quinta-feira, 11 de maio de 2017

A Gênese Maçônica - Maçonaria Operativa Fase Antiga ou Lendária - Parte IV



                      A GÊNESE MAÇÔNICA - parte IV


Por Irm.´. Luis Genaro Ladereche Fígoli (Moshe)*


A Maçonaria Operativa

Por definição, a Maçonaria Operativa, corresponde o período que vai de 1717 (onde foi estruturada e fundada a Grande Loja de Londres) a um passado remoto.

Neste período, que vai da escuridão dos dias até a data acima estabelecida, a Maçonaria era estruturada, não como a conhecemos hoje, mas como corporações de ofício e associações de classes (alguma coisa como Sindicatos atuais) que tinham como principal objetivo, dar proteção aos seus membros e guardar segredos sobre as técnicas de seus ofícios. Precisamos lembrar que a arte de construir não era ensinada nas Universidades (que não havia). Elas eram repassadas pelas corporações de ofício aos seus iniciados.

A influência da Religião no Estado (que se confundia com este) e na vida das pessoas era relevante. Não como hoje. Eram instituições que dominavam a vida e os destinos das pessoas, e influenciavam sobremaneira, as próprias corporações de ofício. Por isso, dominada foram por ritos, símbolos, alegorias e liturgias que aplicadas na Religião, faziam parte também das associações e sociedades humanas. O aspecto místico era importante, até pela falta de resposta aos diversos mistérios do Universo e da própria vida do homem.

Aonde não tem resposta, tem mistério. Onde têm mistério, tem mística. Onde tem mística, tem Religião.

Assim, por exemplo, antes de se empenhar em qualquer construção, os operários e mestres ofereciam o seu trabalho ao Deus (ou deuses) como forma de garantir sucesso na obra. Gradativamente, os elementos místicos e religiosos, passaram a ser incorporados na vida das corporações.

Mas precisamos distinguir neste período, duas fases bem distintas:

a)    Antiga ou Lendária – Nesta fase encontramos: Os antigos mistérios do misticismo da Mesopotâmia, do Antigo Egito, da Grécia Antiga, dos Persas e dos Hebreus.  Não há como estabelecer, até onde se sabe historicamente, uma ligação direta e um fio condutor horizontal que nos conduza à moderna Maçonaria, ou seja, não poderemos considerar que os antigos mistérios e ordens iniciáticas tenham direta relação com nossa Ordem. O que se estima é que haja uma influência destes mistérios, símbolos e alegorias, por enxertos posteriores, no que denominamos hoje de Maçonaria. Vide o caso da Lenda de Hiram-Abi e da própria Construção do Templo de Salomão. Este período vai de 5.000 ou 4.000 a.C. ao século VII a.C;
b)     Operativa ou Medieval – Nesta fase que inicia aproximadamente sete séculos antes do nascimento de Cristo e vai até 1717, representa as verdadeiras origens da Maçonaria de forma direta e estruturada. Encontramos nesta fase: As Corporações de Ofício, Os Alquimistas, Os Rosa-cruzes e Os Templários, entre outros.


Fase Antiga ou Lendária

a) O Misticismo na Mesopotâmia

A mesopotâmia, situada entre os rios Tigre e Eufrates, hoje ocupada em grande parte pelo Iraque, foi juntamente com o vale do Nilo, o berço das civilizações terrestres, facilitadas sobremaneira pela fertilidade do solo, o acesso fácil à água, o clima quente, favorável à agricultura e a criação de animais.

É do período Neolítico que surgem as civilizações El-Obeid, Uruk e Djendet Nache[1], que só se tem referência através da arqueologia. Nesta época, se cogita, ocorreram as grandes inundações fluviais do Tigre e do Eufrates que deram origem à Lenda do “Dilúvio Universal”, que através da Bíblia, passou a fazer parte do patrimônio místico da humanidade[2].

