domingo, 15 de abril de 2018
"Evolucionismo ou Criacionismo, o que diz a Maçonaria". Em breve...
"Evolucionismo ou Criacionismo, o que diz a Maçonaria" novo artigo no prelo. Em breve!!!
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sábado, 14 de abril de 2018
A Ciência Moderna e a Maçonaria - A Busca de uma Consciência Superior.
Por:
Irm.'. Luis Genaro Ladereche Figoli
M.'.I.'. Grau 32°
Heine, poeta e filósofo alemão, dizia que "não existe plágio na filosofia", é claro se não houver cópia literal do pensamento de outrem e apor nossa assinatura. Num nível mais alto e sutil, muito além do pragmatismo da vida cotidiana, sabemos que as ideias fundamentais da filosofia "pairam na atmosfera", reclamando somente uma atenção maior, um poder de percepção mais aguçado e, sobretudo, o raro dom de síntese a fim de serem sistematizadas, trazidas até o nosso mundo das idéias e dos ideais. Todos os conceitos expressos neste artigo já são conhecidos. Estão disponíveis na mídia mundial, em livros recentemente escritos, com as novas descobertas científicas. Também se encontram em nossos escritos maçônicos, com mais de duzentos anos, alguns com vários milenios, como vamos ver. O nosso propósito foi traçar um paralelo entre estas informações dispersas e aparentemente desconexas, entre a ciência moderna e nossa filosofia como forma de demonstrar que há, por traz de tudo isso, um conceito maior, que talvez esteja em nossa frente e não o consigamos perceber. Esta é minha tentativa de modesta contribuição. Tentar unir as pontas aparentemente desligadas e, em alguns casos, contraditórias.
Na física:
Somos feitos de vazios!!!. Pois bem, não estou me referindo a vazios existenciais, mas de vazios físicos mesmo. Explico: em nosso corpo existem 7 octilhões de átomos, os quais existem de 14,7 bilhões (o hidrogênio por exemplo) a 11 bilhões de anos (o carbono por exemplo). Somos assim, poeira das estrelas, mas esse não é o papo. O mais impressionante é que os átomos são compostos de grandes espaços “vazios”. Noventa e nove por cento, segundo a física quântica. A sua estrutura é similar à do sistema solar: uma parte central concentra a massa (núcleo/sol) e partículas giram ao seu redor (elétrons/planetas). Os elétrons, porém, se movimentam como ondas. Sua trajetória não é determinada por uma órbita regular, mas por um cálculo de probabilidades. Exemplificando, se pudéssemos amplificar um próton de um átomo de hidrogênio, ao tamanho de nosso Sol, o elétron que órbita em torno dele, estaria distante a incríveis 47 bilhões de quilômetros, ou seja oito vezes mais distantes do que a distância do Sol a Plutão. Outro comparativo: se este próton tivesse o tamanho de uma bola de gude, o elétron de encontraria a 2.000 quilômetros de distância. Entre eles, vazio. Se um átomo tivesse um centímetro de raio, seu núcleo teria 800 bilhões de quilogramas, ou seja, sua massa seria semelhante à de um arranha-céus. A densidade, então, seria aproximadamente 1,91x1013 kg/m3. Em suma, cada um de nós, além de pertencer ao Universo (e ser sua consciência existencial) somos compostos por um gigantesco universo interno, com mais de 99% de vazios ou de matéria ou energia escura que até hoje não sabemos o que é!!!!
E na Maçonaria:
Como sabemos, nossa filosofia, repositório dos antigos mistérios das mais diversas civilizações, desde que o homo sapiens sofreu a revolução cognitiva à aproximadamente 70 mil anos atrás, construiu suas teses a partir da contemplação e, fundamentalmente, da inspiração fruto da meditação e do contato com uma consciência ampliada e superior, que chamamos de Verdade.
Desde cedo, na Ordem, aprendemos que nosso Templo é uma representação do Universo. Mas também aprendemos que temos o Templo Exterior e o Interior. E o que o nosso Templo Interior também é um Universo.
Sabemos também que a busca é interior, pois "tudo que tem encima, tem embaixo, e o que esta dentro é como o que está fora". Esta é uma das Leis do Hermetismo, que é um conjunto de princípios atribuídos a Hermes Trimegisto que formam uma filosofia que ficou conhecida como Hermetismo.
Hermes Trimegisto viveu, segundo se especula, por volta de 1.300 a.C..A literatura Hermética hoje em dia foi quase perdida. Estima-se que Hermes Trismegisto fora a inspiração para diversos pensadores da Antiguidade que o sucederam, como Sócrates, Platão e Aristóteles.
Seus conhecimentos encontrariam particular força na Idade Média, quando os Alquimistas estudavam os princípios Herméticos sob o pretexto de transformar chumbo em ouro. Todavia, a escusa utilizada pelos Alquimistas não passava de um pretexto. Seu verdadeiro objetivo era estudar o processo de transformação do ser humano. Como o ouro, o objetivo era transformar a essência humana imune à desintegração.
