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A crença em divindades tem sido uma parte essencial da vida
humana desde tempos imemoriais. Ao longo da história, diferentes culturas e
civilizações têm adorado uma variedade de deuses e deusas, cada um com
características e propósitos únicos. Na filosofia e na maçonaria, os deuses
também são um tema importante e significativo. Neste artigo, exploraremos as
perspectivas sobre os deuses na filosofia e na maçonaria, suas crenças e
concepções.
OS DEUSES NA FILOSOFIA:
Na filosofia, a crença em deuses é um tema complexo e
variado. A maioria das tradições filosóficas[1] considera os deuses como
entidades sobrenaturais que possuem poder e agência sobre a natureza e os seres
humanos. No entanto, a interpretação exata do que é um deus pode variar
dependendo da tradição filosófica.
Na filosofia ocidental[2], por exemplo, a crença em
deuses é frequentemente associada ao teísmo, que é a ideia de que há um Deus
único e todo-poderoso que criou o universo e governa o mundo. O teísmo é uma
posição comum em religiões abrahâmicas, como o cristianismo, o judaísmo
e o islamismo.
Por outro lado, a filosofia oriental[3], como o hinduísmo e o
budismo, apresenta concepções diferentes sobre os deuses. No hinduísmo, por
exemplo, os deuses são vistos como manifestações do divino supremo, Brahman. Já
no budismo, os deuses são seres que habitam em planos superiores de existência
e são considerados parte da roda do samsara, o ciclo de nascimento e morte.
Na filosofia, a concepção dos deuses pode variar amplamente
de acordo com as diferentes tradições. Além das tradições mencionadas
anteriormente, como a filosofia ocidental e oriental, há outras que apresentam
suas próprias concepções sobre os deuses. Por exemplo, na filosofia
africana, os deuses são frequentemente vistos como entidades pessoais que
interagem com os seres humanos e influenciam suas vidas.
A filosofia também tem se concentrado na questão da
existência de deuses e na possibilidade de conhecê-los. O debate sobre a
existência de Deus é conhecido como a questão da teodiceia[4].
Filósofos como Santo Agostinho e Tomás de Aquino argumentam a favor da
existência de Deus por meio da observação da natureza e da razão. Por outro
lado, filósofos como Friedrich Nietzsche e Jean-Paul Sartre argumentam contra a
existência de Deus e propõem uma visão mais secular do mundo.
Os deuses também são um tema importante na arte, literatura
e mitologia de diferentes culturas e civilizações. Na mitologia grega, por
exemplo, os deuses são apresentados como entidades com personalidades complexas
e humanas, com poderes sobre a natureza e os seres humanos. Na mitologia
egípcia, os deuses são frequentemente associados a animais e representados em
hieróglifos e obras de arte.
O surgimento do Monoteísmo:
A crença em um Deus único e supremo é uma característica
presente em várias religiões e tradições espirituais em todo o mundo. No
entanto, a origem exata dessa crença é um assunto debatido entre estudiosos e
pode variar de acordo com a perspectiva cultural, religiosa e histórica.
Algumas teorias sugerem que a crença em um Deus único e
supremo pode ter se originado em sociedades primitivas que adoravam deidades
locais e antepassados, mas que gradualmente passaram a reconhecer a existência
de um poder divino maior que governava todas as coisas. Outras teorias
apontam para a influência de grandes líderes religiosos, como Moisés, Buda e
Maomé, que pregaram a existência de um único Deus e fundaram tradições
religiosas que se expandiram por todo o mundo.
Uma das primeiras referências históricas à crença em um Deus
único vem do antigo Egito, onde o faraó Amenófis IV[5] promoveu uma reforma
religiosa no século XIV a.C., na qual instituiu o culto ao deus solar Aton como
única divindade. No entanto, a religião egípcia não se tornou monoteísta de
forma duradoura.
Já no judaísmo, a crença em um Deus único e supremo remonta
à figura de Abraão, que é considerado o pai fundador da tradição. Segundo a
narrativa bíblica, Deus teria se revelado a Abraão como o único Deus
verdadeiro e teria feito uma aliança com ele e com seu povo.
De forma geral, a crença em um Deus único e supremo se
consolidou em várias tradições religiosas em todo o mundo ao longo dos séculos,
e é considerada uma das características fundamentais dessas tradições.
DEUS EXISTE?
A questão da existência de Deus é um tema complexo e
controverso que tem sido objeto de debate ao longo da história da humanidade.
Existem diferentes perspectivas filosóficas, religiosas e científicas sobre a
existência de Deus, e cada uma delas tem argumentos e evidências que podem ser
considerados.
Do ponto de vista religioso, a crença em Deus é muitas vezes baseada na fé e na revelação divina. Para os seguidores de muitas religiões, Deus é considerado uma entidade real e transcendente, que governa o universo e guia a vida dos seres humanos. A existência de Deus é vista como uma verdade fundamental que não pode ser provada ou refutada através de argumentos lógicos ou evidências empíricas.
Sob o ponto de vista filosófico, a questão da existência de Deus é frequentemente abordada através de argumentos ontológicos[6], cosmológicos[7] e teleológicos[8]. Por exemplo, o argumento ontológico parte da ideia de que a existência de Deus é necessária para explicar a existência do universo, enquanto o argumento cosmológico se baseia na ideia de que Deus é a causa primeira e não-causada do universo. Já o argumento teleológico parte da ideia de que a complexidade e ordem do universo são evidências da existência de um designer inteligente.
Ainda, do ponto de vista científico, a questão da existência de Deus tem sido abordada de diferentes maneiras. Algumas correntes científicas, como o criacionismo (ver capítulo próprio) e o “design inteligente”[9], defendem a existência de Deus como a causa última do universo e da vida. No entanto, outras correntes científicas, como o naturalismo[10] e o materialismo[11], argumentam que não há evidências empíricas ou lógicas que suportem a existência de um poder divino.
A Bíblia, por exemplo, é uma fonte importante
de ensinamentos sobre a existência de Deus para muitos cristãos. O livro do
Gênesis, por exemplo, afirma que Deus criou o universo em seis dias e que a
humanidade foi criada à sua imagem e semelhança (Gênesis 1-2). Além disso,
muitos salmos e profecias do Antigo Testamento enfatizam a soberania e o poder
de Deus, bem como sua presença constante na vida dos crentes.
Por exemplo:
·
Salmo 139:7-10 - "Para onde poderia eu
escapar do teu Espírito? Para onde poderia fugir da tua presença? Se eu subisse
aos céus, lá estarias; se eu descesse ao mundo dos mortos, lá estarias também.
Se eu voasse para o oriente ou fosse morar nos lugares mais distantes do
ocidente, ainda lá a tua mão me guiará, e a tua direita me susterá."
·
Isaías 40:28 - "Não sabes, não ouviste que
o eterno Deus, o Senhor, o Criador dos fins da terra, nem se cansa nem se
fatiga? É inescrutável o seu entendimento."
·
Salmo 33:6-9 - "Pela palavra do Senhor
foram feitos os céus, e pelo sopro da sua boca, todo o exército deles. Ele
ajunta em montões as águas do mar; ele põe em tesouros os abismos. Que todo o
mundo tema o Senhor; que todos os habitantes do mundo o temam. Pois ele falou,
e tudo se fez; ele ordenou, e tudo surgiu."