11. No ano seiscentos da vida de Noé, no mês segundo, aos dezessete dias do mês, naquele mesmo dia se romperam todas as fontes do grande abismo, e as janelas dos céus se abriram,
12. E houve chuva sobre a terra quarenta dias e quarenta noites.
.....
17. E durou o dilúvio quarenta dias sobre a terra, e cresceram as águas e levantaram a arca, e ela se elevou sobre a terra.
18. E prevaleceram as águas e cresceram grandemente sobre a terra; e a arca andava sobre as águas.
19. E as águas prevaleceram excessivamente sobre a terra; e todos os altos montes que havia debaixo de todo o céu, foram cobertos.
20. Quinze côvados acima prevaleceram as águas; e os montes foram cobertos.
.....
24.  E prevaleceram as águas sobre a terra cento e cinquenta dias.
Gênesis Capítulo 7

Mas as principais civilizações nesta região que deixaram marcas profundas até hoje foram os sumérios, acadianos, assírios e, posteriormente, os babilônicos.

A Suméria (na Bíblia, Sinar), geralmente considerada a civilização mais antiga da humanidade, localizava-se na parte sul da Mesopotâmia (apesar disto os proto sumérios surgiram no Norte da Mesopotâmia, no atual Curdistão, tal como não eram originalmente semitas, mas sim invadidos por eles via sul proto árabe), apropriadamente posicionada em terrenos conhecidos por sua fertilidade, entre os rios Tigre e Eufrates. Evidências arqueológicas datam o início da civilização suméria em meados do quarto milénio a.C. 

Entre 3500 e 3000 a.C. houve um florescimento cultural, e a Suméria exerceu influência sobre as áreas circunvizinhas, culminando na dinastia de Ágade, fundada em aproximadamente 2340 a.C. por Sargão I, sendo que este, ao que tudo indica, seria de etnia e língua semitas. Depois de 2000 a.C. a Suméria entrou em declínio, sendo absorvida pela Babilônia e pela Assíria.

O termo "sumério" é na verdade um exônimo[3] aplicado (e, provavelmente, cunhado) pelos acádios. Os sumérios autodescreveram-se como sag-gi-ga (o povo de cabeças negras) e chamaram sua terra Ki-en-gi, “o lugar dos senhores civilizados”. A palavra acadiana Shumer possivelmente representa esse nome num dialeto diferente.

Os sumerianos estabeleceram-se ao norte do golfo Pérsico, na embocadura do Tigre e do Eufrates 4000 anos a.C.. Acredita-se que pertencessem a uma etnia vizinha da dos egípcios.

Por volta de 3200 a.C., já tinham uma escrita feita de desenhos ou pictogramas. Mais primitiva que a dos egípcios, esta escrita era traçada com uma ponta, em tábuas de argila que eram cozidas no forno. Mais tarde, os pictogramas foram substituídos por sinais que representavam não mais objetos, mas sons e sílabas. Como se assemelhavam a cunhas, esta escrita foi chamada cuneiforme.

As cidades sumerianas, das quais a principal tinha o nome de Ur[4], eram construídas sobre vastos terraços artificiais. Cada uma tinha, por chefe, um rei ou governador. Quando morria um deles, enterravam junto suas joias, sua viúva e seus servidores. Os Sumerianos criaram uma arte vigorosa e realista. Usavam roupas tecidas, possuíam exército regular e utilizavam carros com rodas.

Do lado de fora das cidades-estados, ficavam os camponeses e os escravos, que cultivavam: pepinos, cebolas, legumes, trigo e criavam: bois, porcos e cabras. Uma vez que os estados locais cresceram em força bruta os Sumérios começaram a perder sua hegemonia política sobre a maioria das partes da Mesopotâmia.

Atormentados pelos ataques de tribos Elamitas e Amoritas, o império ruiu. Nesta época, os sumérios desapareceram da história, mas a influência de sua cultura nas civilizações subsequentes da Mesopotâmia teve longo alcance. Os Amoritas fundaram a Babilônia. Os Hurritas da Armênia estabeleceram o império de Mitanni na parte norte da Mesopotâmia por volta de 2000 a.C., enquanto os Babilônios controlavam o sul. Ambos os grupos defendiam-se dos Egípcios e dos Hititas. Esses últimos derrotaram Mitani, mas foram expulsos pelos Babilônios. Os Cassitas, entretanto, venceram os babilônios em 1400 a.C.. Os Cassitas foram depois vencidos pelos Elamitas por volta de 1150 a.C..