Através da contemplação e da cognição, talvez, com acesso a uma consciência superior (ou outra dimensão da nossa própria consciência), os filósofos e as civilizações antigas "intuíram" o que hoje estamos "descobrindo" através da ciência. E a Maçonaria, como repositório destas antigas civilizações e seus mistérios, traduz hoje em dia para cada um de nós, este conhecimento (Kabbalah) na forma de pilulas sobre a Verdade.
Nossa filosofia e a ciência não se chocam, se complementam. Nossa realidade sensitiva (fruto dos estímulos de nossos cinco sentidos no ambiente) é uma pequena porção da realidade. Somos mais do que corpo material, com cognição e inteligência. A ciência ainda não consegue explicar (e talvez nunca consiga) qual a verdadeira dimensão da realidade. Pesquisas recentes buscam demostrar que poderemos co-existir em várias dimensões de realidade, ou em diversos Universos chamados de Mulltiversos (e já há modelos matemáticos que conseguem se aproximar desta tese). Assim, o que enxergamos, ouvimos, cheiramos, tocamos e sentimos o gosto, pode ser apenas uma "ilusão" da nossa mente. "O Todo é Mente; o Universo é mental", dizia Trimegisto à mais de 3.000 anos atrás.
Damos demasiada importância a este ciclo de nossa existência, que sequer sabemos se ela é real ou não. Descuidamos do essencial, preocupados no aparente. Precisamos prestar atenção nos ensinamentos que a nossa filosofia nos traz, nesta escalada que se nos apresenta (simbolicamente representada pela Escada de Jacó) que, muito além do que a religação ao Divino, se propõe a buscar a Luz, que pode ser a nossa Verdadeira Consciência Superior. E o caminho que se propõe é através da prática continuada da Virtude, cujas expressões máximas não: Fé, Esperança e o Amor Fraternal.
Somos matéria em 99% de vazios incongnisíveis!!!! Pretendemos ser a consciência do Universo, quando estamos limitados a cinco sentidos primários, e sequer sabemos como chegamos até aqui, e para onde devemos ir!!!! Precisamos atingir níveis mais elevados de nossa consciência, níveis mais situis, que nos permitam (através da meditação), buscar a Verdade oculta. Esta é a grande tarefa da Maçonaria e de nós Maçons. E esta poderá ser a grande contribuição que daremos à humanidade.
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domingo, 25 de março de 2018
O Anel de Giges e o Maçom - Divagações Filosóficas
Por Luis Genaro Ladereche Figoli
M.'.I.'. (M.'. Moshe)
Grau 32°
Giges era um pastor que morava na região da Lídia. Após uma tempestade, seguida de um tremor de terra, o chão se abriu e formou uma larga cratera onde ele apascentava seu rebanho.
Surpreso e curioso, o pastor desceu até a cratera e descobriu, entre outras coisas, um cavalo de bronze, cheio de buracos através dos quais enfiou a cabeça e viu um grande homem nu que parecia estar morto.
Ao avistar um belo anel de ouro na mão do morto, Giges o tirou e tratou de fugir logo dali. Mais tarde, reunindo-se com os outros pastores para fazer o relatório mensal dos rebanhos ao rei, Giges usou o anel.
Após tomar seu lugar entre os pastores na Assembleia, ele girou por acaso o engaste do anel para o interior da mão e imediatamente tornou-se invisível para os demais presentes.
E foi assim, totalmente invisível, que Giges ouviu os colegas o mencionarem como se ele não estivesse ali. Mexeu novamente o engaste do anel para fora da mão e tornou a ficar visível. Admirado com a descoberta desse poder, Giges repetiu a experiência para confirmar a magia. Seguro de si, sem titubear, ele dirigiu-se ao palácio, seduziu a rainha, matou o rei a apoderou-se do trono.
Platão afirma que, tanto faz se colocarmos um anel desses no dedo de um homem justo e outro no dedo de um homem injusto, o fato é que não encontraremos ninguém com temperamento suficientemente forte para permanecer fiel à justiça e resistir à tentação de se apoderar dos bens e dos benefícios de outrem.
A Moral ela independe da repressão e do controle. Assim o entende a Maçonaria. A alegoria feita por Platão em seu livro "A República" tenta demonstrar que o homem, justo ou não, precisa de regras e normas, bem como de controle, para que não haja desvio de sua conduta.
Para o Maçom, o controle é a sua consciência. Mesmo com o anel, mesmo invisível, mesmo em condição de não ser percebido o seu erro ético ou moral, em último grau, a solidão de sua consciência o condenará. Por isso a nossa filosofia moral é superior. A condenação se dá dentro de nós em primeiro lugar!!! Somos instrumentos da mudança da sociedade. Precisamos agir ativamente dentro da sociedade, levando nossos conceitos morais, a todos aqueles que se relacionam conosco, como forma de buscarmos uma sociedade mais justa e mais perfeita.
De alguma forma, a Maçonaria nos dá o Anel de Giges para que possamos testar nosso comportamento moral, e o nível de nossa consciência. O Anel é a fraternidade. Saiba o que fazer com ele.
Fonte:
- Wikipedia (lenda);
- A República - Platão;
- Clóvis de Barros Filho, "Ética, o Invisível e o Virtuoso"
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