·
Jeremias 32:17 - "Ah, Soberano Senhor! Tu
fizeste os céus e a terra com o teu grande poder e com o teu braço estendido.
Nada é impossível para ti."
·
Salmo 147:4-5 - "Ele conta o número das
estrelas e a todas elas chama pelos nomes. Grande é o nosso Senhor, e grande é
o seu poder; a sua sabedoria é infinita."
Esses são apenas alguns exemplos de como o Antigo Testamento
enfatiza a soberania, o poder e a presença constante de Deus na vida dos
crentes.
Voltando ao ponto de vista filosófico, muitos argumentos clássicos para a existência de Deus têm sido propostos ao longo da história, desde os argumentos ontológicos de Santo Anselmo e René Descartes, até os argumentos cosmológicos de Tomás de Aquino e Leibniz, e os argumentos teleológicos de William Paley e outros. A obra "Suma Teológica"[12] de Tomás de Aquino é considerada uma das principais obras da filosofia medieval, na qual o autor apresenta vários argumentos a favor da existência de Deus, incluindo o argumento cosmológico e o argumento teleológico.
O “DEUS DA LACUNA”:
O termo "Deus da lacuna" se refere à ideia de que
Deus é utilizado para preencher lacunas no nosso conhecimento científico. Ou
seja, quando não entendemos algo, atribuímos a existência ou ação de Deus como
uma explicação para o que não conseguimos compreender. Essa ideia tem sido
criticada por muitos filósofos e cientistas, pois implica que Deus só é
necessário como uma explicação quando a ciência não pode oferecer uma.
Na filosofia da religião, essa ideia é considerada uma
falácia, conhecida como argumento da ignorância. O argumento da ignorância
afirma que algo é verdadeiro porque não foi provado ser falso, ou vice-versa.
Ou seja, a falta de conhecimento ou evidência não é uma justificativa para
assumir a existência ou ação de Deus.
Para muitos filósofos, o conceito de Deus não deve ser visto
como uma explicação alternativa para lacunas em nosso conhecimento científico,
mas como uma questão de fé e crença pessoal. Assim, a existência ou não
existência de Deus não pode ser provada ou refutada cientificamente, mas é uma
questão de interpretação pessoal e filosófica.
A ideia do "Deus da lacuna" é frequentemente
rejeitada por filósofos e cientistas, que argumentam que a falta de
conhecimento científico não deve ser uma justificativa para assumir a
existência ou ação de Deus. A questão da existência ou não de Deus é uma
questão de crença pessoal e filosófica, e não pode ser provada ou refutada
cientificamente.
A NATUREZA DE DEUS:
A natureza de Deus tem sido objeto de reflexão e debate por
filósofos, teólogos e estudiosos de várias religiões ao longo da história.
Algumas das características comumente associadas à natureza de Deus incluem:
- Onipotência:
a crença de que Deus é todo-poderoso e capaz de fazer qualquer coisa que
esteja de acordo com a sua vontade.
- Onisciência:
a crença de que Deus é todo-conhecedor e tem conhecimento total de todas
as coisas que já aconteceram e que ainda vão acontecer.
- Onipresença:
a crença de que Deus está presente em todos os lugares ao mesmo tempo.
- Eternidade:
a crença de que Deus sempre existiu e sempre existirá.
- Amor:
a crença de que Deus é amoroso e se preocupa com a humanidade.
- Justiça:
a crença de que Deus é justo e recompensa as pessoas de acordo com suas
ações.
- Misericórdia:
a crença de que Deus é misericordioso e perdoa as pessoas que se
arrependem de seus erros.
8. Transcendência:
a crença de que Deus transcende o mundo físico e está além da compreensão
humana.
9. Imutabilidade:
a crença de que Deus é imutável e não muda com o tempo.
10. Santidade: a crença de que Deus é santo e
puro.
11. Criatividade:
a crença de que Deus é o criador de todas as coisas e é responsável pela
existência e sustento do universo.
- Graça:
a crença de que Deus oferece sua graça, ou favor imerecido, aos seres
humanos, apesar de suas falhas e pecados.
- Sabedoria:
a crença de que Deus é sábio e conhece o melhor caminho para a humanidade
seguir.
- Liberdade:
a crença de que Deus concedeu aos seres humanos o livre arbítrio para
fazer escolhas e decidir seus próprios destinos.
- Bondade:
a crença de que Deus é bom e tem boas intenções para a humanidade.
- Trindade:
a crença de que Deus é uma entidade tripartite, consistindo do Pai, do
Filho (Jesus Cristo) e do Espírito Santo.
- Providência:
a crença de que Deus guia e dirige a história humana e intercede em
eventos para trazer um bem maior.
- Infinitude:
a crença de que Deus é infinito em todas as suas características,
incluindo amor, poder e sabedoria.
- Transparência:
a crença de que Deus se comunica com a humanidade através da revelação
divina, como textos sagrados, profetas ou experiências pessoais.
- Humildade:
a crença de que Deus é humilde e desceu para a terra em forma humana, como
Jesus Cristo, para experimentar a vida como ser humano e oferecer salvação
aos pecadores.
Essas são apenas algumas das muitas crenças sobre a natureza
de Deus. As diferentes tradições religiosas e filosóficas oferecem várias
perspectivas sobre a natureza de Deus e essas crenças podem ser influenciadas
por fatores como cultura, história e experiência pessoal.
Em outras religiões a natureza de Deus pode ser entendida de
forma diferente:
- Hinduísmo:
O hinduísmo é uma religião politeísta, mas acredita em um Deus supremo,
chamado Brahman[13]. Brahman é visto
como a fonte de todas as coisas e é entendido como uma força impessoal que
permeia todo o universo.
- Budismo:
O budismo não acredita em um Deus criador, mas sim em um estado de
iluminação alcançado pelos seres humanos, conhecido como Buda. Os budistas
podem se referir a uma força cósmica, mas não acreditam em um Deus
pessoal.
- Judaísmo:
O judaísmo é uma religião monoteísta que acredita em um Deus pessoal, que
criou o mundo e é todo-poderoso e justo. Deus é visto como o legislador da
lei judaica, que é vista como um guia para a vida moral.
- Islamismo:
O islamismo é uma religião monoteísta que acredita em um Deus único e
onipotente, chamado Alá[14].
Alá é visto como um Deus pessoal que criou o universo e julgará as pessoas
no Dia do Juízo Final.
- Xintoísmo:
O xintoísmo é uma religião politeísta que acredita em muitos deuses e
espíritos. Os deuses são vistos como seres que habitam o mundo natural e
são honrados em cerimônias e rituais.
- Sikhismo:
O sikhismo é uma religião monoteísta que acredita em um Deus único,
chamado Waheguru[15]. Deus é visto como
um ser pessoal que criou o universo e é todo-poderoso e justo.
As religiões afro também possuem suas próprias concepções
sobre a natureza de Deus:
- Candomblé:
O candomblé é uma religião que cultua orixás, que são deuses e deusas da
natureza. Os orixás são vistos como seres que têm poder sobre diferentes
aspectos da vida e são honrados em cerimônias e rituais.