Alguns historiadores também acreditam que um “El Niño” colossal, acelerou o declínio dessa civilização. Se essa teoria (baseada em documentos arqueológicos em escrita cuneiforme) for verdade, uma enorme seca pode ter levado a uma das maiores ondas de fome da Antiguidade.

Os sumérios legaram para a posteridade o seguinte:

  1. Criação da escrita cuneiforme;
  2. Formação de Formas políticas como cidades-estado e impérios;
  3. Administração e Justiça fundada em códigos e Leis;
  4. Trocas de produção;
  5. Formas de pensamento religioso e místico, fundando uma sociedade Teocrática, politeísta e antropomórfica, comandando as forças da natureza (impregnado do misticismo Neolítico). Ex: ANU (Rei do Céu), ENLIL (Rei da Terra) e EA (Rei do Oceano). Um dos mais importantes deuses astrais (de segunda categoria) era o deus Dumuzi (agrário)[5] que ao representar o ciclo da morte e renascimento dos vegetais é o símbolo da imortalidade do espírito e da eternidade. O culto ao deus agrário foi o germe de todos os mitos e lendas da antiguidade sobre a morte e ressurreição.
Os acadianos passaram a dominar a região por volta do ano 2.350 a.C. sob a liderança de Sargão[6]. O misticismo religioso destes acadianos foi sensivelmente igual ao dos sumerianos, já que como povo guerreiro e conquistador não apresentaram grandes criações culturais[7]. Sargão é o primeiro indivíduo registrado na história a ter criado um império multiétnico governado a partir de um centro, e a sua dinastia governou a Mesopotâmia por cerca de um século e meio.

Acádia foi uma das mais famosas cidades mesopotâmias, cuja riqueza, esplendor e gloriosos soberanos seriam recordados por milênios; e ainda tem muita coisa a ser identificada e escavada. Não dispomos ate hoje de registro arqueológico da existência da cidade, nem depósitos de fundações, nem arquivos, nem sepulturas, nenhuma sequência estratificada de entulho, nenhum remanescente arquitetônico, nada de tijolos com inscrições para identificar o local. Mesmo assim, a realidade de Acádia como a nova capital de um estado fundado por Sargão nunca esteve em dúvida porque o nome da cidade aparece em documentos escritos a partir da segunda metade do terceiro milênio, provenientes de outros sítios arqueológicos mesopotâmios, além das frequentes referências a Acádia na literatura cuneiforme, em augúrios e títulos régios. Acádia era conhecida como o centro do mais bem-sucedido império jamais visto, o qual se estendia aos quatro cantos do mundo. Tão prestigioso era o seu nome que os reis babilônios intitularam-se “rei de Acádia” até o advento do período persa.

A cidade/região alcançou seu cume de poder entre os séculos XXVI a.C. e XXII a.C., antes da ascensão da Babilônia, além de representar o núcleo do reino bíblico de Nimrod[8] na terra de Sinar[9].

Os babilônicos (provavelmente fundado em 1950 a.C e com duração aproximada de 1.000 anos) edificaram o seu império paulatinamente e acabaram por ocupar toda a Mesopotâmia.


Apesar de não ter sido uma civilização inovadora, foi graças aos babilônicos que as criações sumerianas chegaram à nossa humanidade:

  1. De inspiração Teocrática, criou o chamado Código de Humurabi[10] que é um dos mais belos documentos da história universal. Nele consta a codificação do direito natural e consuetudinário e a compilação de todos os códigos sumerianos;
  2. Acreditavam na sobrevivência integral, ou seja, material e espiritual;
  3. Criou além dos Deuses, um séquito de demônios que eram responsáveis pelas más influencias;
  4. A noção de pecado não existia, e a verdadeira piedade era aplacar a ira dos deuses com oferendas e sacrifícios ou através de práticas de magia;
  5. A religião era estatizada, pois cada cidade-estado tinha o seu próprio deus senhor, com seu próprio templo, acima do qual reinava o deus sol. Os templos eram erguidos com uma torre em degraus (daí a lenda da Torre de Babel);
  6. O povo jamais entrava nos Templos, que só tinham acesso os sacerdotes;
  7. A Magia, a adivinhação e a astrologia, estão entre as contribuições mais duráveis da civilização babilônica;
  8. Houve as primeiras observações astronômicas;
  9. Ao elaborar o seu sistema cosmológico fizeram, então, uso das doze constelações principais, através dos quais o Sol e a Lua passam regularmente, e que foram precursoras do Zodíaco. As associações entre os astros com os deuses acabaram formando a base do saber astrológico, com os astros atuando sobre os homens e sobre as forças da natureza;
  10. Com grande saber matemático, chegaram a adquirir grandes conhecimentos matemáticos, prevendo eclipses e distinguindo planetas de estrelas;
  11. Passaram a conhecer os ciclos da Lua e aplicaram os conhecimentos à agricultura. Dividiram o ano em 12 meses lunares, os meses em semanas, as semanas em sete dias (cada consagrado a um astro) e os dias em 24 horas, as horas em 60 minutos e os minutos em 60 segundos. Por influência Babilônica, em espanhol, por exemplo, os dias da semana são assim denominados: Lunes (Lua), Martes (Marte), Miercoles (Mercúrio), Jueves (Júpiter), Viernes (Vênus), Sábado (Saturno) e Domingo (Sol);

Influência do Misticismo Mesopotâmico na Maçonaria

Na Maçonaria como também nas outras sociedades iniciáticas e sistemas filosóficos, bem como as religiões tiveram grande influência das sociedades místicas surgidas durante o período da civilização mesopotâmica, principalmente os babilônicos. 

Poderíamos dizer com bastante aproximação à verdade, de que os babilônicos são o berço da civilização como a conhecemos.

Influências:

i.              O mito solar. Na maçonaria o mito solar assume fundamental importância mística uma vez que a caminhada do iniciado representa uma marcha em direção à luz, meta transcendental nos povos antigos;
ii.            O templo maçônico é cósmico, pois representa a Terra, seus pontos cardeais e seu firmamento. As duas colunas vestibulares representam os trópicos e a linha divisória imaginária é o equador terrestre;
iii.           O teto dos templos é uma representação do firmamento, que foi um fascínio dos povos mesopotâmicos. Os principais cargos de dirigentes de uma Loja Maçônica também são associados ao misticismo dos povos babilônicos, que engloba os sete planetas conhecidos na antiguidade;
iv.           Por influência da Astrologia, dos quais os sumerianos foram pioneiros e os babilônicos aprofundaram os conhecimentos, os templos maçônicos apresentam as doze colunas encimadas pelos signos zodiacais;
v.            A maior influência, no entanto, é com relação ao mito do deus agrário Dumuzi, precursor de todas as lendas sobre os mistérios da morte e da ressurreição tão presente na Maçonaria e de alto significado espiritual e esotérico. A lenda de Dumuzi está presente na lenda de Osíris (Egipcios), na lenda Deméter (Grécia), Ceres (Roma) e nas lendas de Jesús (Católicos e Cristãos).




