos são um só e mesmo deus, porém o primeiro (zero), está em seu aspecto imanifestado, enquanto que o segundo (um) apresenta-se em plena manifestaçãp em virtude do pathos da vontade divina. È um raio de luz cósmica emanado do zero para, com ele, formarem todos os outros números. 
  NÚMERO 2 • Significa o divisível, o antagônico, o passivo com relação ao primeiro, a saber: o fogo e a água, a luz e a sobra, o dia e a noite, o bem e o mal, o preto e o branco, o quente e o frio. Embora isso, os antônimos coexistem mesmo contrários na aparência; • O número dois representa a dualidade. Age de forma dualística, como vimos representado por duas linha paralelas (como já vimos). Também poderia ser representado por uma linha perpendicular unida no topo inferior a outra linha horizontal. • O Aprendiz não deve se aprofundar no estudo do número 2 porque, fraco ainda no cabedal de conhecimentos de nossa filosofia, poderá escolher o caminho oposto que deveria seguir. Por isso mesmo é que o Aprendiz deve ser guiado no caminho do conhecimento, para poder ultrapassar o abismo da dúvida e do descaminho, até atingir o terceiro número. • Segundo as antigas tradições, Adão e Eva representavam o número 2 e acabaram por comer o fruto proibido (descaminho, descrédito, dúvida, falta de fé) sendo expulsos do Paraíso (plano espiritual). 
  NÚMERO 3 • Ao número 3 é atribuida a trindade de Deus: O pensamento (sabedoria), a ação (força) e o amor (beleza). • O 3 é o primeiro número perfeito e completo de energia, pois observando o primitivismo do 1 somado ao antagonismo do 2, é gerado o equilíbrio perfeito, representado pela tríade; • A tríade é a base da Geometria (tão importante para o trabalho maçônico) pois o trângulo é sua principal figura. • Em quase todas as religões e doutrinas secretas encontramos a tríade como sendo a principal manifestação da entidade criadora. • Na familia, se o 1 representa o Pai, o 2 representa o Pai e a Mãe, o três representa o Pai, a Mãe e o Filho em perfeita comunhão. O gerado, o engendrado. • De maneira mística o Número 3 representa a tríade divina: Vita = A Existência Verbum= A Expressão ou o Verbo Lux = A Sabedoria ou a Luz • Na Maçonaria encontramos o ternário em praticamente todos em emblemas, símbolos, rituais e alegorias: No Delta Sagrado Nos Graus Simbólicos Nas Colunas em que o Templo se sustenta: Sabedoria, Força e Beleza Nos Conceitos Virtuosos: Liberdade, Iguladade e Fraternidade Nas Joias Móveis – A Bíblia, o Esquadro e o Compasso; Na idade do Apr:. Nas Viagens Iniciáticas; Nas Pancadas na Porta para adentrar ao Templo Na Marcha do Apr:. No Toque e na Bateria; Os Tres primeiros degraus da Escada de Jacó para chegar a Mestre; Nas três primeiras artes: Geometria , Lógica e Retórica. 
  NÚMERO 4 • Os números são como a vida, cíclicos. Como já dissemos antes, os números impares são místicos e os pares são mas ligados a aspectos materiais e terrenos. Por isso é que 4 são os elementos da antiguidade que tudo compôe: TERRA, ÁR, ÁGUA E FOGO; • Iniciando o ciclo na unidade (o criado) involui para o dois (a ambiguidade) evolui para o tres (a perfeição, o espírito voltado ao criador) e finalmente involui para o quatro (a materialidade representado pelos quatro elementos). Mas o quatro nada mais é do que a passagem necessária para os números maiores. Neste momento, o Apr:. consciente de seus deveres, e tendo recebido a Luz, deverá recomeçar as quatro provas no caminho para o Segundo Grau, podendo caminhar só, mas com os conselhos dos fraternos IIrm:. e pela experiência de seus instrutores. 

 Autor: Irm:. Luis Genaro Ladereche Fígoli Moshe M:. I:.33° 

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 Fontes Consultadas:
  Ritual do Grau de Apr:. M:. da GLRGS; 
 Della Junior, Raymundo – Maçonaria 100 Instruções de Aprendiz; 
 Da Camino – Maçonaria Mística; 
 Doyer, Colin – O Simbolismo na Maçonaria; 
 Castellani, José – O Rito Escocês Antigo e Aceito; 
 Ragon, J.-M. – Ritual do Aprendiz Maçom (escrito por volta do ano 1810); 
 Da Camino – O Maçom e a Intuição; 
 Adoum, Jorge – O Grau do Aprendiz e seus Mistérios; 
 Hitchcock, Helyn – A Magia dos Números ao seu Alcance
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