- Umbanda:
A umbanda é uma religião que mistura elementos do candomblé, do
espiritismo e do catolicismo. Ela acredita em um Deus único e onipotente,
que é visto como uma energia divina que permeia todo o universo.
- Batuque:
O batuque é uma religião afro-brasileira que cultua orixás, assim como o
candomblé. Os orixás são vistos como seres divinos que têm o poder de
influenciar a vida das pessoas e são honrados em cerimônias e rituais.
- Santeria:
A santeria é uma religião afro-cubana que mistura elementos do catolicismo
com as crenças africanas. Ela acredita em orixás, que são vistos como
seres divinos que governam diferentes aspectos da vida, como o amor, a
fertilidade e a saúde.
Cada religião afro possui suas próprias tradições e crenças
sobre a natureza de Deus e sua relação com o mundo natural. Essas crenças são
geralmente transmitidas oralmente e podem variar de acordo com a região e as
influências culturais e religiosas locais.
Por outro lado, vários filósofos se dedicaram a tentar
explicar a natureza de Deus. Vejamos:
- Platão[16]: Platão acreditava
em um Deus único e supremo, que criou o universo e é a fonte de todo o bem
e da verdade. Ele também acreditava que a alma humana tem uma natureza
divina e busca retornar ao mundo de Deus.
- Aristóteles[17]: Aristóteles
acreditava em um Deus como um ser necessário e eterno que era a causa do
movimento e mudança no universo. Ele também acreditava que Deus era
perfeito, imutável e imperturbável.
- Santo
Agostinho[18]:
Agostinho, um filósofo cristão, acreditava em um Deus único e supremo que
criou o universo e é a fonte do bem e da verdade. Ele também acreditava
que a natureza humana é corrupta devido ao pecado original e que a
salvação só pode ser alcançada através da graça divina.
- Tomás
de Aquino[19]:
Tomás de Aquino, um filósofo e teólogo cristão, acreditava em um Deus
único e supremo que é a causa primeira de todas as coisas e é a fonte do
bem e da verdade. Ele também argumentou que a existência de Deus pode ser
provada através da razão e da observação do mundo natural.
- Baruch
Spinoza[20]:
Spinoza, um filósofo holandês, acreditava em um Deus que era idêntico ao
universo e que tudo o que existe é uma manifestação de Deus. Ele também
acreditava que a natureza é governada por leis naturais e que não há
livre-arbítrio.
- Immanuel
Kant[21]:
Kant, um filósofo alemão, argumentou que a existência de Deus não pode ser
provada através da razão, mas deve ser aceita como uma questão de fé. Ele
também acreditava que Deus é o fundamento da moralidade e que a razão
humana é limitada em sua compreensão de Deus.
Esses são apenas alguns dos muitos filósofos que ofereceram
visões sobre a natureza de Deus. As visões filosóficas sobre Deus podem ser
influenciadas pela religião, cultura, história e experiência pessoal do
filósofo.
DEUS E O MAL:
A pergunta fundamental que muitas pessoas fazem é: se Deus é onipotente, onisciente e totalmente benevolente, então por que ele permite que o mal exista?
Antes de explorar essa questão, é importante entender
algumas definições básicas. Em primeiro lugar, Deus é geralmente definido como
um ser supremo que criou o universo e tem controle absoluto sobre ele. Ele é
considerado onipotente, o que significa que ele tem todo o poder e é capaz de
fazer qualquer coisa que seja possível. Ele também é onisciente, o que
significa que ele sabe tudo o que acontece em todo o universo. Finalmente, ele
é considerado benevolente, o que significa que ele é completamente amoroso e
compassivo em relação a todos os seres vivos.
O mal, por outro lado, é geralmente definido como qualquer
coisa que cause sofrimento, dor ou dano a seres vivos. Isso pode incluir ações
violentas, doenças, desastres naturais e outros eventos negativos.
Então, voltando à questão principal: se Deus é onipotente,
onisciente e benevolente, por que ele permite que o mal exista? Existem várias
respostas possíveis para essa pergunta, dependendo da perspectiva filosófica ou
religiosa adotada.
Uma resposta possível é que Deus permite o mal como uma
consequência inevitável do livre-arbítrio humano. Isso significa que Deus
nos deu liberdade para escolher nossas próprias ações, incluindo as más. Ele
não interfere em nossas escolhas, mesmo quando elas causam sofrimento a outras
pessoas. Essa visão é comum em muitas tradições religiosas, como o
cristianismo, o judaísmo e o islamismo.
Outra resposta possível é que o mal é necessário para o
desenvolvimento humano. Algumas pessoas argumentam que, sem o sofrimento e
a dor causados pelo mal, nunca teríamos a oportunidade de crescer e amadurecer
como seres humanos. Essa visão é muitas vezes associada à filosofia estoica[22].
Outra resposta é que o mal não é real, mas sim uma ilusão.
Alguns filósofos e teólogos argumentam que o mal é apenas a ausência de bem,
assim como a escuridão é apenas a ausência de luz. Nessa visão, Deus é a fonte
de todo o bem, mas o mal é simplesmente a falta dele. Essa visão é comum em
muitas tradições religiosas orientais, como o hinduísmo e o budismo. Essa
afirmação pode ser vista de diversas maneiras, dependendo do contexto e das
crenças de cada indivíduo. Em termos filosóficos e espirituais, há diversas
correntes de pensamento que defendem que o mal é uma ilusão, mas é importante
ressaltar que isso não significa que o sofrimento e a dor não são reais.
Uma das correntes que defendem essa ideia é o Advaita
Vedanta[23],
uma tradição filosófica do hinduísmo que ensina que a realidade última é a
não-dualidade, ou seja, tudo é uma expressão da consciência divina, e não há
separação entre o sujeito e o objeto. Nesse sentido, o bem e o mal são
conceitos relativos, que só existem na mente humana, e não têm uma realidade
objetiva.
Outra corrente que defende essa ideia é o budismo, que
ensina que o sofrimento é causado pelo apego e pela ignorância, e que a ilusão
do eu separado é a raiz de todos os problemas. Para o budismo, o mal é uma
construção mental que surge da dualidade sujeito-objeto, e a iluminação
consiste em transcender essa dualidade e perceber a natureza verdadeira da
realidade.
Alguns filósofos ocidentais também defenderam a ideia de que
o mal é uma ilusão. Por exemplo, Baruch Spinoza, filósofo holandês do século
XVII, argumentou que o bem e o mal são apenas modos diferentes de ver as
coisas, e que tudo o que existe é uma manifestação da substância divina.
No entanto, é importante lembrar que essa visão não
significa que o sofrimento não seja real ou que devamos ignorar a injustiça e a
violência no mundo. Na verdade, muitos defensores dessa visão argumentam que a
compaixão e o amor são as únicas respostas verdadeiras ao sofrimento humano, e
que devemos trabalhar para reduzir o mal no mundo por meio da compaixão e do
serviço aos outros.
A ideia de que o mal é uma ilusão tem uma base filosófica e
espiritual sólida, mas é importante lembrar que isso não significa que o
sofrimento humano não seja real ou que devemos ignorar a injustiça no mundo.