[1] - No atual Iraque.
[2] - Castellani, José – Rito Escocês Antigo e Aceito
[3] - Um nome pelo qual um nome próprio é conhecido em outra língua que não aquela(s) falada(s) nativamente. Em outras palavras, exônimos são nomes estrangeiros para nomes próprios.
[4] - Ur foi uma cidade da Mesopotâmia localizada a cerca de 160 km da grande Babilônia, junto ao rio Eufrates, habitada na Antiguidade pelos caldeus e que, de acordo com o livro de Génesis, foi a terra natal do patriarca dos hebreus Abraão, considerada também a maior cidade de sua época.
[5] - Dumuzi era uma antiga divindade suméria. O eterno apaixonado da deusa Inanna, trata-se de um humano que acabou por se tornar num deus, estando associado à vegetação e à agricultura, porquanto é um deus que morreu jovem, e ressuscitou no ano seguinte (e assim sucede também com a vegetação, que todos os anos renasce). É o oposto de An, um deus verdadeiramente imortal, e por isso mesmo tido por idoso, mas também por culto e experiente. Foi muito cultuado, mais tarde, em Babilónia, sob o nome de Tamuz. A sua lenda está quase de certeza por de trás de outros cultos antigos, designadamente o de Baal nas terras de Canaã e o de Adónis na Grécia Clássica.
[6] - Sargão da Acádia, também conhecido como Sargão, o Grande ( "o verdadeiro rei" ou "o rei é legítimo"), foi um imperador acádio célebre por sua conquista das cidades-estados sumérias nos séculos XXIV e XXIII a.C.. Fundador da dinastia de Acade, Sargão reinou por 56 anos, de 2270 a 2215 a.C. (cronologia curta). Tornou-se um membro proeminente da corte real de Kish, acabando por derrubar o rei local antes de partir para a conquista da Mesopotâmia. O vasto império de Sargão teria se estendido de Elam ao mar Mediterrâneo, incluindo toda a Mesopotâmia, partes dos atuais Irã e Síria, e possivelmente partes da Anatólia e da península Arábica. Governou a partir de uma nova capital, Acade (Akkad), que a lista de reis sumérios alega ter sido construída por ele (ou possivelmente reformada), situada na margem esquerda do Eufrates.
[7] - Castellani, José – Rito Escocês Antigo e Aceito
[8] - Nimrod (também grafado Ninrode ou Nemrod) é um personagem biblico descrito como o primeiro poderoso na terra (Génesis 10:8; 1 Crónicas 1:10). Filho de Cush, que era filho de Cam, que era filho de Noé. Os escritos rabínicos derivaram o nome Ninrode do verbo hebraico ma·rádh, que significa "rebelar". Assim, o Talmude Babilônico (Erubin 53a) declara: "Então, por que foi ele chamado de Ninrode? Porque incitou todo o mundo a se rebelar (himrid) contra a Sua soberania." Segundo a Bíblia, o reinado de Nimrod incluía as cidades de Babel, Arac (Araque), Acad e Calene (Calné), todas na terra de Sinear ou Senaar (Génesis 10:10). Foi, provavelmente, sob o seu comando que se iniciou a construção de Babel e da sua torre. Tal conclusão está de acordo com o conceito judaico tradicional. Sobre este homem, Josefo escreveu: "Pouco a pouco, transformou o estado de coisas numa tirania, sustentando que a única maneira de afastar os homens do temor a Deus era fazê-los continuamente dependentes do seu próprio poder. Ele ameaçou vingar-se de Deus, se Este quisesse novamente inundar a terra; porque construiria uma torre mais alta do que poderia ser atingida pela água e vingaria a destruição dos seus antepassados. O povo estava ansioso de seguir este conselho, achando ser escravidão submeter-se a Deus; de modo que empreenderam construir a torre [...] e ela subiu com rapidez além de todas as expectativas." — Jewish Antiquities (Antiguidades Judaicas), I, 114, 115 (iv, 2, 3).
[9] - O termo "Sinar", ou, menos frequentemente, Shinar, é uma designação de característica ampla, aplicada à Mesopotâmia, aparecendo 8 vezes na Bíblia Hebraica.
[10] - Humurabi, nascido supostamente por volta de 1810 a.C. e falecido em 1750 a.C. Conseguiu, durante o seu reinado, conquistar a Suméria e Acádia, tornando-se o primeiro rei do Império babilônico. Hamurabi reinou de 1792 a.C. até sua morte, em 1750 a.C., tendo ampliado a hegemonia da Babilônia por quase toda a Mesopotâmia, iniciando pela dominação do sul, tomando Ur e Isin do rei de Larsa no início de seu reinado. A estela do Código de Hamurabi foi encontrada em Susa em 1901. Nela, além da coleção de cerca de 282 artigos (mais apropriadamente casos de jurisprudência), pode-se ver a imagem de Hamurabi em frente ao trono do deus Shamash.

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