Pelo contrário, essa visão pode ser uma inspiração para trabalharmos pela
justiça e pela compaixão em nossas vidas.
Outra resposta é que Deus tem um propósito maior que está
além da nossa compreensão. Alguns teólogos argumentam que não podemos
entender completamente os planos de Deus e que o mal pode ser parte de um plano
maior que acabará por resultar em um bem maior. Essa visão é comum em
algumas tradições cristãs, como o catolicismo.
Finalmente, alguns filósofos argumentam que a questão do
mal é simplesmente um mistério que não podemos resolver. Eles argumentam
que é impossível conciliar a existência do mal com a ideia de um Deus onipotente
e benevolente, mas também afirmam que a limitação do nosso conhecimento e
compreensão nos impede de entender completamente os caminhos de Deus. Esses
filósofos, como o filósofo cristão Søren Kierkegaard[24] e o filósofo judeu Franz
Rosenzweig[25],
sugerem que a nossa resposta diante do mal deve ser a fé em Deus, apesar da
aparente contradição.
Outros filósofos, como o filósofo francês Emmanuel
Levinas[26],
argumentam que a questão do mal não deve ser vista como um problema a ser
resolvido intelectualmente, mas como uma questão ética que nos chama a
responder com responsabilidade diante da dor e sofrimento dos outros. Para
Levinas, a existência do mal é uma chamada para o cuidado com o outro, para
a solidariedade e para a justiça.
Ao longo da história, muitos filósofos e teólogos exploraram
a questão de Deus e a existência do mal. Aqui estão alguns dos mais influentes:
- Santo
Agostinho - um teólogo cristão que viveu no século IV e V. Agostinho
argumentou que o mal é uma consequência do livre-arbítrio humano e que
Deus permite o mal para que possamos exercer nossa liberdade de escolha.
- Tomás
de Aquino - um teólogo e filósofo cristão do século XIII. Aquino
argumentou que o mal é uma consequência da imperfeição do mundo material e
que Deus permite o mal para que possamos alcançar a perfeição espiritual.
- Gottfried
Leibniz - um filósofo alemão do século XVII. Leibniz argumentou que Deus
criou o melhor mundo possível e que o mal é uma consequência necessária da
liberdade humana e da natureza imperfeita do mundo.
- Immanuel
Kant - um filósofo alemão do século XVIII. Kant argumentou que o problema
do mal é insolúvel e que é impossível conciliar a existência do mal com a
ideia de um Deus benevolente.
- Friedrich
Nietzsche - um filósofo alemão do século XIX. Nietzsche argumentou que a
ideia de Deus é uma invenção humana e que o mal é uma consequência
inevitável da existência humana.
- John
Hick - um teólogo britânico do século XX. Hick argumentou que o mal é uma
consequência necessária da liberdade humana e que Deus permite o mal para
que possamos crescer e amadurecer como seres humanos.
- Alvin
Plantinga - um filósofo americano do século XX. Plantinga argumentou que a
existência do mal não é incompatível com a existência de um Deus
benevolente, pois Deus pode ter razões desconhecidas para permitir o mal.
A questão de Deus e a existência do mal tem gerado respostas
que variam de acordo com as diferentes tradições e perspectivas, mas a questão
permanece como uma das mais profundas e inquietantes para a humanidade.
DEUS É AMOR?
A ideia de que Deus é a essência do amor tem sido explorada
por diversas religiões e filósofos ao longo da história. No Cristianismo, essa ideia
é central para a fé. A Bíblia, que é a fonte primária do Cristianismo, afirma
que "Deus é amor" (1 João 4:8) e que "aquele que não ama não
conhece a Deus, porque Deus é amor" (1 João 4:7). A doutrina cristã ensina
que Deus ama a humanidade incondicionalmente, independentemente das suas ações
ou comportamentos.
Além disso, muitos filósofos também têm explorado a ideia de
que Deus é a essência do amor. Por exemplo, o filósofo cristão Agostinho de
Hipona argumentou que Deus é o amor supremo e que a nossa busca pelo amor e
pela felicidade é uma busca por Deus. O filósofo judaico Martin Buber[27] afirmou que a nossa
relação com Deus é baseada em um "Eu-Tu" amoroso, no qual nós
encontramos Deus na interação com o outro.
Outras tradições religiosas também exploram a ideia de que
Deus é a essência do amor. No Hinduísmo, por exemplo, o conceito de bhakti[28], ou devoção amorosa a
Deus, é central. Na tradição Sufi do Islã[29], o amor divino é
enfatizado como a forma mais elevada de amor e devoção.
No entanto, é importante lembrar que a compreensão de Deus
como a essência do amor pode variar entre diferentes tradições religiosas e
filosóficas. Algumas podem enfatizar outras características de Deus, como a
justiça, a sabedoria ou a compaixão. Além disso, a compreensão de Deus é uma
questão complexa que não pode ser completamente compreendida por uma única
característica ou conceito.
DEUS: UMA NECESSIDADE?
A ideia de que a crença em Deus surge de uma necessidade
humana devido à finitude e limitação da existência humana é uma das ideias
centrais da filosofia da religião. Essa perspectiva argumenta que a crença
em Deus surge como uma resposta à consciência humana da sua própria mortalidade
e das limitações da sua compreensão do mundo.
Um dos filósofos mais conhecidos por defender essa
perspectiva foi o alemão Friedrich Nietzsche, que afirmou que a crença em Deus surge
da necessidade humana de encontrar um sentido na vida, mesmo diante da
inevitabilidade da morte e da ausência de sentido na vida. Ele argumentou que a
crença em Deus é uma forma de autoengano que as pessoas usam para lidar com a
realidade da existência humana.
Friedrich Nietzsche argumentou que a crença em Deus é uma
forma de autoengano que as pessoas usam para lidar com a realidade da
existência humana. Em sua obra "Assim falou Zaratustra", ele afirmou
que "a religião é o suspiro da criatura oprimida, o coração de um mundo
sem coração, assim como é o espírito de uma época sem espírito".
Nietzsche acreditava que a crença em Deus é uma forma de escapismo que as
pessoas usam para se afastar da realidade da existência humana, que é
caracterizada pela falta de sentido e pela inevitabilidade da morte.
Jean-Paul Sartre também explorou essa ideia em sua filosofia
existencialista. Para Sartre, a crença em Deus surge da necessidade humana de
encontrar um sentido e uma finalidade na vida. Em sua obra "O Ser e o
Nada", ele afirmou que "o homem está condenado a ser livre".
Para Sartre, a crença em Deus é uma forma de escapismo da realidade da existência
humana, na qual somos livres, mas também responsáveis por criar nossas próprias
vidas e dar sentido às nossas escolhas.
Por sua vez, Karl Marx[30] é conhecido por ser um
crítico do conceito de Deus e da religião em geral. Em sua visão, a religião
é uma forma de alienação que mantém as pessoas presas a uma ideologia que
beneficia os poderosos e justifica a opressão.
No entanto, é importante ressaltar que o conceito de Marx
sobre Deus foi ampliado e desenvolvido por outros filósofos e pensadores
marxistas ao longo do tempo.
Por exemplo, alguns marxistas argumentam que a ideia de Deus
é uma projeção da alienação humana, e que a verdadeira liberdade e felicidade
só podem ser alcançadas por meio da superação dessa alienação. Outros
afirmam que a crença em Deus é uma resposta natural a uma sociedade injusta e
opressiva, e que a verdadeira solução para os problemas humanos só pode ser
encontrada na transformação dessa sociedade.
No entanto, é importante lembrar que nem todas as tradições
religiosas ou filosóficas compartilham dessa perspectiva. Para muitas pessoas,
a crença em Deus é baseada em experiências espirituais ou em evidências
empíricas, e não em uma necessidade psicológica ou emocional. Por exemplo, o
filósofo e teólogo americano William Lane Craig[31] argumenta que a crença
em Deus é racional e justificada com base em evidências empíricas e argumentos
filosóficos.
No entanto, é importante lembrar que essa perspectiva não é compartilhada por todas as tradições religiosas ou filosóficas. Muitas pessoas acreditam que a crença em Deus é baseada em experiências espirituais ou em evidências empíricas, e não em uma necessidade psicológica ou emocional.
CRIACIONISMO E EVOLUCIONISMO:
Há diferentes visões sobre como conciliar criacionismo e
evolucionismo. Alguns grupos religiosos acreditam que a criação do universo e
da vida aconteceu exatamente como descrito em seus textos sagrados, rejeitando
a evolução biológica e geológica.
Por outro lado, muitos cientistas religiosos aceitam a
teoria da evolução como uma descrição precisa dos processos naturais que
levaram ao desenvolvimento da vida na Terra, mas acreditam que a evolução foi
iniciada e guiada por Deus ou um criador inteligente.
Essa visão é conhecida como "evolucionismo teísta"
ou "criacionismo evolutivo", que sustenta que a evolução é um
processo natural que Deus usou para criar a vida e que a evolução biológica não
contradiz as crenças religiosas.
No entanto, outras pessoas argumentam que as duas teorias
são incompatíveis e não podem ser reconciliadas. O criacionismo literal, por
exemplo, rejeita a teoria da evolução porque acredita que as espécies foram
criadas separadamente por Deus em um período de tempo relativamente curto,
enquanto a evolução sugere que as espécies evoluíram ao longo de milhões de
anos.
Assim, há diferentes pontos de vista sobre como conciliar
criacionismo e evolucionismo, mas muitos cientistas religiosos aceitam a teoria
da evolução como compatível com a crença em Deus ou um criador inteligente.
DEUS E A CIÊNCIA:
A ciência, como método de investigação empírica, não pode
fornecer evidências diretas para a existência ou inexistência de Deus. A
ciência não tem ferramentas para estudar ou testar entidades sobrenaturais ou
metafísicas.
No entanto, a ciência pode ser usada para investigar e
entender o mundo natural e suas leis, e muitos cientistas acreditam que a
ciência pode coexistir com a religião ou a crença em Deus.
Alguns argumentos que já foram levantados por cientistas e
filósofos que tentam conciliar ciência e religião incluem a ideia de que a
complexidade do universo e da vida são evidências da existência de um criador
ou designer inteligente, e que a matemática e as leis físicas do universo
parecem indicar um projeto deliberado.
No entanto, outros cientistas e filósofos argumentam que
a ciência não pode ser usada para provar a existência de Deus, já que esses
argumentos são baseados em suposições metafísicas e não têm evidências
empíricas suficientes para suportá-los. Além disso, algumas pessoas
argumentam que a crença em Deus é uma questão de fé pessoal, e não pode ser
comprovada ou refutada pela ciência.
A ciência não pode fornecer evidências conclusivas para a
existência ou inexistência de Deus. Cada pessoa deve decidir por si mesma se
acredita ou não na existência de Deus, com base em suas próprias crenças e
valores pessoais.
DEUS NA MAÇONARIA:
Na maçonaria, a crença em um Deus criador é um princípio
fundamental. A maçonaria é uma organização fraternal que se concentra no
desenvolvimento moral e espiritual de seus membros. A organização exige que
seus membros acreditem em um poder superior e incentiva a busca pela verdade e
pelo conhecimento espiritual.
No entanto, a maçonaria não é uma religião e não exige que
seus membros sigam uma religião específica. Em vez disso, a organização
enfatiza a tolerância religiosa e o respeito pelas crenças dos outros. A
maçonaria acredita que os ensinamentos espirituais podem ser encontrados em
todas as religiões e incentiva seus membros a buscar a verdade e a sabedoria
por si mesmos.
Na maçonaria, a crença em um Deus criador é um princípio
fundamental, mas a organização não é uma religião e não exige que seus membros
sigam uma religião específica. A maçonaria valoriza a busca pela verdade e pelo
conhecimento espiritual, e acredita que a sabedoria pode ser encontrada em
todas as religiões. Além disso, a organização incentiva a tolerância religiosa
e o respeito pelas crenças dos outros.
A concepção dos deuses na filosofia e na maçonaria pode
variar amplamente de acordo com as diferentes tradições e contextos culturais.
No entanto, a crença em um poder superior e a busca pela verdade e pelo
conhecimento espiritual são valores comuns em muitas dessas tradições.
A introdução do conceito de Deus na Maçonaria é um tema
complexo e multifacetado, que pode variar de acordo com a perspectiva
histórica, cultural e filosófica.
De forma geral, a Maçonaria é uma tradição espiritual que
busca incentivar seus membros a refletir sobre as questões fundamentais da existência
humana, como a natureza do universo, a moralidade e a espiritualidade. Nesse
sentido, a crença em um poder divino é vista como uma das bases fundamentais da
tradição maçônica.
A forma como o conceito de Deus foi introduzida na Maçonaria
pode variar de acordo com a perspectiva histórica e cultural. Alguns estudiosos
apontam que a Maçonaria moderna se originou na Europa Ocidental durante o
século XVII, em um contexto de intensas mudanças sociais e políticas. Nesse
período, a crença em um poder divino era vista como um valor fundamental na
sociedade ocidental, o que pode ter influenciado a forma como a Maçonaria
incorporou essa crença em seus princípios.
Por outro lado, a Maçonaria também se inspirou em tradições
espirituais mais antigas, como o gnosticismo, o hermetismo e o neoplatonismo,
que enfatizavam a busca pela verdade espiritual como um caminho para a evolução
pessoal. Essas tradições muitas vezes incorporavam conceitos de divindades e
poderes divinos em sua cosmologia e prática espiritual, o que pode ter
influenciado a forma como a Maçonaria entende e incorpora a crença em Deus em
seus rituais e ensinamentos.
Assim o conceito de Deus na Maçonaria é visto como um
princípio fundamental da tradição, que incentiva seus membros a refletir sobre
questões espirituais e morais importantes. A forma como esse conceito foi
introduzido na Maçonaria pode variar de acordo com a perspectiva histórica,
cultural e filosófica, mas em geral reflete a busca da tradição pela verdade
espiritual e evolução pessoal.
Em muitas tradições maçônicas, o termo "Grande
Arquiteto do Universo" é utilizado como uma forma simbólica de se referir
a Deus. Na maçonaria, a crença em um Ser Supremo é uma exigência fundamental,
mas a fraternidade não adota qualquer dogma religioso específico, deixando
aberta a possibilidade de seus membros seguirem diferentes religiões ou formas
de espiritualidade.
Na tradição cristã, Deus é considerado o criador e
governante do universo, o ser supremo e onipotente que criou todas as coisas.
Embora a maçonaria não seja uma instituição religiosa, é possível que muitos
maçons que sejam cristãos interpretem o "Grande Arquiteto do
Universo" como uma referência ao Deus cristão.
No entanto, é importante lembrar que essa é uma questão de
interpretação pessoal e filosófica. Cada indivíduo tem sua própria compreensão
e relação com Deus, e a maçonaria respeita a liberdade de consciência e a
diversidade de crenças de seus membros.
A concepção de Deus como o Grande Arquiteto do Universo é
frequentemente associada à Maçonaria, mas também tem sido usada por outras
tradições religiosas e filosóficas ao longo da história. Em particular, a ideia
de que Deus é o criador do universo e o arquiteto do mundo tem sido uma das
principais características da teologia cristã.
A imagem do Grande Arquiteto do Universo foi usada pela
primeira vez no século XVIII por teólogos cristãos e foi incorporada pela
Maçonaria como um dos nomes simbólicos de Deus. Nessa visão, Deus é visto como
um construtor que planejou e criou o universo, estabelecendo suas leis e
ordens. Essa concepção enfatiza a ideia de que Deus é tanto criador quanto
governante do mundo, mantendo a ordem e a harmonia na criação.
O uso do termo Grande Arquiteto do Universo também tem sido
interpretado como uma tentativa de conciliar a crença em Deus com a ciência e a
razão. Segundo essa visão, Deus não é visto como um ser antropomórfico que
intervém no mundo de forma arbitrária, mas como uma força racional e ordenada
que governa o universo de acordo com leis estabelecidas.
No entanto, é importante ressaltar que a ideia de Deus como
o Grande Arquiteto do Universo é apenas uma entre muitas concepções teológicas
e filosóficas sobre a natureza de Deus
A ideia de Deus como o Grande Arquiteto do Universo não é
exclusiva da Maçonaria ou do Cristianismo. Na verdade, a concepção de Deus
como um construtor do universo é encontrada em muitas tradições religiosas e
filosóficas, incluindo o Hinduísmo, o Taoísmo e o Gnosticismo.
No Hinduísmo, por exemplo, Deus é frequentemente retratado
como um criador que projetou e construiu o universo, mantendo a ordem e a
harmonia em todas as coisas. De maneira semelhante, no Taoísmo, Deus é
frequentemente descrito como um arquiteto que construiu o universo a partir do
caos original, mantendo a ordem e a harmonia no mundo.
Para muitos maçons, o termo "Grande Arquiteto do
Universo" é uma forma simbólica de se referir a Deus, mas a maçonaria não
adota qualquer dogma religioso específico e respeita a liberdade de consciência
e a diversidade de crenças de seus membros. A interpretação de cada indivíduo
sobre o "Grande Arquiteto do Universo" pode variar de acordo com suas
próprias crenças e tradições religiosas.
Pós Texto:
Abaixo algumas referências bibliográficas que podem ser
úteis para aprofundar o tema:
- "Filosofia
da Religião" de John Hick
- "A
Vida dos Deuses" de Jean-Pierre Vernant
- "O
Livro das Religiões" de Jostein Gaarder e Victor Hellern
- "A
Maçonaria" de Eduardo Magalhães
- "Mito
e Realidade" de Mircea Eliade
- "Deus:
Um Delírio" de Richard Dawkins
- "Suma
Teológica" de Santo Tomás de Aquino
- "Assim
Falou Zaratustra" de Friedrich Nietzsche
- "O
Existencialismo é um Humanismo" de Jean-Paul Sartre
- “Moral
e Dogma” de Albert Pike
Essas obras abordam diferentes
perspectivas sobre a concepção dos deuses na filosofia e na maçonaria, bem como
sobre a relação entre religião e conhecimento científico. É importante lembrar
que essa é uma área vasta e em constante evolução, e que outras obras podem ser
relevantes dependendo do enfoque ou perspectiva desejada.
- FOWLER,
Jeaneane D. An introduction to the philosophy and religion of Taoism:
pathways to immortality. Sussex Academic Press, 2012.
- GARDNER,
Jane. The Hindu deities in Buddhist literature. Routledge, 2019.
- HARRIS,
Jason, et al. The Routledge handbook of contemporary philosophy of
religion. Routledge, 2015.
- HALL,
Manly P. The secret teachings of all ages: an encyclopedic outline of
Masonic, Hermetic, Qabbalistic and Rosicrucian symbolical philosophy. The
Philosophical Research Society, Inc., 2003.
- Aquino, T. de. (1265-1274). Suma Teológica.
- Descartes, R. (1641). Meditações sobre filosofia primeira.
- Paley, W. (1802). Natural Theology.
- Ratzsch, D. (1996). The Battle of Beginnings: Why Neither Side is Winning the Creation-Evolution Debate. InterVarsity Press.
- R Dawkins, R. (2006). The God Delusion. Houghton Mifflin.
- Hawking, S. (2010). The Grand Design. Bantam Books.
- Plantinga, A. (2011). Where the Conflict Really Lies: Science, Religion, and Naturalism. Oxford University Press.
- Collins, F. (2006). The Language of God: A Scientist Presents Evidence for Belief. Free Press.
- Russell, B. (1927). Why I Am Not a Christian.
- Collins, F. S. (2006). The Language of God: A Scientist Presents Evidence for Belief. Simon and Schuster.
- Miller, K. R. (2007). Only a Theory: Evolution and the Battle for America's Soul. Penguin Books.
- Haarsma, L., & Haarsma, L. (2015). Origins: Christian Perspectives on Creation, Evolution, and Intelligent Design. Faith Alive Christian Resources.
- Pike, A. (2015). Morals and Dogma of the Ancient and Accepted Scottish Rite of Freemasonry. Forgotten Books.
- Robinson, J. A. T. (2010). God and the World of Signs: Trinity, Evolution, and the Metaphysical Semiotics of C. S. Peirce. University of Toronto Press.
- Wikipédia
[1]
Filosofia (philosophia, literalmente "amor pela sabedoria” é o estudo de
questões gerais e fundamentais sobre a existência, conhecimento, valores,
razão, mente e linguagem; frequentemente colocadas como problemas a se
resolver. O termo provavelmente foi cunhado por Pitágoras (c. 570 – 495 a.C.).
[2]
Filosofia ocidental é o pensamento filosófico e obra do mundo ocidental.
Historicamente, o termo foi inventado recentemente para se referir ao
pensamento filosófico da civilização ocidental, começando com a filosofia
grega, na Grécia Antiga, e, eventualmente, cobrindo uma grande área do globo.
[3]
A filosofia oriental ou filosofia asiática inclui as várias filosofias que se
originaram no Leste e na Ásia Meridional, incluindo a filosofia chinesa, a
filosofia indiana (incluindo a filosofia budista, a filosofia jainista, a
filosofia sique), a filosofia japonesa e a filosofia coreana que são dominantes
no Leste e Sudeste Asiático.
[4]
Teodiceia é um termo derivado do título da obra Ensaio de Teodiceia do filósofo
alemão Leibniz, que sustenta a existência de Deus a partir da discussão do
problema da existência do mal e de sua relação com a bondade de um Deus onisciente
e onipotente.
[5]
Aquenáton (Akhenaton: "Aquele que louva Aton", "Util a
Aton" ou "Usado por Aton") conhecido antes do quinto ano de
reinado como Amenófis IV ou em egípcio antigo Amenotepe IV, foi um Faraó da
XVIII dinastia do Egito que reinou por dezessete anos e morreu em 1336 ou 1334
a.C. Principalmente lembrado por abandonar o tradicional politeísmo religioso
egípcio e introduzir uma adoração centrada em um único deus, Aton, que é as
vezes descrita como monoteísta ou henoteísta
[6]
Ontologia (do grego ontos "ente" e -logia, "discurso
lógico"; no conjunto, "ciência do ser") é o ramo da filosofia
que estuda conceitos como existência, ser, devir e realidade. Inclui as
questões de como as entidades são agrupadas em categorias básicas e quais
dessas entidades existem no nível mais fundamental. A ontologia é às vezes
referida como a ciência do ser e pertence ao maior ramo da filosofia conhecido
como metafísica.
[7]Cosmologia
(do grego "cosmos"/"ordem"/"mundo" + "discurso"/"estudo")
é o ramo que estuda a origem, a estrutura e a evolução do Universo a partir da
aplicação de métodos científicos.
[8]
A teleologia (do grego finalidade, e -logía, estudo) é o estudo filosófico dos
fins, isto é, do propósito, objetivo ou finalidade. Embora o estudo dos
objetivos possa ser entendido como se referindo aos objetivos que os homens se
colocam em suas ações, em seu sentido filosófico, teleologia refere-se ao
estudo das finalidades do universo. Platão e Aristóteles elaboraram essa noção
do ponto de vista filosófico.
[9]
O desenho inteligente, design inteligente ou projeto inteligente (em inglês
Intelligent Design) é uma hipótese pseudocientífica, baseada na assertiva de
que certas características do universo e dos seres vivos são mais bem
explicadas por uma causa inteligente, e não por um processo não-direcionado (e
não estocástico) como a seleção natural; e que é possível a inferência
inequívoca de projeto sem que se façam necessários conhecimentos sobre o
projetista, seus objetivos ou sobre os métodos por esse empregados na execução do
projeto.
[10]
O naturalismo é um movimento artístico e literário conhecido por ser a
radicalização do realismo, baseando-se na observação fiel da realidade e na
experiência, mostrando que o indivíduo é determinado pelo ambiente e pela
hereditariedade. A escola esboçou o que se pode declarar como os primeiros
passos do pensamento teórico evolucionista de Charles Darwin.
[11]
Materialismo é um termo abrangente e polissêmico na história da filosofia e das
ciências, costuma significar uma ênfase na materialidade como base para a
explicação do mundo e dos problemas filosóficos relativos ao conhecimento, à
ética, à política e demais campos de problemas. O materialismo é considerado
uma tradição marginal, esporádica e frequentemente vinculada à ideias heréticas
na história.
[12]
Suma Teológica ou Summa Theologica (por vezes Summa Theologiæ) é o título da
obra básica de São Tomás de Aquino, frade, teólogo e santo da Igreja Católica,
um corpo de doutrina que se constitui numa das bases da dogmática do
catolicismo e considerada uma das principais obras filosóficas da escolástica.
Foi escrita entre os anos de 1265 a 1273. Nesta obra Aquino trata da natureza
de Deus, das questões morais e da natureza do homem.
[13]
Brama, Brahma ou Bramá (sânscrito em devanāgarī: = o Absoluto) é o primeiro
deus da Trimúrti, a trindade do hinduísmo (os outros deuses são Vishnu e
Shiva). Brama é o deus da música e das canções, com imagem representada como um
ser de muitas faces. Além disso é considerado, pelos hindus, a representação da
força criadora ativa no universo. A visão de universo pelos hindus é cíclica.
Depois que um universo é destruído por Shiva, Vishnu se encontra dormindo e
flutuando no oceano primordial. Quando o próximo universo está para ser criado,
Brama aparece montado numa flor de lótus brotada do umbigo de Vishnu e recria
todo o universo.
[14]
O termo Allāh é derivado de uma contração do artigo definido al-
("o") com ilāh ("divindade", "deus").
[15]
Waheguru (em panjabi: Vāhigurū ) é um termo usado com mais frequência no
sikhismo para se referir a Deus, o Ser Supremo ou o criador de todos. Significa
"Professor Maravilhoso" na língua Punjabi, mas neste caso é usado
para se referir ao Deus Sikh. Wahi significa "maravilhoso" (um
empréstimo da Pérsia Média) e "Guru " é um termo que denota
"professor". Waheguru também é descrito por alguns como uma
experiência de êxtase que está além de todas as descrições. Cumulativamente, o
nome implica admiração pela Luz Divina, eliminando as trevas espirituais.
Também pode implicar: "Salve o Senhor cujo nome elimina as trevas
espirituais".
[16]
Platão (em grego clássico: Πλάτων, transl Plátōn, "amplo", Atenas, 428/427–
Atenas, 348/347 a.C.) foi um filósofo e matemático do período clássico da
Grécia Antiga, autor de diversos diálogos filosóficos e fundador da Academia em
Atenas, a primeira instituição de educação superior do mundo ocidental.
[17]
Aristóteles (em grego clássico Aristotélēs; Estagira, 384 a.C. – Atenas, 322
a.C.) foi um filósofo e polímata da Grécia Antiga. Ao lado de Platão, de quem
foi discípulo na Academia, foi um dos pensadores mais influentes da história da
civilização ocidental. Aristóteles abordou quase todos os campos do
conhecimento de sua época: biologia, física, metafísica, lógica, poética,
política, retórica, ética e, de forma mais marginal, a economia.
[18]
Agostinho de Cantuária (Roma, primeiro terço do século VI – Cantuária,
provavelmente em 26 de maio de 604) foi um monge beneditino que se tornou o
primeiro arcebispo de Cantuária em 597. É considerado o "Apóstolo dos
ingleses" e o fundador da Igreja na Inglaterra.[1] Agostinho era prior de
um mosteiro em Roma quando, em 595, foi convocado pelo papa Gregório I para
liderar uma missão à Britânia com o intuito de converter o rei Etelberto e seus
súditos no Reino de Câncio, que eram fiéis ao paganismo anglo-saxônico.
[19] Tomás de Aquino, em italiano Tommaso d'Aquino (Roccasecca, 1225 – Fossanova, 7 de março de 1274), foi um frade católico italiano da Ordem dos Pregadores (dominicano cujas obras tiveram enorme influência na teologia e na filosofia, principalmente na tradição conhecida como Escolástica, e que, por isso, é conhecido como "Doctor Angelicus", "Doctor Communis" e "Doctor Universalis". "Aquino" é uma referência ao condado de Aquino, uma região que foi propriedade de sua família até 1137.
[20]
Baruch de Espinosa, mais tarde como autor e correspondente Benedictus de
Spinoza (Amsterdão, 24 de novembro de 1632 — Haia, 21 de fevereiro de 1677[ oi
um filósofo de origem judaico-portuguesa, nascido nos Países Baixos, filho de
refugiados na Sinagoga Portuguesa de Amsterdão que tinham fugido da inquisição
lusitana.[7][9][10] Um dos primeiros pensadores do Iluminismo[11] e da crítica
bíblica moderna,[12] incluindo das modernas concepções de si mesmo e do
universo,[13] ele veio a ser considerado um dos grandes racionalistas da
filosofia do século XVII.[14] Inspirado pelas ideias inovadoras de René
Descartes, Spinoza se tornou uma figura filosófica importante da Idade de Ouro
Holandesa.
[21]
Immanuel Kant (Königsberg, 22 de abril de 1724 – 12 de fevereiro de 1804) foi
um filósofo alemão (nativo do Reino da Prússia) e um dos principais pensadores
do Iluminismo. Seus abrangentes e sistemáticos trabalhos em epistemologia,
metafísica, ética e estética fizeram dele uma das figuras mais influentes da
filosofia ocidental moderna.
[22]
O estoicismo é uma escola de filosofia helenística fundada por Zenão de Cítio
na Grécia, em Atenas, no início do Século III a.C.. É uma filosofia de
eudaimonia e virtude pessoal, baseada num sistema sustentado pela lógica e pela
prática de virtudes cardinais como forma de atingir uma vida ética de acordo
com a natureza. Entre as bases estoicas destacam-se o auto-controle das emoções
como via para a apatheia, a indiferença ao prazer e a valorização da virtude.
[23]
Advaita Vedanta é uma das três escolas de Vedanta do pensamento monista hindu. A
palavra Vedanta vem de "Vedas - livros sagrados da antiga Índia" e
"anta - final", ou seja, é a culminação dos Vedas, a parte final e
mais avançada dos Vedas. Há ainda uma outra possibilidade de entendimento para
o termo, significando a associação de textos complementares "ao
final" do corpo principal dos Vedas. Os textos complementares em questão
seriam as Upanishads. Advaita literalmente significa "não dois", não
dual; é um sistema filosófico que sustenta a não realidade, ou ilusão, de tudo
aquilo que não seja a Consciência Suprema, Eterna e Infinita (Brahman). O
Vedanta caracteriza Brahman como realidade (Sat), consciência (Cit) e beatitude
(Ānanda).
[24]
Søren Aabye Kierkegaard (Copenhague, 5 de maio de 1813 – Copenhague, 11 de
novembro de 1855) foi um filósofo, teólogo, poeta e crítico social dinamarquês,
amplamente considerado o primeiro filósofo existencialista. Em meados do século
XX, seu pensamento passou a exercer uma influência substancial sobre a
filosofia, teologia, psicologia, antropologia, sociologia e toda a cultura
ocidental.
[25]
Franz Rosenzweig (Kassel, 25 de dezembro de 1886 - Frankfurt am Main, 10 de
dezembro de 1929) é considerado um dos mais importantes filósofos-teólogos
judeus do século XX. A Medalha Buber-Rosenzweig é concedida anualmente a
pessoas que estão particularmente comprometidas com o diálogo Judaico-Cristão.
[26]
Emmanuel Levinas (Kaunas, 30 de dezembro de 1905jul./ 12 de janeiro de 1906 greg.
— Paris, 25 de dezembro de 1995) foi um filósofo francês nascido em uma família
judaica na Lituânia.Bastante influenciado pela fenomenologia de Edmund Husserl,
de quem foi tradutor, assim como pelas obras de Martin Heidegger, Franz
Rosenzweig e Monsieur Chouchani, o pensamento de Levinas parte da ideia de que
a Ética, e não a Ontologia, é a Filosofia primeira. É no face-a-face humano que
se irrompe todo sentido. Diante do rosto do Outro, o sujeito se descobre
responsável e lhe vem à ideia o Infinito.
[27]
Martin Mordechai Buber ( Viena, 8 de fevereiro de 1878 – Jerusalém, 13 de junho
de 1965) foi um filósofo, escritor e pedagogo, austríaco e naturalizado israelense,
tendo nascido no seio de uma família judaica ortodoxa de tendência sionista.
Buber era poliglota, em casa aprendeu ídiche e alemão; na escola judaica,
estudou hebraico, francês e polonês/polaco. Sua formação universitária deu-se
em Viena.
[28]
Bhakti (em sânscrito:
"devoção")
é uma das três doutrinas ou caminhos básicos prescritos pelo hinduísmo para
a liberação espiritual (moksha).[1] De
acordo com as características pessoais de cada praticante, pode-se optar por um
ou mais destes caminhos, simultânea ou separadamente e a qualquer tempo ou
período de vida.
[29]
O sufismo é conhecido como a corrente mística e contemplativa do Islão. Os
praticantes do sufismo, conhecidos como sufis, procuram desenvolver uma relação
íntima, direta e contínua com Deus, utilizando-se das práticas espirituais
transmitidas pelo profeta Maomé, com destaque para o zikr (a lembrança de
Deus), orações e jejuns. Também incorpora práticas, como cânticos, música e
movimentos, cuja legalidade é objeto de divergência de opinião entre teólogos e
jurisprudentes islâmicos, de diversos países islâmicos, na interpretação da
sharia, a lei divina.
[30]
Karl Marx (Tréveris, 5 de maio de 1818 – Londres, 14 de março de 1883) foi um
filósofo, economista, historiador, sociólogo, teórico político, jornalista, e
revolucionário socialista alemão. Nascido em Tréveris, Prússia, Marx estudou
direito e filosofia nas universidades de Bona e Berlim. Casou-se com a crítica
de teatro e ativista política alemã Jenny von Westphalen em 1843. Devido às
suas publicações políticas, Marx tornou-se apátrida e viveu no exílio com a sua
mulher e filhos em Londres durante décadas, onde continuou a desenvolver o seu
pensamento em colaboração com o pensador alemão Friedrich Engels e a publicar
os seus escritos, pesquisando na Sala de Leitura do Museu Britânico. Os seus
títulos mais conhecidos são o panfleto Manifesto Comunista de 1848 e o triplo
volume O Capital (1867–1883). O pensamento político e filosófico de Marx teve
uma enorme influência na história intelectual, económica e política
subsequente. O seu nome tem sido usado como adjetivo, substantivo e escola de
teoria social.
[31]
William Lane Craig (Peoria, 23 de agosto de 1949) é um filósofo e teólogo
cristão estadunidense. Como filósofo, Craig se especializou em filosofia da
religião, metafísica, e filosofia do tempo. Como teólogo, suas especialidades
são estudos sobre o Jesus histórico e teologia filosófica. Craig fez
contribuições importantes para discussões sobre o argumento cosmológico em
favor da existência de Deus, a onisciência divina, teorias do tempo e
eternidade e para a historicidade da ressurreição de Jesus. Sua pesquisa atual
está relacionada com a auto existência de Deus (asseidade divina) e o desafio
que concepções platônicas sobre objetos abstratos apresentam para esta
doutrina. Craig é autor de diversos livros, o mais conhecido deles sendo
Reasonable Faith. Ele disse que Alvin Plantinga é o seu filosófo de maior
inspiração.